De acordo com a inscrição existente sobre a verga de uma das janelas da varanda principal – “NO ANO ESTA CASA MANDOU FAZER DE 1683 / MANOEL GOUVEIA DE CARVALHO –, o Solar foi mandado construir, em 1683, por Manoel Gouveia de Carvalho.
A capela, que primitivamente fora construída em frente à torre da ala direita, foi transferida, no século XVIII, para a ala esquerda, ficando colocada em frente à área de serviço, a confinar com o torreão central, tendo sido numeradas todas as pedras, para que fosse integralmente mantido o traçado original. Sobre o portal pode ler-se a data da sua transferência – 1778.
No local primitivo da capela foi, à data, levantado um cruzeiro em memória dos familiares lá sepultados e para assinalar e proteger as sepulturas existentes. Crê-se que de 1778 serão também os fontanários e o lago do jardim, sendo o fontanário de maiores dimensões, que apresenta o brasão de armas da família, datado de 1775.
Em 1781 é erguido o muro com o portal principal da casa, onde figuram as armas dos Souzas, Abreus, Salemas e Gouveias.
Na segunda década do século XX, por motivo de a ala esquerda começar a apresentar sinais de degradação, ameaçando a segurança das paredes-mestras, o então proprietário – João Salema de Souza Abreu Gouveia Faria Carvalho e Pereira – procedeu a obras de restauro, aproveitando para fazer um aumento à casa, dotando-a de mais uma torre, semelhante à existente na ala direita.