
Acto 4
O segredo do local sacro
- Frei Germano, o Manel mandou-me ir ter convosco.
- Jacob, meu filho, o que foste aprontar. D. Macedo está ao rubro, quando esteve comigo esta manhã.
- Caro padre, o que é que ele vos disse?
- Passo a descrever o que aconteceu.
(umas oito horas antes)
- Bom dia Frei Germano
- Bom dia D. Macedo, que boa graça veis a este local sacro?
- Encontro-me numa demanda para sossegar o coração da minha filha a Herminia. Tereis por acaso o conhecimento de como obter um determinado colar?
- Não poderei prometer em vão sem saber o objecto sacro que procurais.
- Falo-o do colar de S. Cajó.
- Por Cristo, esse sacro artefacto não pode ser falado em tal alto tom. Ele está na família Bourbon de Linhaça há mais de 3.300 anos e é protegido pelos irmãos da ordem de Cister.
- Oh diabos, os malditos pasteleiros... Perdoais-me a blasfémia caro padre. Saberás como então posso obtê-lo?
- Somente esses irmãos saberão onde, mas digo lhe já que a última aparição foi há quase 50 anos da terra de Mitra a nascente da nossa sacra vila. E pela blasfémia 10 pais nossos.
- Como podes ver Jacob, D. Macedo saiu daqui arfar e amaldiçoar o dia quem lhe cruza-se a vista.
Ele desconfia de algo, e bem sabes que a tua paixão com a Herminia é conhecido pelo mercado e pelos irmãos da ordem de Cister. Eles para salvaguardar o segredo do colar deixaram o colar aqui nas terras de Mitra antes de regressar ao conde de Bourbon que se encontra a navegar pelas Índias.
- Por causa dessa suspeita que vim pedir ajuda pelo manuscrito que o indiano, o amigo do Bocage, deixou.
- Ou seja, abrigo por uma noite enquanto aguardam pela maré. Tudo bem, promete somente que caso encontram o colar não lhe levem no.
- Assim faremos, Frei. Encontramos em breve.
(Na noite da fuga)
- Jacó... oh Jacó... chega aqui.
- Mina (Herminia), não podemos namoriscar agora temos que aguardar pelo sinal da maré e estamos em local sacro.
- Jacob Zacarias, já me explicaste em detalhe o que temos de fazer, mas não é por isso que te estou a chamar. Olha o que acabei de encontrar...
- Santo Cristo, mas é o ….
- É sim, amor.
- Então vamos cumprir o que prometemos ao Frei Germano.
- Deixa-me somente realizar uma oração para termos proteção e já agora que nos deem uma caixa de bolas de Berlim.
- Tudo bem... Ainda temos que visitar os irmãos de Cister, logo vemos se tem elas.
(bate uma porta com força)
- Mina, pouco barulho, alguém acaba de entrar.
- Jacó, não é o Frei Germano?
Sussurrando baixinho:
- Jacob. Jacob. Temos que apreçar.
- Diga Frei Germano.
- Um dos homens de D. Macedo está a cavalo no mercado, anda à procura da filha, da Herminia.
- Oh céus... Ele já leu a carta, pensava que somente amanhã que ele ia encontrar a carta.
- Ai Mina... O que foste fazer, o Panjahb mencionou sem pistas.
- Mas Jacó tinha que dizer o motivo da minha fuga... Não é todos os dias que o futuro reside dentro de nós...
- Santo Deus, D. Macedo está em rubro...
- Mina isso é verdade (em tons de comoção)
- Sim, meu robalo do Sado.
- Temos mesmo de conseguir sair o mais rápido possível.
- Frei Germano, encontrei o colar...
- Louvado seja o Senhor. Deixai onde o encontraste e avisai os irmãos então.
(...)