As alminhas são padrões de culto das almas do purgatório, hoje consideradas património artístico-religioso. São pequenos altares onde se pára um momento para deixar uma oração e, por vezes uma esmola pelas almas. É frequente encontrar velas e lamparina acesas, deixadas pelas pessoas que passam no local, ou mesmo oferendas de flores.
Não são conhecidos registos escritos destes memoriais antes do século XIX, no entanto, podem encontrar-se exemplares de alminhas que remontam ao século XVIII. Formalmente, este painéis representam sempre as almas do purgatório em agonia, podendo representar anjos, São Miguel, a Virgem, Cristo ou Santos resgatando as almas.
Geralmente, as alminhas são erguidas em encruzilhadas, quase sempre em caminhos rurais, em matas ou perto de cursos de água, na entrada das pontes. Também é possível encontrar alminhas junto às estradas nacionais. As alminhas podem ser incrustadas em velhos muros ou na frontaria de casas e podem ser construídas em diversos materiais.
Alminhas da Terrenha
Uma das particularidades destas alminhas, que desde de criança me chamou à atenção, era o facto de servir de divisória das fachas de rodagem. Com a abertura da nova variante, este bocado de estrada fica assim destinado unicamente às alminhas e à paisagem que o local oferece.
Junto a este local encontra-se o marco divisório das freguesia de Escariz e Fajões, datado de 1672. Aquando do início das obras da abertura da variante, este foi danificado pela maquinaria pesada mas com a promessa que seria devolvido ao local após a conclusão das obras. Assim esperamos.
Fotografia do marco cedida pelo presidente da direção da Casa Museu Regional de Oliveira de Azeméis, Samuel Oliveira
A Cache
Não é necessário pisar os ajardinados, está acessível da rua. Se possivel, tire fotos, desfrute da paisagem e do silêncio.
A série das Alminhas
Alminhas 01 / Alminhas 02 / Alminhas 03 / Alminhas 04 / Alminhas 05