RIA DE
AVEIRO
A Ria de Aveiro estende-se, pelo interior, paralelamente ao mar,
numa distância de 47 km e com uma largura máxima de 11 km, no
sentido Este-Oeste, desde Ovar até Mira.
A Ria é o resultado do recuo do mar, com a formação de cordões
litorais que, a partir do séc. XVI, formaram uma laguna que
constitui um dos mais importantes e belos acidentes hidrográficos
da costa portuguesa.
Abarca 11 000 hectares, dos quais 6 000 estão permanentemente
alagados, desdobra-se em quatro importantes canais ramificados em
esteiros que circundam um sem número de ilhas e ilhotes.
Nela desaguam o Vouga, o Antuã e o Boco, tendo como única
comunicação com o mar um canal que corta o cordão litoral entre a
Barra e S. Jacinto, permitindo o acesso ao Porto de Aveiro, de
embarcações de grande calado.
Rica em peixes e aves aquáticas, possui grandes planos de água
locais de eleição para a prática de todos os desportos
náuticos.
Ainda que tenha vindo a perder, de ano para ano, a importância que
já teve na economia aveirense, a produção de sal, utilizando
técnicas milenares, é, ainda, uma das actividades tradicionais mais
características de Aveiro, havendo, actualmente, dezenas de salinas
em laboração.
Muito especialmente no Norte da Ria, particularmente na Murtosa, os
barcos moliceiros, embarcações únicas e de linhas perfeitas,
ostentando polícromos e ingénuos painéis decorativos continuam a
apanhar o moliço fertilizante de eleição, bem dentro dos mais
exigentes e actuais parâmetros ecológicos, que transformou solos
estéreis de areia em ubérrimos terrenos agrícolas.
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MURTOSA
O Concelho da Murtosa situa-se na faixa litoral de Portugal,
na região de Aveiro, possuindo uma área que, na totalidade das suas
quatro freguesias, ascende aos 7.365ha (Torreira 3.209ha, Bunheiro
2.460ha, Murtosa 1.456ha, Monte 240ha).
A população desta vila, de acordo com os resultados dos censos de
2001, é de 9.458 indivíduos (ver http://www.ine.pt).
Durante muitos anos a população Murtoseira emigrou. Deslocaram-se
sobretudo para os Estados Unidos da América do Norte, Brasil e
Venezuela.
Também se deslocaram dentro do nosso território, nomeadamente para
Cascais, Sesimbra, Setúbal, Alcácer do Sal e Olhão e, ainda, pelas
praias do Tejo, onde se ocupavam da apanha do Sável.
No comércio, a busca de melhores condições de trabalho levou a
população a fixar-se no Porto e em Lisboa, onde ainda hoje podemos
encontrar inúmeras famílias murtoseiras, como, por exemplo, em
Santos-o-Velho.
Este aspecto do êxodo populacional pode ser contemplado através da
arquitectura murtoseira. As casas que sucederam à tradicional "casa
alpendre", de fachada geralmente virada a sul, caiada, com horta,
jardim, poço, alpendre murado com duas colunas e telha mourisca,
mostram claramente a grande influência migratória, sobretudo para o
estrangeiro.
A população, apesar de ainda se considerar jovem devido à sua idade
activa (25 aos 64 anos), tem tendência para um
progressivo envelhecimento. As actividades económicas predominantes
são a agricultura e a pesca. A maioria da população sem
actividade
encontra-se reformada, havendo também um número elevado de
população doméstica e estudante.
A Murtosa possui a Escola Básica Integrada da Torreira, a EB
2/3 e Secundária Padre António Morais da Fonseca, seis escolas
básicas (uma na freguesia do Monte, três na Murtosa e duas no
Bunheiro), e sete jardins de infância (Monte, Pardelhas, Murtosa,
Centro Social e Paroquial de Santa Maria da Murtosa, Celeiro, S.
Silvestre e Santa Casa da Misericórdia da Murtosa).
Este Concelho evidencia-se pela sua forte componente turística. A
beleza natural e cultural do Concelho faz com
que inúmeras pessoas se desloquem para dela disfrutarem,
nomeadamente no Verão. O turismo tornou-se assim um factor
importante do ponto de vista económico.
in www.cm-murtosa.pt, Câmara Municipal
da Murtosa, 2007
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