Moorish River Traditional Cache
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (small)
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Esta cache leva-lo-á ao canhão do Rio dos Mouros (ou Rio de Mouros)
que delimita a Sul as Ruínas de Conímbriga. Actualmente o vale do
canhão de Rio dos Mouros caracteriza-se pelo leito seco, e mesmo em
períodos de ocorrência de precipitação raramente o caudal se torna
significativo devido à forte inflitração originada pelo tipo de
materiais existentes. Apenas com episódios de precipitação
extraordinária é que se verificará uma escorrência significativa
temporária que impedirá o acesso à cache. O acesso poderá ser
efectuado de duas formas diferentes que proporcionarão experiências
e níveis de dificuldade também bem diferentes. Assim, a proposta
para esta cache é um passeio pelo leito seco do rio que neste
sector corre na direcção Este-Oeste, sendo o vale aberto e de fácil
acesso a Oeste, e fechado com escarpas verticais a Este. Também a
vegetação que se desenvolveu no leito é mais cerrada a montante do
que a jusante. Acesso OESTE: Dirija-se à ponte localizada em
N40º05.893' W008º30.319'. Estacione e entre no leito dirigindo-se a
montante. Os primeiros metros são feitos facilmente aumentando o
grau de dificuldade gradualmente mas sem nunca ser necessário
grande aptidão física para chegar à cache. Da ponte ao local da
cache são pouco mais de 500 metros mas em que a paisagem muda
rapidamente adensando-se a vegetação e elevando-se aos poucos as
paredes das escarpas do canhão. Acesso ESTE: Estacione no parque
das Ruínas de Conímbriga em N40º05.938' W008º29.369' e procure o
caminho que dá acesso ao fundo do vale e à ponte que atravessa o
rio neste sector. Junto à ponte está o acesso ao leito propriamente
dito. Daqui para a frente não há que enganar. Se vir escarpas
enormes, rochas perigosamente escorregadias devido à humidade,
vegetação cerrada que acha impossível de transpor, então é porque
está no caminho certo! Depois de iniciar o percurso, à sua direita
e bem lá em cima verá "as traseiras" e o anfiteatro das Ruínas de
Conímbriga. Se o acesso OESTE pode ser feito por quase toda a gente
(sempre com cuidado - também há rochas escorregadias por esse
acesso!), já a opção pelo lado ESTE não é de todo recomendada a
qualquer pessoa; exige-se experiência em terrenos acidentados e boa
forma física. Andar no leito de um rio não é tão fácil como possa
parecer! No entanto a recompensa de optar pelo acesso Este é uma
experiência única que vale bem o esforço do geocacher mais afoito -
paisagens de cortar a respiração num vale que parou no tempo aliada
a um alto índice de dificuldade e a um excelente trilho quase
virgem. Devido à densa vegetação e às escarpas que fecham o vale no
sector junto à cache o sinal de GPS é fraco, mas depois de entrar
no leito, seja por Oeste ou por Este só há um caminho a seguir. Irá
perder o sinal do GPS várias vezes mas este servirá essencialmente
para ter uma noção da distância a que está da cache. As coordenadas
fornecidas não são da cache propriamente dita, mas quando chegar ao
local vai perceber porquê. A foto "Spoiler" não indica o spot da
cache mas permite-lhe ter a noção de onde é que deve parar e
procurar. A carta militar da área é a 251 (o acesso Oeste está na
250). A cache é um pequeno tuperware envolto num saco plástico
branco com os "souvenirs" do costume, logbook e restantes adereços
EXCEPTO... algo para escrever! Mea culpa (Geógrafo)! Assim
pedia-mos a quem lá fosse primeiro que fizesse o obséquio de deixar
um lápis com menos de 7 cm de comprimento para que possa caber na
caixa. Tão cedo nós não teremos oportunidade de lá voltar para
corrigir essa falha. Para fazer a "Moorish River" isto é tudo o que
precisa saber. No entanto, para quem quiser uma explicação mais
académica sobre o canhão do Rio de Mouros recomenda-se o texto que
se segue. Boa caçada (e muito cuidado!) Geógrafo e Grade CANHÃO DE
RIO DOS MOUROS Junto a Conímbriga, do lado Sul, desenvolve-se um
vale encaixado nos calcários do Batoniano - o canhão do Rio dos
Mouros. Este, além de ser uma forma relacionada com a carsificação
do sector, pelo que usaremos o termo canhão no sentido canhão
cársico, é, pela sua relação com o depósito de tufos dos 90-100 m,
um relevante indicador morfológico. A garganta estreita e profunda,
de paredes quase verticais, está entalhada nas bancadas dos
calcários do Dogger, os quais são encimados por tufos, que dominam
quase só na margem norte. Apenas um pequeno retalho na margem sul.
Com uma extensão de cerca de 2 mil metros, o canhão enceta-se na
base da vertente NE de Alconere, por um meandro encaixado (de
motivação estrutural), depois de passar dos calcários liássicos aos
batonianos. Primeiramente, com direcção geral NNW-SSE, toma junto a
Conímbriga um rumo WSW-ENE, para depois de cerca de três centenas
de metros se orientar aproximadamente segundo Este-Oeste. O
talvegue apresenta, para além destas três orientações gerais
pequenos troços paralelos entre si e às direcções dos afluentes.
Estes, com direcção Norte-noroeste-Sul-sudeste, possivelmente
ligados a fracturas, terminam em vales suspensos que se despenham
no canhão segundo declives que atingem dezenas de metros de queda
vertical ou quase, e que, na sua maioria, actualmente se apresentam
secos. Só uma queda pluviométrica anómala trará a escorrência ao
seu leito, já que as águas resultantes das precipitações de
altitude elevada habituais são na quase totalidade infiltradas. Os
respectivos vales são preenchidos por solos de argila avermelhada,
onde se pratica alguma agricultura de sequeiro. O vale do Rio dos
Mouros, quase todo o ano seco, apresenta-se torrencial durante
pouco tempo, por altura de fortes precipitações. As suas águas
acumulam-se, principalmente, no sector dos calcários margosos, nas
proximidades de Fonte Coberta e a montante desta povoação. O facto
de provir do sector dos calcários liássicos leva-nos a considera-lo
um curso alógeno, relativamente aos calcários batonianos que
atravessa por um canhão, considerando a diferença que se estabelece
quanto à permeabilidade entre os calcários sublitográficos, onde a
circulação subterrânea toma maior importância e aqueles, mais
margosos, especialmente na depressão submeridiana do Zambujal em
que esta circulação toma uma importância com menor significado.
Mas, a maior relevância atribuída ao canhão do Rio dos Mouros, como
se disse, resulta da sua relação com os tufos e travertinos. O
acontecimento destes, junto com a existência de uma cobertura
conglomerática de natureza quartzosa, na Mata de Abofada, que se
sobrepõe aos arenitos cretácicos e aos calcários jurássicos,
levanta a discussão da cronologia e da expressão morfológica. A
configuração topográfica da área, com altitudes decrescentes para
Norte, a direcção dos vales que, nas proximidades de Conímbriga,
afluem na margem esquerda daquele rio, jnto com as características
petrográficas de depósito lagunar, os conglomerados e os tufos,
levar-nos-ia, admitindo a inexistência do vale do Rio dos Mouros, a
considerar a hipótese de estarmos perante a área marginal de uma
bacia de sedimentação lagunar. Os depósitos grosseiros seriam
carregados e depositados em períodos de escorrência maior e de
menor cobertura vegetal. Os tufos, pelo contrário, depositando-se
em ambientes mais calmos, corresponderiam a uma cobertura vegetal
abundante, hipótese reforçada pelas características carbonatadas da
sedimentação, ou, então, a uma ausência prolongada de precipitações
capazes de garantir escorrências torrenciais. Ora a hipótese de
inexistência do canhão de Rio dos Mouros, durante a deposição do
tufo é tão plausível que somos levados a tomá-lo como um facto.../.
Portanto o canhão de Rio dos Mouros ter-se-á formado posteriormente
à deposição do nível superior. Os especialistas do carso puseram em
evidência a excepcional agressividade das águas frias, muito
carregadas de CO2 de origem atmosférica. Devido a tal agressividade
processa-se uma forte corrosão superficial e uma dissolução
subterrânea mais poderosa ainda. Encontramos as águas frias
procuradas para a formação de uma carsificação activa, na vigência,
durante o Quaternário, de climas alternadamente quentes e frios,
respectivamente correspondentes aos períodos interglaciários e
glaciários. Parece, pois, que a inserção e cavamento do vale do Rio
dos Mouros está ligada a climas frios de pluviosidade importante,
posteriores à disposição do tufo do nível superior. Extraído de:
"Os tufos de Condeixa - Estudo de Geomorfologia" - António Gama
Mendes, in Cadernos de Geografia nº4, Instituto de Estudos
Geográficos, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 1985.
Additional Hints
(Decrypt)
Gur pnpur "fyrrcf" va n ubyr jvgu n (ovt) fcvqre (ernyl ovt!)