Recuando no tempo, o concelho de Salvaterra foi fundado em 1295, por foral de D. Dinis, que o mandou povoar. O seu clima, fertilidade dos solos e abundante caça motivaram que fosse local de preferência para os reis da I Dinastia. D. João I, «Mestre de Avis», determinaria que se fizesse coutada, fazendo dela diversas doações. A atractividade desta terra cativou, ao longo dos séculos, outros vultos eminentes da sociedade portuguesa e estrangeira.
Em 1845, a junta da paróquia de Salvaterra de Magos decidiu criar o “aforamento” daquela vasta área de terreno, em que se constitui hoje parte do concelho. O processo tinha como objectivo o desbravamento de todo o matagal que cobria o solo, tornando-o cultivável. O aforamento das terras foi um sucesso, surgindo novas formas de explorar a terra. Tudo isto cativou a fixação de pessoas naqueles territórios. No início do século XX, a transformação de Foros de Salvaterra era assim uma realidade, sendo bem visíveis as vastas extensões de plantio de vinha e as grandes manchas de floresta (eucalipto e pinhal).
Em 1934 terminou a construção de uma obra bastante importante para o desenvolvimento económico da região: a barragem de Magos, a maior hidro-agrícola até então ensaiada no País. Aos poucos foram-se assim criando as condições necessárias para o crescimento e desenvolvimento sustentado da localidade. E foi com enorme naturalidade que a 31 de Dezembro de 1984 a povoação seria elevada a freguesia, o que correspondia ao anseio de várias gerações.
O desenvolvimento agrícola potenciou também outras áreas económicas, como sucedeu com a pecuária, serralharia civil, indústria do mobiliário, carpintaria, panificação, cerâmica, construção civil e o próprio comércio.