É uma rocha vulcânica abundante, são originárias das erupções vulcânicas recentes. Sendo assim, podem ser encontradas por toda a superfície terrestre, formando, algumas vezes, curiosas colunas em paisagens naturais.
O nome vem do latim, basanites e significa “pedra muito dura“.
Se encaixa na categoria de rocha ígnea, constituído através do resfriamento, em sequência a solidificação, do magma. É formado, principalmente, por óxidos de silício, alumínio, ferro, cálcio, magnésio, sódio e potássio.
Costuma apresentar matriz de grãos bem finos, ou de vidro vulcânico, alternada com os fenocristais, grãos minerais por vezes visíveis a olho nu.
Sua formação e origem se assemelha às rochas ígneas máficas, como a diabase.
Seu ambiente de formação é em áreas em atividades vulcânicas. Boa parte da camada superior é formada por peridotitos, uma rocha holomelanocrata rica em minerais máficos, por exemplo, olivina e piroxena.
Quando os peridotitos sobem na astenosfera, a pressão começa a cair gradualmente, o que resulta na fusão de minerais ferromagnesianos. A partir deles, são originadas magmas de composição basáltica. Dessa maneira, quando esses magmas são consolidados à superfície, os basaltos são formados.
Fato curioso que nos leva até outro plano Earthcacher... O basalto também pode ser encontrado em Marte e na Lua!
O Mars 2020 Perseverance Rover da NASA, sonda que é um item rastreável da Geocaching em sua atual missão também vai devolver uma rocha de basalto marciano que veio parar na Terra, de menor tamanho, porém com algumas características similares à esta que se encontra na sua frente.
A rocha se chama Sayh al Uhaymir 008, or SaU 008. É formada por basalto e se desprendeu de Marte 600 mil anos atrás, provavelmente por conta de uma colisão com um outro grande objeto sólido vindo do espaço.
Desde então, ficou vagando pelo espaço até cair na Terra como um meteorito, há mais ou menos mil anos. Em 1999, o fragmento de rocha foi encontrado no Omã, e análises científicas revelaram que dentro da pedra havia microbolhas que continham a mesma composição da atmosfera de Marte, o que provou que o planeta vermelho era sua origem. Desde 2000, a SaU 008 estava no Museu de História Natural de Londres, onde também foi extensamente estudada.
O veículo espacial deverá pousar em Marte 18 de fevereiro de 2021 (dia em que poderemos visualizar e logar o código deste Travelbug intergalático). A passageira mineral não é apenas algo simbólico, a SaU 008 também terá um papel científico importante na missão. Alguns equipamentos tecnológicos que o robô Perseverance está carregando precisam ser calibrados antes de serem usados, tanto aqui na Terra como após o pouso. É o caso do SHERLOC, por exemplo, que utiliza um laser para analisar as propriedades de rochas que encontrar. O código de rastreamento TB está justamente no alvo de calibração da câmera.
A SaU 008 foi escolhida para ser o modelo utilizado nesses testes, já que é de fato uma rocha marciana tem uma composição parecida com outras amostras que os equipamentos analisarão. Além disso, o meteorito é considerado duro e resistente o bastante para aguentar a viagem e o pouso. Obviamente, essa não é a única maneira de se ajustar os equipamentos da missão, mas a equipe argumenta que usar uma rocha nativa de Marte é mais eficaz do que utilizar amostras da Terra. De qualquer forma, outros nove materiais, de origem terrestre, também estarão a bordo da missão e serão usados para o mesmo fim.
SaU 008
SaU 008 compreende um indivíduo grande de 7805 g um indivíduo fragmentado menor de 774 g. No último, a crosta de fusão preta fresca está quase completamente preservada.
Mineralogia e classificação (J. Zipfel, MPI): textura porfirítica com grandes fenocristais de olivina (Fo64-71) em uma massa fundamental de granulação fina de pigeonita (En61-70Wo6-13) e maskelynite (An51-65Or0.3-0.9); as fases menores são augita, fosfatos e opacos; fortemente chocado: mosaicismo e deformação plana de olivinas, geminação e fratura de clinopiroxênio e áreas derretidas por choque de até mm com texturas de têmpera são comuns; estruturas em forma de anel marrom-laranja formadas por intercrescimentos de granulação extremamente fina de fases não identificadas são abundantes em áreas de fusão por impacto e piroxênios; o meteorito é extremamente recente, com apenas algumas das rachaduras maiores parcialmente preenchidas com calcita.