A litosfera, a camada superficial e sólida da Terra, é composta por rochas, que, por sua vez, são formadas pela união natural entre os diferentes minerais. Assim, em razão do caráter dinâmico da superfície, através de processos como o tectonismo, o intemperismo, a erosão e muitos outros, existe uma infinidade de tipos de rochas.
Dessa forma, foram elaborados vários tipos de classificação das rochas. A forma mais conhecida concebe-as a partir de sua origem, isto é, a partir do processo que resultou na formação dos seus diferentes tipos.
Nessa divisão, existem três tipos principais: as rochas ígneas ou magmáticas, as rochas metamórficas e as rochas sedimentares.
As Rochas metamórficas são as rochas que surgem a partir de outros tipos de rochas previamente existentes (rochas-mãe) sem que essas se decomponham durante o processo, que é chamado de metamorfismo. Quando a rocha original é transportada para outro ponto da litosfera que apresenta temperatura e pressão diferentes do seu local de origem, ela altera as suas propriedades mineralógicas, transformando-se em rochas metamórficas. Exemplos: mármore e xisto.
Xisto é o nome genérico de vários tipos de rochas metamórficas facilmente identificáveis por serem fortemente laminadas. Em linguagem popular, em Portugal é também conhecida por "lousa" (e, por extensão, designa-se como "terra lousinha" aos solos com base xistosa).
A argila metamorfizada, devido ao aumento de pressão e temperatura (metamorfismo), torna-se primeiro um xisto argiloso (folhelho), e em seguida, ao continuar o metamorfismo, passa a ardósia, que depois vira filito e finalmente passa a xisto. Ou seja, a sequência de formação é: argila - folhelho (xisto argiloso) - ardósia - xisto - gnaisse.
Tal como a maioria das rochas metamórficas, o xisto apresenta aspecto nitidamente cristalino, e devido às fortíssimas pressões a que a rocha é sujeita tem foliação nítida.
Foliação é a orientação preferencial de minerais no meio rochoso que se manifesta pela facilidade dessas rochas se fracturarem segundo planos mais ou menos paralelos.
adaptado de https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/tipos-rochas.htm
A cor é a característica mais evidente na observação dos minerais. Está dependente da absorção, pelos minerais, de certos comprimentos de onda do espetro solar. A observação da cor dos minerais deve ser realizada à luz natural difusa e em superfícies de fratura recente. Relativamente a este item, os minerais podem ser: - Idiocromáticos, quando apresentam uma cor característica e própria em toda a sua superfície (ex.: magnetite, malaquite, galenite e pirite). - Alocromáticos, quando não apresentam uma cor constante (ex.. quartzo)..
A dureza consiste na resistência que o mineral oferece ao ser riscado por outro mineral ou por determinados objetos. Esta propriedade é condicionada pela estrutura e pelo tipo de ligações que se estabelecem entre as partículas, pelo que pode ser muito variável. A dureza de um mineral é avaliada em termos comparativos. Determina-se que um mineral é mais duro que outro quando, depois de pressionado, deixa um sulco no outro mineral. A determinação da dureza de um mineral é feita recorrendo a escalas de dureza como a escala de Mohs. A densidade de um mineral depende de vários fatores, como a sua composição química, principalmente da massa atómica dos seus constituintes, a distribuição dos átomos na rede cristalina, e a pressão e a temperatura a que se formou. Para determinar a densidade de um mineral pode recorrer-se à balança de Jolly, que fornece a relação existente entre o peso de um determinado volume do mineral no ar e o peso de igual volume de água.
Escala de Mohs quantifica a dureza dos minerais. A dureza pode ser definida como a capacidade de resistência de um mineral face à retirada de partículas da sua superfície, ou seja, a resistência a ser riscado: um mineral mais duro, risca sempre um mineral menos duro, deixando um risco no último. Esta técnica usada para se saber a dureza relativa dos minerais, tem vindo a ser utilizada já desde a antiga Grécia.
A escala de Mohs, nasce em 1812 e é composta por 10 minerais essenciais, com durezas relativas arbitrariamente escolhidas, definidas de 1- o menos duro - a 10 - o mais duro (ver lista abaixo). Apesar de muito básica e de baixa precisão, o uso da escala de Mohs facilita, e muito, a identificação de um mineral, principalmente no campo. Para além dos minerais definidos nesta escala, sabe-se também a dureza de outros materiais como lâminas de canivete (entre 5 e 6) e a própria unha (entre 2 e 3), o que também ajuda na identificação da dureza relativa de um dado mineral. (ver imagem em baixo)
Todos os minerais que compõe a escala de Mohs podem ser encontrados com relativa facilidade na crusta terrestre (sendo o diamante o mais raro e caro para se obter!). São eles (da menor para a maior dureza):
- 1 - Talco
- 2 - Gesso
- 3 - Calcite
- 4 - Fluorite
- 5 - Apatite
- 6 - Feldspato potássico
- 7 - Quartzo
- 8 - Topázio
- 9 - Corindo
- 10 - Diamante
adaptado de http://jardimgeologico.blogspot.pt/2015/12/escala-de-mohs-para-quem-gosta-de.html
Para poder registar o found neste earthcache deverá visitar o GZ e:
1 - que aspecto tem o xisto? (é uma rocha sólida e compacta ou laminada e macia)?
2 - qual é a cor predominante dos blocos de xisto no GZ?
3 - descreva por palavras suas o que é foliação;
4 - a foliação é visivel nas rohas do GZ? Se sim, estime a área de uma "face";
5 - tenta com a tua unha "riscar" uma das superficies planas do xisto. Conseguiste? Com base nesta experiência, qual será o valor (na escala de Mohs) da dureza do xisto? (<2 ou >3)
6 - Se conseguisse riscar o xisto com uma moeda de cobre, qual seria a dureza da rocha segundo a escala de Mohs?