As marinhas de sal ou salinas são sistemas de reservatórios construídos próximo do mar ou nas margens dos rios, que utilizam a água das marés salgadas para, através de evaporação pela ação do vento e do calor, produzir sal. A extração de sal nestas margens do Tejo remonta ao Neolítico Final e Calcolítico realizada através do aquecimento da água salgada pelo fogo. Na segunda metade do século XIII, surgem as primeiras referências à produção salícola em salinas , com um sistema de compartimentos que durou até ao princípio dos anos 80 do século XX.
Ao longo do percurso por esta zona ribeirinha, para além de antigas salinas, vais caminhar por zonas onde vais observar sapais, caniçais, lodos e areias. Estas áreas são os habitats do estuário do Tejo, onde aves encontram alimento e local para nidificação, durante todo o ano, mas sobretudo durante o Outono e Inverno.
Sem dúvida um local para contemplar e sentir o Tejo e as suas memórias. Observar a beleza dos flamingos, das garças e de outras espécies.
Enfim...sentir a natureza.
E já que falamos de sal...porque não deixar uma sugestão gastronómica?!!
Peixe em crosta de sal
Ingredientes:
1 dourada (ou robalo) com 1Kg a 1,5Kg e sem ser escamada
1 a 2Kg de sal
1 clara de ovo
Água q.b.
Preparação:
Junte a clara de ovo ao sal, regue com meio copo de água e misture bem para obter uma pasta húmida.
Coloque uma camada de sal na base de um tabuleiro, coloque o peixe por cima e cubra com outra camada de sal, fechando bem. Leve ao forno durante 30 a 40 minutos a 180ºC. Retire do forno e abra a “cama” de sal, retire a pele do peixe, limpe bem o sal da peça e sirva com um acompanhamento a gosto.
Pode dar um toque pessoal, incluíndo dentro da barriga do peixe alguns aromas, como por exemplo tomilho, coentros, alho...é só dar largas à imaginação.