Esta cache encontra-se junto ao majestoso "Rei Cervo" em Vila Nova de Cerveira. A origem do nome desta terra tem duas versões: uma delas argumenta que em tempos remotos, estes animais Cervos/Veados eram muito abundantes no lugar ocupado por esta povoação, e a segunda diz que o nome veio do seu primeiro donatário, José Nunes de Cerveira, que nestes sítios floresceu, no reinado de D. Sancho ll”. (do Arquivo Nacional – direcção do Dr. Rocha Martins – 1936).
Vila Nova de Cerveira foi criada em 1320 por D. Dinis, concedendo-lhe o foral de Vila desde que se juntassem 100 moradores para a constituir. Actualmente encontra-se voltada para o turismo com a Pousada de D. Dinis, o Monte de Nossa Senhora da Encarnação e o Convento de S. Paio dos Milagres, hoje, centro de artistas e casa de eleição do escultor José Rodrigues. Esta terra minhota é representada pelo Cervo ou Veado, que se encontra representado em toda a região.
Conta a lenda que: "Era uma vez … um cervo (veado), que os Deuses do Olimpo quiseram que fosse Rei. Escolheu estas terras outrora desabitadas do "bicho" homem e aqui reuniu a sua colónia de cervos, de tal modo que nas redondezas toda a gente passou a chamar a estes lugares "terras de cervaria".
Muitos anos correram, com várias lutas e calamidades, que foram dizimando a colónia, até que ficou só o Rei Cervo. Conta também a lenda que na Reconquista quando os Senhores de Pendão e Caldeira desceram dos cerros asturianos à conquista do que seria mais tarde o "Condado Portucalense", um jovem fidalgo desafiou o Rei Cervo para uma luta frente e frente. E o velho senhor aceitou. A luta seria travada entre arvoredos e ervas daninhas e num local onde existiam pequenas 
valas no lugar de Valinha. E sem apelo nem agravo conta-nos a "estória", o Rei Cervo venceu! Este ficou com o pendão do fidalgo e, a partir daí, seu brasão de armas foi a bandeira conquistada. Contudo os Deuses enganaram o velho Rei… Ele não seria para sempre imortal! Cansado da vida, doente, na solidão dos rochedos, o velho Senhor morreu.
Ainda hoje e para que a "estória" se não perdesse, as "armas" de Vila Nova de Cerveira têm um cervo em campo verde, passante de ouro, armado de prata, contendo entre as hastes um escudete de azul carregado de cinco besantes de prata. E, também, no cimo dos montes deste Município mandou construir "in memoriam" o Rei Cervo, que numa notável escultura em ferro, de José Rodrigues, atesta a longevidade das "Terras de Cervaria". Neste maravilhoso miradouro observa-se uma maravilhosa paisagem, com a foz do Rio Minho - Caminha, Valença, a nova ponte, o ferry-boat, as terras do País Vizinho, com o seu Monte de Santa Tecla, toda a Vila Nova de Cerveira e claro as encantadoras Ilha dos Amores e Boega.
