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27 Fevereiro 1892 Traditional Geocache

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Bitaro: Esta geocache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada perante uma situação de falta de manutenção.
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Uma vez que se trata de um caso de falta de manutenção a sua geocache não poderá ser desarquivada. Caso submeta uma nova será tido em conta este arquivamento por falta de manutenção.

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Hidden : 11/20/2007
Difficulty:
3.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

PT:Esta cache procura recordar o trágico naufrágio de 105 pescadores na Póvoa.

EN:This cache looks for to remember the tragic shipwreck of 105 fishing in the Póvoa.

PT:
A grande tragédia de 27 de Fevereiro de 1892 foi o segundo maior da história marítima do litoral português. "Ao largo do Porto, entre a Póvoa e Caxinas (Vila do Conde), com a praia à vista, faleceram 105 tripulantes repartidos por sete lanchas desfeitas pelo temporal - 70 pescadores da Póvoa e 35 de Afurada.
A maior parte dos náufragos morreu junto à costa, debaixo de vento forte e vagas gigantes, sem meios que lhes pudessem valer. Quando o alferes António Pinto Cruz, delegado marítimo do porto da Póvoa, tocou a rebate para que saísse o salva-vidas "Cego do Maio", o mestre, banhado em lágrimas, limitou-se a responder "Só a Providência Divina os pode salvar; morre tudo quanto temos visto. Qualquer socorro tentado exprime a morte imediata de quem a ele se arrojar sem utilidade alguma!"
Das 31 lanchas poveiras desaparecidas (algumas com 20 a 25 homens a bordo), 11 apareceram em Vila Garcia, Espanha, sendo uma delas de Valbom, outras entraram em Leixões e outros portos do Norte. O povo da Galiza, que tinha já conhecimento da tragédia, recebeu os náufragos portugueses com grande carinho, oferendo-lhes agasalhos, alimentação e transporte." (1)

Este Naufrágio ditou que se deixasse de usar a camisola poveira como forma de luto pela memória dos seus colegas que morreram.
Não houve lar em que não entrasse o luto. As próprias embarcações foram pintadas de negro. Foi assim que a lancha Bom Jesus, que conseguira arribar a Vigo, dali veio rebocada, pintada de preto e trazendo à ré, a meia haste, uma bandeira negra. Os candeeiros públicos da povoação foram cobertos com crepes. Os ouros e arrecadas das mulheres da pescaria foram envolvidos em pano preto e a partir de então toda a classe, homens e mulheres, passou a usar roupas escuras que ainda hoje predominam principalmente entre as pessoas mais idosas.
Todo a País viveu, na época, esta tragédia e foram inúmeras, por toda a parte, as manifestações de pesar e iniciativas de angariação de meios de auxílio para as famílias que ficaram sem amparo." (2)

O Farol
“Na Igreja da Lapa, o topo voltado para o mar tem um torreão onde funcionava um farol de luz branca, ainda hoje é referido como o “Farol da Senhora”, que era activado quando o estado do mar tornava perigosa a entrada da barra.“ (3)
"Inactivo desde pelo menos os anos 60, este farol foi estabelecido na igreja de Nossa Senhora de Lapa em 1857. Embora a igreja tenha o que parece ser uma lanterna numa das extremidades, segundo as indicações de uma foto disponível, listas claras indicam que a luz esteve montada sobre uma torre armada em esqueleto ao lado da igreja, como visto numa opinião de um cartão afixado por Huelse. Em 1892 a luz transformou-se a luz dianteira entrada de Póvoa de Varzim. A luz foi desactivada, provavelmente, porque com os quebra-mares novos, a linha velha da escala ficou com a seu uso desapropriado." (4)
“O alerta funcionava por iniciativa de qualquer pescador que, em terra, verificasse que “o mar vinha de vinda” , isto é que estava a tornar-se perigoso. Assim avisados, os barcos evitavam forçar a entrada até que o tempo amainasse.” (3)
Junto ao farol que em tempos conduzia os barcos, surgiu um painel evocativo desta tragédia que lembra a todos os pescadores as dificuldades da faina e a entrada na barra da Póvoa em dias de temporal.


“Um medonho e terrível temporal se desencadeiou na nossa costa, apanhando toda a pescaria da POVOA DE VARZIM no meio do mar, e, accessando-a ceifou 105 pescadores que a dois passos da terra morreram no meio das vagas encapelladas e cyclopicas. Pede-se ás almas boas e generozas que, pelo eterno descanço DAS ALMAS D'ESSES POBRES MARTYRES do trabalho, rezem um PADRE NOSSO E AVE-MARIA para que ellas peça a Deus Nosso Senhor por todas aquellas caritativas pessoas que de tão boa vontade deram suas esmolas para suavizar os horrores da fome e da miséria, a viuvez e a orphandade desprotegida.”


Descrição Evocativa do naufrágio:
"Já no largo, porém, os sinais de mau tempo carregaram-se. Nuvens e ensombradas entravam a afrontar do Sul, onde se fixara o vento. A concha do céu a cobrir-se de ramagens , dava indícios de grossa tormenta em gestação. O tempo, como o outro que diz, estava a prantearse feio. O tio Olaia, que de tudo isto se apercebeu, porque era entendido nestes jeitos dos astros, não esteve com meias medidas: desandou lesto para terra, a mais a sua gente, antes que se fizesse tarde. Foi o primeiro a chegar à Ribeira, ainda os outros barcos não se enxergavam na volta. Não se via que viessem arribados. Ora, foi o fim do mundo! As mulheres da acompanha, todas num levante, injuriaram-nos à boca cheia, e, com punhados de areia contra a cara, gritavam-lhes que tornassem para trás, que tivessem vergonha, os medricas, e fossem buscar as redes, que se ficaram a melar na água. (…) Foi o mestre Zé Benta quem deu o alarme de perigo à vista. Livraram-se por um triz! Daí a instantes, desencadeava-se a tormenta com toda a fúria, não dando tempo aos barcos, que se encontravam ao longe, de se abrigarem nos portos mais próximos. Eram atirados para o Norte pela força do vento e a correnteza das águas, desarvorados. Iam por aí adiante, sem comando, de todo extraviados e atordoados. O leme não havia ter mão nele, ao querer rumar de través para lugar de salvamento. O mar, todo ele, parecia ferver em cachão. Onde menos se esperava, chocavam-se as ondas e os barcos afundavam-se amiúdo naquela marulha da. Para mais, uma serração forte não lhes deixava ver para onde iam. Passavam uns pelos outros como fantasmas fugidios, quando não se abalroavam e uns aos outros pediam socorro impossível, em altos gritos. Ao largo da Póvoa, o mestre Praga, que já vinha à ventura das alturas de Aveiro, ainda tentou aproveitando uma pequena estanha dela (mar liso) salvar os homens da lancha Senhora da Guia que encontrou a boiarem sobre as redes, agarrados à madeira; mas uma rajada impetuosa arrebatou-lhe o barco, de Alarcão, até dar com ele em Vila Agracia, na Galiza, depois de ter vencido muitas curvas da morte no caminho da sua atribulada peregrinação. Os da lancha sinistrada morreram afogados no mar; o mestre Praga morreu, daí a dias, em sua casa, afogado no desgosto de não lhes ter podido valer. De terra viam-se, às vezes, nos curtos parêntesis da borraceira que empoeirava o ar, esgueirar-se, aqui um barco, submergir-se outro, ali talvez o mesmo por entre os rodilhões das vagas, num repelão de ressaca. Desgrenhadas, em correrias desvairadas, gritando a sua dor, sem limites nem reservas, despedaçando-se contra o chão, até fazerem sangue nos seus corpos, viam-se as mulheres da pescaria por toda a praia, sofrendo a angústia dos seus parentes na própria alma crucificada. Quebravam os corações contra o Céu a implorar misericórdia:
- Chagas abertas do Senhor, valei-lhes ! Jesus, Maria, José vos acompanhem!
As vagas revoltas, avançavam para a capela de S.José de Ribamar - algumas às punhadas contra as paredes exteriores, para que ouvissem bem lá dentro, as chamadas de socorro e de joelhos, mãos erguidas, como de náufragos num oceano de agonia, suplicavam em altos brados:
- Ó S. José, ponde-vos ao leme!
Sem se saber como, jogado pelas ondas, por cima da penedia, deu à praia, com todos os tripulantes são e salvos, um barco de Matosinhos. A multidão acolheu-os e agasalhou-os. Dias depois, quando se andava a levantar os cadáveres que a língua da maré lançava à costa, eles foram vistos na sua terra (já as famílias não contavam com eles), levando aos ombros os restos da vela que escapara do naufrágio, a caminho da igreja do Senhor de Matosinhos, onde iam cumprir um voto que haviam feito no alto mar. Os poveiros também andaram muito tempo nessas piedosas romagens; e, a datar de então, deixaram de usar os tradicionais trajos garridos, domingueiros, singularmente característicos da sua grei: calça e vestia brancas, percinta da mesma cor, listrada de azul, e comprido catalão vermelho. Em seu lugar, passaram a usar fatos escuros, da cor do luto do '27 de Fevereiro' " (5)


EN:
The great tragedy of 27 of February of 1892 it was the biggest one of the maritime history of the Portuguese coast. "Between Póvoa and Caxinas (Vila do Conde), with at sight beach, 105 members of the crew distributed for seven motor boats died insults for the weather - 70 fishing of Póvoa and 35 of Afurada.

Most of the shipwrecks died next to the coast, underneath of strong wind and giant vacant, without ways that could be valid to them. When 2nd lieutenant António Pinto Cruz, delegated maritime of the port of the Póvoa, touched the striking again so that "left the life-guard; Cego do Maio", the master, bathed in tears, limited to answer it "Only Divine Providence can save them; everything dies how much we have seen. Any attemped aid states the immediate death of who try it without any utility!"
From the 31 motor boats missing (some with 20 the 25 men on board), 11 had appeared in Village Garcia, Spain, being one of them of Valbom, others had entered in Leixões and other ports of the North. The people of Galiza, that had already knowledge of the tragedy, received the Portuguese shipwrecks with great affection, give to them coats, feeding and transportation back." (1)
This Shipwreck dictated that if it left to use the poveira nightgown as form of I fight for the memory of its colleagues who had died.

THE LIGHT
“In the Church of Nossa Senhora da Lapa, the top directed toward the sea has a tower where a lighthouse of white light functioned, still today it is related as the “Senhora’s (Lady’s) Lighthouse.”, that he was activated when the sea disturbance became dangerous to the entrance in the bar.” (3)
“Inactive since, at least, the 1960s the light was established at the church of Nossa Senhora de Lapa in 1857. Although the church has what appears to be a lantern at one end, as shown in an available photo, light lists indicate the light was shown atop a skeletal tower next to the church, as seen in a postcard view posted by Huelse. In 1892 the light became the front light of the Póvoa de Varzim entrance range. The light was probably deactivated because new breakwaters made the old range line inappropriate.” (4)
“The alert functioned for initiative of any fisherman who, in land, verified that “the sea coming vine”, (that he was to become dangerous). Thus informed, the boats prevented to force entrance until the time lessened.” (3)
Next to the lighthouse that, in times, lead the boats, an evocative panel appeared of this tragedy that remembers to all the fishing the difficulties of the drudgery and the entrance in the bar of Póvoa in days of thunder weather.



PT: Procurem ser discretos e deixar a cache como a encontraram.
EN: Look for to be discrete and to leave the cache as you found it.


(1)
(2)
(3)
(4)
(5) Caetano Vasques Calafate


Additional Hints (Decrypt)

CG:Zrgr-zr n znb znf pbz frafvovyvqnqr r anb pbzb dhrz gven pnenathrvwbf qbf ebpurqbf RA:Svg lbhe unaq va jvgu frafvgvivgl

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)