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TABUA DE MARÉS
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| Para registares esta Earthcache responde às seguintes questões, após observação dos fenómenos, e consulta da informação abaixo na listing: |
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1) Olhando para a base da escadaria podes observar estratos. Como se chamam estas camadas negras muito ricas em matéria orgânica?
2) O que podem indiciar existir no local?
3) Descreve o padrão, a forma e a cor da laje inclinada que se encontra do lado esquerdo (se virados de costas para o mar) e que estarás provavelmente a pisar?
4) Como se formou este padrão?
5) Uma foto identificativa da presença no GZ é obrigatória.
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Esta Earthcache faz parte de um conjunto de ECs inseridas em pontos estratégicos da costa litoral do Pinhal de Leiria, nomeadamente na Bacia Lusitaniana, sendo esta a única bacia das margens do Atlântico Norte com extensa exposição superficial. Aqui, encontram-se sedimentos originalmente depositados na BL, posteriormente remobilizados por atividade tectónica e atualmente expostos por erosão. A geologia deste sector de costa da Bacia L. constitui uma das principais referências no estudo do Jurássico Inferior (cerca de 201,3 MA e 174,1 MA) em Portugal.
Na verdade, a costa de S. Pedro de Moel à praia da Polvoeira constitui um paraíso para todos os amantes de geologia e da paleontologia, dada a abundância e diversidade em fósseis, desde invertebrados marinhos, peixes, ictyossaurios, amonóides e belemnites, icnofósseis e construções de natureza microbiana.
Assim, é conhecida a importância patrimonial deste local, que se evidencia, desde logo, pelo elevado valor cénico, único na orla costeira portuguesa.
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Água de Madeiros é um dos três locais do concelho de Alcobaça identificados pelo LNEG – Laboratório Nacional de Energia e Geologia – como um “Geossítio”, ou seja, sítio de interesse geológico.
O interesse em Água de Madeiros advém, não só, daquilo que é conhecido como o corte geológico de Água de Madeiros, mas também da identificação da Formação de Água de Madeiros. Por outras palavras, são visíveis em Água de Madeiros diversas camadas de calcário margoso acinzentado, alternadas com níveis de margas “xistentas”, ricas em matéria orgânica, sendo possível identificar diversos fósseis de amonites, belemnites e bivalves. Os níveis superiores das falésias de Água de Madeiros apresentam acumulações de amonóides (Echioceras e Gemmellaroceras, por exemplo) e restos de peixes.
Ao longo do corte de Água de Madeiros, é ainda frequente a ocorrência de fácies de margas negras, por vezes betuminosas. Estas rochas têm bastante interesse científico, devido ao facto de apresentarem ao estudo direto, níveis correspondentes às formações portuguesas com maior potencial como rochas-mãe de hidrocarbonetos.
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Exemplo de camadas de calcário margoso intercaladas com camadas negras muito ricas em matéria orgânica - "black shales"
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| São facilmente observáveis essas alternâncias de margas com calcários margosos que se tornam progressivamente mais argilosos, apresentando camadas muito ricas em matéria orgânica (as chamadas black shales). |
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| Black Shales, como se formaram? |
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| A matéria orgânica existente nestes sedimentos terá sido depositada num ambiente marinho pouco agitado (de baixa energia) e pouco oxigenado (anóxico), num clima quente e árido, o que proporcionou a sua preservação. |
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| O que são e qual a sua importância? |
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| As "black shales" são camadas importantes no estudo e prospeção de hidrocarbonetos, visto serem potenciadoras da existência de petróleo ou gás natural, por exemplo. |
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| Blocos ou "calçada de gigante" |
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No GZ é ainda possível observar uma rampa rochosa com um impacto visual de padrão único. É uma unidade essencialmente calcária, e no seu local-tipo apresenta-se em grandes blocos que mais parecem uma calçada de gigantes. Este padrão, no entanto, deve-se apenas e só à erosão do calcário nas suas zonas de fratura...
O topo dos blocos é rico em fósseis, sendo as amonites facilmente aí observáveis devido ao tamanho das mesmas.
Com uma observação mais atenta (e quase que temos de pôr o nariz no chão) é possível vislumbrar um sem número de fósseis de pequenas amonites, restos de crinoides, pequenos bivalves e ostreídeos.
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| Fontes: |
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https://portugal-em-pedra.blogspot.com/2019/04/o-jurassico-inferior-na-bacia_29.html
http://sapinhogelasio.blogspot.com/2010/06/agua-de-madeiros-pedra-do-ouro-e.html
https://geoportal.lneg.pt/pt/bds/geossitios/#!/40
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