Homem da Maça e Parque do Monte São Brás
O Homem da Maça é uma figura em granito inacabada situado no monte São Brás. Trata-se provavelmente da representação de algum antigo guerreiro ou herói mítico. Está acompanhada por uma outra escultura zoomórfica que parece representar um leão de traços fantásticos. Esta estátua esteve durante muito tempo colocada na base do monte, junto à Capela de São Sebastião, tendo sido transportada em 1955 para o local onde actualmente se encontra. Não se sabe a data da sua construção, alguns indicam a época romana outros da época medieval. Era costume no inicio do ano pela romaria de São Brás, abraçarem-se ao pescoço da estátua e, colocando-lhe flores, pedirem um rápido casamento. Os homens e casais tocavam-no para poderem ter filhos varões e em pagamento da promessa vertiam vinho na cabeça da estátua. No monte existe um pequeno parque com mesas para merendar.
Homem da maça (versus) homens da massa
Queria recordar, no entanto, aquela que me parece ser a única estátua antiga de Hércules existente em Portugal, e que é denominada o "Homem da Maça", e que continua a estar ao semi-deus dará...
Homem da Maça com o Leão (ou similar) - daqui.
O conjunto está catalogado, mas não tem qualquer protecção como monumento.
É referido ser medieval e propriedade eclesiástica, mas a Câmara de Matosinhos também o menciona. Aponta-se polémica de identificação, que só existe, porque está tudo entregue à bicharada, e com isto não me refiro ao "bicho", e nem sequer se mencionam os argumentos da polémica. Nos tempos que correm, o homem da maçã é Steve Jobs, falando assim da pré-história dos computadores.
Por que razão é óbvio ser Hércules, apesar da ignorância nacional?
Porque antes de ter os dois braços partidos, tinha na mão uma maça e foi assim entendido como Hércules por Pinho Leal, que no seu Portugal Antigo e Moderno escreve:
CRUZ DO BISPO (Santa) ... Em um sêrro, entre as capellas de Nª Srª do Livramento e de S. Sebastião, se achou uma estátua de pedra, de Hercules, a que o vulgo chama o homem da maça, pela que tem na mão. A seus pés se vê o leão.
Acrescenta ainda que Santa Cruz do Bispo se chamaria Santa Cruz da Maia..
A Câmara de Matosinhos tem o bom senso de pelo menos disponibilizar o único documento credível que a Direcção Geral do Património cita, ou seja Rocha Peixoto (1908) em Portugália, já que os outros dois são um guia de Portugal e do Porto, de 1985 e 86.
Esperava encontrar uma grande contestação a Pinho Leal, por parte de Peixoto, mas não. É motivado pelo escrito de Pinho Leal, mas diz apenas que em 1908 a estátua já não tem os dois braços, que não lhe parece ser estátua culta nem bárbara, que será rude mas mais trabalhada que outras esculturas dos antigos lusitanos, e que a tradição das meninas agarrarem-se às pedras seria proto-histórica.
Ou seja, uma opinião vulgar, feita por qualquer um com uma certa cultura, e dificilmente comparável a Pinho Lea.
Na altura da romaria de São Brás a estátua tinha grande foco. As mulheres solteiras pediam ajuda para casar abraçando-se à estátua e colocando-lhe flores. Os homens (e os casais) pediam ajuda para terem filhos varões. Caso as promessas se cumprissem era deitado vinho pela cabeça da estátua como forma de agradecimento.[1][3]
Por favor tenham cuidado com o Container e deixem tudo bem arrumado como encontraram ou se possivel ainda melhor para que a cache dure e seja uma surpresa para os próximos.
Obrigado
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