Atalaia, terra de gente hospitaleira e trabalhadora, teve o seu auge nos finais dos séc. XIX e princípios do Séc. XX a atestar pelas muitas construções da época e por relatos orais e escritos que chegam até aos nossos dias.
As suas origens perdem-se na bruma dos tempos, devendo-se ao seu nome á sua localização num ponto elevado, do qual se destaca o Alto Pinta, e onde poderia ter existido uma torre de vigia ou observatório, provavelmente como ponto avançado de defesas da vila de Gavião. Ainda hoje, estar de atalaia significa esta alerta, estar de vigia, esta de sentinela.
Pelo privilégio de haver no seu termo duas ribeira de caudal permanente e abundante, as ribeiras de Alferreireira e das barrocas ali laboraram, outrora, dezenas de azenhas, moinhos e lagares que tornaria a atalaia num dos maior centros moageiros da região. Também no vale ao longo da ribeira das barrocas seria totalmente cultivado com hortícolas e frutas para abastecimento da população local.
Ainda hoje são visiveis ao longo das duas ribeiras cerca de 40 moinhos, alguns com três pares de mós!, uns ainda em bom estado e outros já em ruínas pelo desuso e por esta prática moageira ter sido superada pelos moinhos elétricos.
Em agosto, era tradição realizar-se aqui uam festa em honra de N.Sra. Mãe dos homens, festa esta que atrai gentes de toda a região.
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Sirgadouros - Obras que melhoram os perigos que até agora corriam os barcos que faziam a navegação e fizeram "desaparecer" os segredos que faziam o património de um "arraes" , e estas obras são principalmente os sirgadouros como meio mais eficaz para dar à navegação do Alto tejo a segurança e a brevidade do "ascenco" das embarcações. Sem eles a navegação ascendente na transposição dos rápidos é impossível, não havendo vento forte e favorável que faça mover os barcos na direcção contraria a corrente das águas.
Os muros de sirga são construções em alvenaria de pedra seca, construídos nas margens do rio, junto aos cachões, que mais não eram que canais de águas revoltas, num tempo já passado, em que o rio corria em fúria para o mar. Os caminho de sirga, são testemunhos da tenacidade do homem em ultrapassar os elementos da natureza. Tinham como objectivo principal, rebocar os barcos a partir das margens, através de um cabo de sisal, o barco era puxado pela força do homem, ou recorrendo, onde isso se tornava possível, á força de animais.
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