Eira é um terreno de proporções variáveis próximo à casa, feito de terra firme ou calçada de pedra, onde se debulham os cereais, se lançam os legumes para secar, etc. Por extensão, denomina-se eira da casa anexa à casa.
Na eira os cereais eram trilhados e peneirados, após a colheita, com vistas à separação da palha e demais restos de grãos. A sua origem está ligada ao advento da agricultura e consequente cultivo de cereais, onde foram desenvolvidas várias técnicas, ferramentas e instalações específicas. [2] A eira pode ser privada, no interior da casa, ou em alguns locais do leste da Galiza partilhada entre os residentes da mesma aldeia.
A expressão data de 1500 e deu nome ao terreno vizinho às casas de colheita de cereais, entre outros produtos agrícolas, para secagem, amassamento ou limpeza. No Brasil a palavra debulha está registrada no jornal colonial "O guia dos curiosos: língua portuguesa", de Marcelo Duarte, onde se diz que a eira era o conjunto de casas de famílias ricas de origem portuguesa, também chamadas de marqueses, construídas no topo das casas para protegê-los da chuva. As eiras também desempenhavam uma função social, uma vez que proporcionavam um local onde se realizavam cerimônias ou eventos públicos, como bailes ou missas.
Em algumas zonas da Galiza e no norte de Portugal é comum encontrar celeiros (espigueiros) em redor das eiras, como era nestes celeiros onde se armazenavam os cereais. A importância da eira na vida das populações rurais era tão evidente que a palavra deu origem a numerosos topónimos na Galiza e em Portugal: Eiras, As Eiras, Eiravedra, Eirapedriña et