ALMINHAS DAS BARRANCAS
Durante as Invasões Francesas (1807-1811), um jovem local chamado Manuel de Sá Rocha foi preso e condenado à morte pelas tropas francesas, acusado de colaborar com os resistentes portugueses.
No dia 11 de maio de 1809, foi levado às barrancas para ser fuzilado.
A sua mãe, desesperada, acompanhou-o até ao local e assistiu impotente ao momento em que o filho foi executado sem piedade.
Ao ver o corpo tombar, a mulher caiu de joelhos e morreu de desgosto no mesmo instante, junto ao filho.
A tragédia comoveu profundamente a população local, que, em memória daquele episódio de dor e sacrifício, mandou erguer um pequeno oratório.
Desde então, o lugar passou a ser visto como sagrado e de respeito, símbolo do sofrimento do povo durante as invasões e do amor incondicional de uma mãe pelo filho. Até hoje, quem por ali passa costuma rezar ou deixar uma prece pelas almas dos dois, perpetuando esta história de coragem, injustiça e dor.