Cache - Anta da Granja
Situa-se a escassos metros à direita da estrada Areias-Pombais-Beirã.
Anta com corredor, de câmara poligonal regular, (ds; 4,10m x 3,50m) constituída por oito esteios, dos quais quatro estão fracturados. Actualmente já não tem o chapéu que terá sido aproveitado para a construção de uma eira na Herdade dos Pombais. O corredor é formado
por dois grandes esteios paralelos (2,50m e 1,70m).
A mamoa é ainda visível embora tenha sido cortada em parte pela estrada. Uma antiga lenda conta que uma cavaleiro vindo de Espanha, infectado com peste, terá prometido enterrar a sua preciosa espada nesta anda e recolher ao convento franciscano de Marvão caso se curasse da moléstia que o assolava. Curado da peste terá cumprido a sua promessa.
Antas e Menires de Marvão
Nas paisagens de Marvão conhecem-se vinte e sete dólmenes e três menires.
Erguidos há mais de cinco mil anos, durante o Neolítico, resultam de profundos rituais das primeiras comunidades agro-pastoris.
No concelho de Marvão, por entre extraordinárias formações graníticas e nas imediações de pequenos vales férteis aí habitaram os primeiros camponeses e aí erigiram estas estruturas destinadas a acomodar os mortos de uma elite da comunidade, as antas.
A distribuição geográfica do megalitismo de Marvão acompanha o serpentear do rio Sever, fonte de diferentes recursos para estas comunidades. É por esta altura que o Homem inicia as lides agrícolas e chama a si algumas espécies mais domesticáveis. Estamos a entrar no Neolítico. A capacidade para tratar da terra é proporcional à valência dos seus primitivos instrumentos.
Embora a pedra polida fosse já uma realidade tudo aponta para que nesta fase o arado ainda não existisse e, assim, só as terras mais leves e bem drenadas foram as eleitas pela comunidade junto das quais construíram os seus povoados e os seus sepulcros, as antas.
As antas e menhires, do concelho de Marvão escondem-se na densa e diversificada paisagem, em propriedades privadas, onde o aparcamento de gado é uma realidade. Embora genericamente manso dele nos devemos manter afastado e fechar porteiras sempre que se utilizem. De todos estes monumentos, apenas uma parte, que pela proximidade às estradas ou caminhos, se aconselha a sua visita: são seis dólmenes, de dimensões variadas e os três menhires, todos construídos em granito.
Os defuntos depositados nestes sepulcros faziam-se acompanhar por ricos espólios desde machados de pedra polida, abundantes pontas de seta, cerâmicas variadas, algumas com decoração, e as sempre enigmáticas placas de xisto, mais ou menos antropomórficas. Estes materiais podem ser apreciados no Museu Municipal de Marvão que acolhe os espólios dos monumentos que neste concelho foram estudados.
(Fonte:Municipio da Marvão)
