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Printable information sheet to attach to Cidinho & Lia # REPT - Leiria Geocoin
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This is collectible.
A história precoce de Leiria é obscura. Mas mesmo assim, a bacia hidrográfica do Lis é das zonas com maior densidade de achados arqueológicos do país, atribuíveis ao Paleolítico Inferior. De momento estão inventariados mais de 70 sítios arqueológicos na região, entre os quais vários jazigos de sílex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do rio, na Quinta do Cónego nas Cortes, na Mata dos Marrazes, atrás do Bairro Sá Carneiro), gravuras rupestres (na praia do Pedrógão), uma pintura rupestre (no vale-canhão do Lapedo) e muitas outras. De todos os achados destaca-se o menino do Lapedo, encontrado no vale do mesmo nome e que tem suscitado o interesse da comunidade científica internacional. Os primeiros habitantes que se sabe ao certo, foram os túrdulos (Turdulorum Oppidani), um povo indígena Celtibero (relacionado com os Lusitanos); que estabeleceu uma povoação perto (a cerca de 7 km) de Leiria. Esta foi posteriormente ocupada pelos romanos, período em que floresceu sob o nome deCollippo . As pedras da antiga cidade romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando-se o castelo onde ainda se podem ver pedras com inscrições romanas.
O nome Leiria em si, deriva de leira (do galaico-português medieval laria : a partir do proto-celta * ɸlār-yo-, semelhante ao lar em Irlandês antigo 'chão', em Bretão leur 'chão', em Galês llawr ' andar ') que em Português significa área de lotes agrícolas.
Leiria foi habitada pelos suevos em 414 dC e incorporada por Leovigildo no reino dos visigodos em 585 dC. Mais tarde os mourosocuparam esta a área, até à tomada por D. Afonso Henriques em 1135, durante a chamada Reconquista. A região foi alvo de ataques mouros até 1140. Durante esse período entre Leiria e regiões mais a Sul como Santarém e Lisboa, existiu uma faixa territorial conhecida como "terra de ninguém", até esta ser repovoada por cristãos. Em 1142 Afonso Henriques atribuiu o primeiro foral (carta de direitos feudais) para estimular a colonização da região [13] . A maioria da população vivia dentro das muralhas protetoras da cidade inicialmente, mas já no século XII parte da população vivia na sua parte exterior. A mais antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no século XII, servia a freguesia exterior às muralhas.
De facto a região de Leiria é ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam àquele local a fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as características favoráveis do rio Lis que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no local, tornando-se na Idade Média no local de controlo do tráfego económico da região.
Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza (para uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254[13] , durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode ser visto numa inscrição na torre.
Esse rei construiu também uma residência real em Leiria (atualmente perdida), e viveu por longos períodos na cidade, que ele doou como feudo à sua esposa, a rainha Santa Isabel. O rei também expandiu a plantação do famoso Pinhal de Leiria, próximo da costa atlântica. Mais tarde, a madeira deste pinhal seria usada para construir as naus que serviram aos Descobrimentos portugueses, nos séculos XV e XVI. Durante o século XV houve vários moinhos de cereais na cidade, que foram fonte de riqueza para a região. Em 1411, D. João I autorizou a instalação de um moinho de papel (atualmente um museu) para a fabricação deste material. Na mesma época é documentado que os judeus desenvolveram nesse concelho uma das mais notáveis comunidades, ao ponto de empreenderem uma florescente atividade industrial. Abraão Zacuto, erudito judeu, publicou sua obra Almanach perpetuum em Leiria em 1496.
De facto, durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, sendo suplantada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem-se desenvolvido de forma extraordinária, e é já um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.