«Há, decerto, pessoas felizes que
sabem o nome das árvores»
Cecília Meireles, poetisa brasileira.
As árvores e os maciços arbóreos classificados de interesse público constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico, em grande medida desconhecida da população portuguesa. Quantos portugueses sabem que no seu país se encontra a árvore mais alta de toda a Europa? Quantos tavirenses conhecem a antiga oliveira de Pedras de El Rei, cuja idade foi medida em mais de 2000 anos, sendo portanto anterior à era cristã? Imaginam os lisboetas que se cruzam diariamente com dezenas de árvores notáveis que testemunharam acontecimentos decisivos da história de Portugal?
Já desde o século XIX que silvicultores e naturalistas apelam à protecção de “arvores collossaes”, que representariam o remanescente da antiga cobertura indígena e anteviam o prodigioso desenvolvimento de outras espécies exóticas recém introduzidas, cujo rápido crescimento certamente as levaria a suplantar em dimensão o arvoredo autóctone. As primeiras medidas legais de protecção às árvores monumentais datam de 1914, mas só em 1938 a acção do Estado é grandemente ampliada, com a publicação do Decreto-Lei n.º 28 468, de 15 de Fevereiro de 1938.
"...devem proteger-se todos os arranjos florestais e de jardins de interesse artístico ou histórico, e bem assim os exemplares isolados de espécies vegetais que pelo seu porte, idade ou raridade se recomendem a cuidadosa conservação..."
Desde essa altura foram classificadas pelos Serviços Florestais centenas de árvores e maciços arbóreos, de diversas espécies e por todo o país, totalizando actualmente (em 2006) 316 árvores iso-ladas e 48 maciços, bosquetes ou alamedas.
Em Portugal, a árvore há mais tempo classificada é um Plátano em Portalegre. O Cedro do Jardim França Borges no Príncipe Real (foto ao lado), além de ser a mais famosa é também a árvore há mais tempo classificada de interesse público, em Lisboa (desde 12/02/1940).

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As coordenadas públicadas são do cedro no Príncipe Real. Esta cache vai te levar a percorrer 15 jardins e ruas com árvores classificadas como interesse público na cidade de Lisboa. Nestes locais vão colectar informações que permite achar as coordenadas finais da cache num jardim de Lisboa, mas não é preciso contar gaitinhas, só encontrar um número marcado no poste ou numa porta junto às árvores. As coordenadas finais envolvem alguns calculos simples, qualquer calculadora os faz. Espero que gostem tanto de a encontrar como eu gostei de a planear. Tirem fotos e publiquem, revelem esconderijos.
Existem 42 árvores classificadas na cidade, foram escolhidas "apenas" 15 distribuidas de uma forma uniforme. Dislumbrem-se com o seu porte, gozem as suas sombras. Façam esta cache de modo descontraido. Mais informações na Câmara Municipal de Lisboa.
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PONTO |
LOCAL |
COORDENADAS |
ÁRVORES
CLASSIFICADAS |
IDADE |
ANO DE
CLASSIFICAÇÃO |
VALOR A DESCOBRIR |
A |
Jardim França Borges
(Principe Real) |
N 38º 42,970
W 9º 08,893 |
Cupressus lusitanica
Cipreste-do-buçaco |
130 |
1940 |
Data aos teus pés mais 4.
hint: "rager n erchoyvpn r n neiber" |
B |
Jardim Praça da Alegria |
N 38º 43,083
W 9º 08,730 |
Metrosideros excelsa
Metrosidero |
|
1047 |
Ano mais antigo na placa do jardim menos 4 |
C |
Jardim Roque Gameiro
(Cais do Sodre) |
N 38º 42,357
W 9º 08,619 |
Tipuana tipu
Tipuana |
70 |
2001 |
Número do poste de eletrico, usar só o número |
D |
Jardim 9 de Abril
(Janelas Verdes) |
N 38º 42,273
W 9º 09,758 |
Phoenix dactylifera
Tamareira |
|
2001 |
Número do candeeiro de iluminação.
hint: "b znvf cregb qn gnznerven" |
E |
Jardim da Parada
(Campo de Ourique) |
N 38º 43,087
W 9º 09,911 |
Sequoia sempervirens
Sequóia |
|
1947 |
Número de mesas verdes menos 1. |
F |
Jardim Constantino
(Estefânea) |
N 38º 43,845
W 9º 08,232 |
Melaleuca styphelioides
Melaleuca |
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1996 |
Número do candeeiro de iluminação |
G |
Jardim António Feijó
(Igreja dos Anjos) |
N 38º 43,474
W 9º 08,054 |
Phytolacca dioica
Bela-sombra |
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1947 |
Número do candeeiro de iluminação |
H |
Praça Paiva Couceiro |
N 38º 43,852
W 9º 07,646 |
Ginkgo biloba
Gincgo |
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1995 |
Número do candeeiro de iluminação |
I |
Largo do Limoeiro
(Portas do Sol) |
N 38º 42,656
W 9º 07,840 |
Phytolacca dioica
Bela-sombra |
100 |
2000 |
Número do poste de eletrico |
J |
Rua dos Jerónimos |
N 38º 41,893
W 9º 12,303 |
Chorisia crispiflora
Paineira-barriguda |
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2001 |
Sigla na tampa debaixo dos teus pés, transformar A=1; B=2; C=3, etc |
K |
Largo do Caramão da Ajuda |
N 38º 42,759
W 9º 12,471 |
Cupressus macrocarpa
Cipreste-da-califórnia |
70 |
2000 |
Número da porta |
L |
A ser definido |
N
W |
|
|
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L = 0 (zero)
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M |
Jardim da Luz
(Largo da Luz) |
N 38º 45,664
W 9º 11,014 |
Erythrina crista-galli
Eritrina |
75 |
1996 |
Número do candeeiro de iluminação |
N |
Jardim do Hospital Polido Valente
(Al. das Linhas de Torres) |
N 38º 45,922
W 9º 09,517 |
Platanus x acerifolia
Plátano-vulgar |
350 |
1945 |
Tamanho do tronco a 1,3m |
O |
Av. de Berlim
(e Av. Dr. Francisco L.Gomes) |
N 38º 46,147
W 9º 06,943 |
Celtis australis
Lodão-bastardo |
60 |
2001 |
Número do candeeiro de iluminação |
Transformem todos os números encontrados num só digito através do processo de "nove fora nada". Por exemplo, 159 reduz-se a 1+5+9 = 15, que se reduz a 1+5 = 6. Cada ponto terá um valor entre 0 e 8. A soma de todos os pontos é 57.
Para obter as coordenadas finais descarregem o ficheiro "https://sites.google.com/site/almeidara3/ABCDEFGHIJKLMNO.txt", substituindo as letras maiúsculas pelo valor numérico.
Se ajudar aqui fica o ficheiro de waypoints.