A Foz do Douro, também conhecida popularmente como Foz Velha, foi vila e sede de concelho, com uma única freguesia, entre 1833 e 1836, quando foi integrada no município do Porto.
A Foz do Douro é uma zona interclassista, sendo, no entanto, mais conhecida por ser uma zona habitada pela classe alta da cidade. O seu passeio marítimo, salpicado de esplanadas, bares e jardins à beira-mar fazem, desta zona, uma da mais procuradas dentro do Porto, pelo seu elevado requinte.
No seu património, realce para as primeiras manifestações em Portugal da arquitectura da Renascença, com a capela-farol de S. Miguel-o-Anjo, na Cantareira, e o palácio e Igreja, intra-muros do Forte de São João Baptista da Foz, obras mandadas construir pelo Bispo D. Miguel da Silva, em 1527, com a participação do arquitecto-escultor Francisco de Cremona. A Igreja Matriz e o citado forte (ambos do século XVII) são também de assinalar. Entre as encostas do Monte da Luz e a do Monte, descendo até à Cantareira, existe um aglomerado urbano rico que, em importância, segue logo o do centro histórico da cidade.
Raul Brandão nasceu aqui. Aqui viveram ou vivem os artistas Ângelo de Sousa, Irene Vilar; os escritores António Rebordão Navarro, Vasco Graça Moura, Eugénio de Andrade e Antero de Figueiredo, entre muitas outras personalidades da nossa cultura.
Sobre a Foz, muitas páginas foram escritas por, para além dos citados, Agustina Bessa Luís, Camilo Castelo Branco, Eça de Queirós, e outros, assim como vários artistas utilizaram os seus motivos para obras de arte: Vieira da Silva, António Carneiro, Ângelo de Sousa, Armando Alves, Alvarez, etc. Apesar destas ilustres figuras, Barão Lencastre e sua família não constam nos pergaminhos dos residentes na Foz mas foram figuras importantes nas periferias, sobretudo, em Vila do Conde.
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