O Mosteiro da Ribeira esta localizado na aldeia de Mosteiro junto do rio Távora, possui um estilo maneirista e barroco. Foi fundado em 1440 para albergar frades de São Francisco, por ordem de Frei Pedro de Ameixoeira. Contudo, no século XVI, em 1520, Maria Pereira conseguiu expulsar os Frades Franciscanos e tornou aquele espaço num convento de Clarissas. Foram extintas em 1834 por força do decreto de Joaquim António de Aguiar e entrada no Liberalismo.
É composto por uma igreja, recém-restaurada, que se encontra em vias de de classificação, por despacho de 5 de Abril de 1995, e po um Mosteiro com mirante, que se encontra atualmente em ruínas. Deste Convento restam lembranças das virtudes de suas monjas, especialmente do clássico doce de pera.
O Aglomerado de velhas casas comprova que esta aldeia já teve, em tempos, grande importância e que o seu Santuário potenciava a fixação da população.
Actualmente, a memória do passado esta presente em cada rua e em cada ruína, sendo o silêncio motivo para a vista dos amantes da natureza.
Maria Pereira, primeira abadessa do Convento, era irmã de Pedro Álvares Pereira. Este era fidalgo da casa real, residente em Sernancelhe, e mandou enclausurar á força neste mosteiro as suas duas filhas.
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"a dois quilómetros de Cernancelhe, na raiz do elevado monte de Santa Cruz, no meio dum estreito mas ameno vale, rasgado pelo Távora, foi fundado no século XV, um convento, assás conhecido, na região, pelas virtudes de suas religiosas e pelo clássico doce de pêra. Era um amontoado de humildes celas, em volta de um modesto mas elegante templo, com o seu claustrozinho, que graciosa fonte regava e viridentes arbustos ensombravam.
Foi, primeiro de monges de S.Francisco; depois, de monjas da mesma ordem."
"Não era rico o convento, mas o local em que assentava prodigalizava-lhe os tesouros da natureza para delícia inocente de suas monjas. Era uma linda estância de habitação, própria para as almas que amam o silêncio, fora dos ruídos do mundo; porque ali só se escutavam vozes da montanha, o canto das aves e o murmúrio das águas."
in: MOREIRA, Abade Vasco, 1929, Terras da Beira, P.188-189
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