![](https://imgproxy.geocaching.com/435e92abf47d3352188a4d841fe868ebb3ffea54?url=http%3A%2F%2Fimg517.imageshack.us%2Fimg517%2F7946%2Fbandeiraptjg6.gif)
Arco de Paradela
Este pequeno monumento, arco de granito de volta
inteira, que pousa numa base também pedra, de estilo
românico-gótico, datado, provavelmente, do século XII, é um arco
memorial, como muitos que a toponímia recorda no Norte do País e de
que restam poucos exemplares.
As opiniões sobre o Arco da
Paradela e a sua função, divergem de autor para autor. Para uns é
um marco monumental ou padrão que se ergueu para demarcar o limite
do couto do mosteiro de São João de
Tarouca. Outros dizem ser um monumento funerário
erguido para essa do túmulo de Diogo Anes, proprietário do terreno
em 1175, ou, ainda, um arco erigido em memória de D. Pedro, conde
de Barcelos, que falecido em Lalim, ali parou o seu funeral quando
ia a sepultar no Mosteiro de São João de Tarouca.
Segundo fonte
bibliográfica do mosteiro de S. João de Tarouca, existiam 3 arcos,
desaparecendo dois com o andar dos anos.
Dom Pedro Afonso, Conde de
Barcelos (1287 - Lalim, 1354) foi, segundo algumas fontes, o
primeiro filho natural de D. Dinis (6º Rei de Portugal) e de D.
Grácia Froes (de identificação insegura).
Poeta e trovador como seu pai, teve um papel de
relevo na vida política e sobretudo cultural do seu tempo, a ele se
ficando a dever uma boa parte dos mais importantes textos da
literatura medieval portuguesa.
O seu primeiro e breve
casamento com D. Branca Peres, herdeira de grande parte da fortuna
dos Sousa, tornou-o, à sua morte (1305), um dos homens mais ricos
do reino. Esse estatuto foi consolidado com o segundo casamento,
com a aragonesa D. Maria Ximenes, de quem no entanto se separaria a
curto prazo, por desentendimentos vários. Viveu o resto da sua vida
com D. Teresa Anes, sua concubina, não tendo tido descendência.
Exilado em Castela por
motivos relacionados com o conflito que opôs D. Dinis ao príncipe
herdeiro D. Afonso, tomou contacto com as actividades culturais da
corte castelhana, que prolongava o intenso labor do seu bisavô
Afonso X de Leão e Castela, o Sábio.
Regressado do exílio em 1322,
retomou a posse de todos os seus bens, que lhe tinham sido
confiscados. Pouco depois da morte de seu pai (1325), afastou-se
gradualmente da corte do meio-irmão, com quem entra em dissidência
(muito embora tenha participado a seu lado na Batalha do Salado em
1340). Refugiou-se nos seus paços de Lalim, que transformou num
centro cultural importante. É daí que está datado o seu testamento
(Março de 1350) e onde morreu, em 1354. Jaz sepultado no Mosteiro
de São João de Tarouca.
O legado cultural do Conde de
Barcelos é um dos mais importantes da Idade Média peninsular. D.
Pedro foi certamente o compilador (ou pelo menos o último
compilador) das cantigas dos trovadores galego-portugueses. No seu
testamento deixa um Livro de Cantigas ao seu sobrinho, Afonso XI de
Castela, que se pensa ser o arquétipo dos cancioneiros manuscritos
que chegaram até nós; esse cancioneiro, nunca chegou à posse de
Afonso XI e não se sabe do seu paradeiro.
De Lalim teriam ainda saído
duas outras obras fundamentais da história e cultura portuguesas, a
recompilação dos Livros de
Linhagens e a Crónica Geral de Espanha de 1344. Excelente
trovador, D. Pedro deixou quatro cantigas de amor e seis cantigas
de escárnio, onde o humor (com a malícia característica do género)
se alia a um notável sentido rímico e musical.
![](https://imgproxy.geocaching.com/e5e2d34ba0cd326bcd8189216cdca1cf290cb743?url=http%3A%2F%2Fimg408.imageshack.us%2Fimg408%2F5392%2Ftrovadorismoqy4.jpg)
Non quer'a Deus por mia
morte rogar por D. Pedro, Conde de Barcelos
(Cancioneiro da Biblioteca Nacional 609,
Cancioneiro da Vaticana 211)
Non
quer'a Deus por mia morte rogar,
nen por
mia vida, ca non mi ha mester;
e pois
aquel que o rogar quiser
por si o
rogu'e leix'a min passar
assí meu
tempo, ca, mentr'eu durar,
nunca me
pode ben nen mal fazer,
nen
ond'eu haja pesar nen prazer
. E ja
m'el tanto mal fez que non sei
ren u me
possa cobrar d'iss', e non
sei nen
sab'outren, nen sab'el razón
por que
me faça máis mal de quant'hei.
E, pois
eu ja per tod'esto passei,
nunca me
pode ben nen mal fazer
nen
ond'eu haja pesar nen prazer.
E ben nen
mal nunca m'el ja fará,
pois m'el
pesar con tan gran coita deu
que nunca
prazer no coraçón meu
me pode
dar, ca ja non poderá,
e, pois
por min tod'esto passou ja,
nunca me
pode ben nen mal fazer
nen
ond'eu haja pesar nen prazer.
Obtido "AQUI"
![](https://imgproxy.geocaching.com/ab3e64601b4f7f2911ec3182c9f708bff6649db1?url=http%3A%2F%2Fimg517.imageshack.us%2Fimg517%2F8424%2Fbandeiraengdu8.gif)
Arco de Paradela
This small monument,
entirelly a granitic arc on a granitic base, is romanic-gothic
style. Dated, probably, from century XII to XIV, is a memorial arc,
as many others that toponymy remembers in the North of the
Country.
The opinions on the Arc of
the Paradela and its function, are diferent from author to author.
Some thinks that it is a monumental landmark that was raised
to demarcate the S. João de Tarouca Monastery´s property limit.
Others say to be a funerary monument raised for the tomb of Diogo
Anes, owner of the land in 1175, or, still, an arc erected in
memory of D. Pedro, Count of Barcelos, that deceased in Lalim.Its
funeral stopped there when he went to bury in the Monastery of S.
João de Tarouca.![](https://imgproxy.geocaching.com/8872a9d57123b06ebec81b87f278accc25de4ae4?url=http%3A%2F%2Fimg408.imageshack.us%2Fimg408%2F3711%2Ftrovad05bt2.jpg)
Dom Pedro Afonso, Count
of Barcelos (1287 - Lalim, 1354) was, according to some sources,
the first natural son of D. Dinis (6º King of Portugal) and D.
Grácia Froes.
Poet and troubadour as its
father; played a great roll in the cultural life,writting great
part of the most important texts of Portuguese medieval
literature.
In the first and brief
marriage with D. Branca Peres, heiress of great part of the Sousa´s
richness , became , to its death (1305), one of the richest men of
the kingdom. This statute was consolidated with is second marriage,
with the Aragonese D. Maria Ximenes, of who however would be,
short-term,broken up, for several misunderstandings . The remaining
portion of its life was with D. Teresa Anes, is mistress.
Exiled in Castile (Spain) for
reasons related with the conflict that opposed D. Dinis to the
inheriting prince D. Afonso, makeed contact with the Castilian
cultural activities. Returned of the exile in 1322, retook the
ownership of all its goods, that had been confiscated.
Shortly afterwards the death
of its father (1325),takes refuge in its palace of Lalim, that he,
then, transformed into an important cultural center. It is from
there that is "last will" is dated (March of 1350) and where he
died, in 1354.
Lies buried in the Monastery
of S. João de Tarouca.
The cultural legacy of the
Count of Barcelos is one of most important of the Peninsula.
![](https://imgproxy.geocaching.com/1b5848725997f5b10917fcad53be3f8ccea9ae29?url=http%3A%2F%2Fimg112.imageshack.us%2Fimg112%2F4123%2Farcoki5.gif)
Não está no monumento. Por favor não
destrua!
It´s not in the monument.Please, don´t destroy!