CORDÃO DUNAR II
Um cordão litoral ou lido é um acidente que ocorre junto à costa, constituído por material heterogéneo, geralmente areias e seixos, resultante do desgaste da costa ou trazidos pelos cursos de água que desaguam no litoral, que se deposita quando a velocidade das correntes marítimas diminui devido à baixa profundidade de água.
Os cordões litorais paralelos à costa, comummente cordões litorais dunares, podem tomar a forma de ilhas barreira ou penínsulas, definindo lagunas no seu interior.
Quando o cordão litoral liga uma ilha pequena ao continente está-se perante um tômbolo
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A linha de costa representa a fronteira entre o ambiente marinho e terrestre, o lugar onde o mar encontra a terra. No entanto, esta descrição não revela a sua complexidade. A linha de costa não é uma linha que pode ser desenhada de forma permanente num mapa, dado tratar-se de um ambiente dinâmico onde o mar e a terra estão em constante interação, resultando em fenómenos de acreção e erosão como resposta a fatores externos, tanto naturais como antrópicos, atuando simultaneamente a diferentes escalas de tempo.
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Desde sempre que o Homem tem respondido a estas mudanças na linha de costa, principalmente à erosão, construindo estruturas para a proteger, numa tentativa de assegurar que esta fronteira se mantenha fixa e permanente. Este tipo de atuação foi sempre realizado assumindo que a linha de costa é estática, que sempre manteve a sua posição e forma, e que não deve ser permitida a sua mudança. Nos últimos anos, esta aproximação tem sido questionada e ocorrem, agora, mudanças radicais sobre a forma como a linha de costa pode ser protegida e como gerir este espaço fronteiriço.
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Em geografia física, duna (do neerlandês duin, através do francês dune) é uma montanha de areia criada a partir de processos eólicos (relacionados ao vento).
TIPOS DE DUNAS
Dentre as diversas formas de deposição de sedimentos eólicos atuais, destacam-se as dunas. Associam-se, a elas, feições sedimentares tais como estratificação cruzada e marcas onduladas, que, no entanto, não são exclusivas de construções sedimentares eólicas. Existem duas principais classificações para as dunas: uma considerando o seu aspecto como parte do relevo (morfologia), e a outra considerando a forma pela qual os grãos de areia dispõem em seu interior (estrutura interna). A classificação baseada na estrutura interna das dunas leva, em consideração, a sua dinâmica de formação, sendo reconhecidos dois tipos: as dunas estacionárias e as dunas migratórias. Algumas dunas acabam por se transformar em formações consolidadas, as chamadas dunas fósseis.
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A crescente concentração de população no litoral português, a abundância de recursos naturais nestas zonas e a falta de consciencialização da população face ao ambiente altamente frágil em que estão inseridos aliados a fatores naturais impossíveis de controlar, promove cada vez mais a degradação destes ecossistemas, pondo em risco a sua sustentabilidade. A interferência do Homem na dinâmica destas zonas leva, muitas vezes, à perda irrecuperável de ambientes únicos no mundo.
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