Abrantes é uma cidade Portuguesa do distrito de Santarém, na região centro e subregião do Médio Tejo, pertencente à antiga província do Ribatejo. Tem cerca de 18600 habitantes. É sede de um município com 713,43 km² de área e 42 235 habitantes (dados de 2001), e está subdividido em 19 freguesias. A densidade demográfica é de 59,2h/ km². O município é delimitado a norte pelos municípios de Vila de Rei, Sardoal e Mação, a leste pelo Gavião, a sul pela Ponte de Sôr e a oeste pela Chamusca, Constância, Vila Nova da Barquinha e Tomar. O município inclui uma cidade, Abrantes, e uma vila, o Tramagal.
O concelho de Abrantes remonta aos primórdios da monarquia portuguesa. É uma cidade sobranceira ao Tejo que foi conquistada aos Mouros em 1148. Em 1173 Dom Afonso Henriques doa o Castelo de Abrantes e o seu termo à Ordem de Santiago da Espada, e recebe foral em 1179 confirmado em 1217 por D. Afonso II.
A situação geográfica de Abrantes contribuiu bastante para a sua colonização. Era uma zona de conflitos, aos quais a reconquista veio pôr um ponto final. O monte abrantino foi colonizado facilmente devido à sua localização a Norte do Tejo que lhe servia de fronteira natural protegendo-o de possíveis incursões almohadas. O Tejo era uma importante fonte de riqueza (água, pesca, ouro, navegação…). O monte era ainda uma zona de confluência e transição de regiões nos percursos entre o sul e o norte, a salvo de cheias e de nevoeiros. Tudo isto em conjunto eram motivos mais do que suficientes para ser atractivo aos colonos.
Alguns factos históricos a salientar:
Afonso II restaurou os meios de defesa de Abrantes e, segundo a tradição, mandou edificar a Igreja de Sta. Maria do Castelo. Em 1281 D. Dinis concedeu o senhorio de Abrantes à Rainha Isabel.
D. Afonso IV sujeitou todo o termo de Abrantes à Ordem de Malta e D. Fernando, em 1327, doou o senhorio de Abrantes a D. Leonor Teles. Partidários do Mestre de Avis, os Abrantinos foram os primeiros a secundar o movimento de Lisboa de 1383 destacando-se Fernando Álvares de Almeida, progenitor da Casa de Abrantes.
Em 1385 Abrantes serviu de ponto de encontro entre as tropas de Nuno Álvares Pereira e D. João I, antes de partirem para a batalha de Aljubarrota.
Em 1476 D. Lopo de Almeida é nomeado 1.º Conde de Abrantes.
D. Manuel permaneceu durante muito tempo em Abrantes e concedeu novo foral em 1518. Em Abrantes nasceram os Infantes D. Fernando e D. Luís, filhos de D. Manuel.
No séc. XVI, Abrantes e o seu termo era uma das maiores e mais populosas terras do reino. Tinha 3436 habitantes e dentro dos seus muros existiam 4 conventos de Ordens Religiosas e 13 Igrejas e Capelas.
Em 1640 foi uma das primeiras terras do reino a aclamar D. João IV. Dos séculos XVII e XVIII por diante assume papel de primordial importância do ponto de vista militar, sendo por duas vezes classificada Praça de Guerra de 1ª Ordem.
Em 1807 Abrantes foi ocupada temporariamente pelas tropas do General Junot, a quem Napoleão Bonaparte concedeu o título de Duque de Abrantes.
Durante o reinado de D. José foi criada em Abrantes uma indústria de fiação de sedas designada por Academia Tubuciana.
Em 1820 Abrantes apoiou a Revolução Liberal e festejou a Constituição de 1822.
Em 1862 foi inaugurado o troço ferroviário de Santarém a Abrantes e, em Março de 1868, foi adjudicada a construção da ponte ferroviária entre Abrantes e Rossio ao Sul do Tejo. Estes acontecimentos estiveram na base do progressivo desenvolvimento regional.
Abrantes era um activo centro republicano no início do século XX e foi local de reuniões preparatórias do 5 de Outubro de 1910, o que de alguma forma contribuiu para a sua elevação a cidade em 1916.
|

Abrantes is a Portuguese city, district of Santarém that belongs to the center region and Medium Tagus sub-region, old Ribatejo province. It has about 18600 inhabitants. It's head of a large municipality with 713,43 km² of area and 42 235 inhabitants (2001 data), and it's divided in 19 parishes.
Its demographic density is 59,2h/ km². The Municipality has its limits north with Vila de Rei, Sardoal and Mação, east with Gavião, south with Ponte de Sôr and west with Chamusca, Constância, Vila nova da Barquinha and Tomar. The Municipality include a city, Abrantes, and a village, Tramagal.
The county of Abrantes goes back to the begining of portuguese monarchy. It's a overlooking Tagus city that was conquered to the mourish in 1148. In 1173 Dom Afonso Henriques gave Abrantes Castle and its name to Santiago da Espada Order and receives 'foral' in 1179 confirmed in 1217 by D. Afonso II.
The geographic situation of Abrantes most contributed for its colonization. It was a conflict area, to which its conquer put an end. The Abrantes Hill was colonized easily due to its location north from Tagus river, a natural frontier which protected the people from possible almohadas threats.
Tagus river was an important fontain of wealth (water, fishing, gold, navigation...). The hill was also a crossroad of regions between north and south, safe from the floods and fog.
All this combined were suficient reasons to attract the settlers.
Some historical facts to Emphasise:
Afonso II reestructured the defense means of Abrantes and ordered the built of Castle Saint Mary's Church. In 1281 D. Dinis granted Abrantes lordship to Queen Isabel.
D. Afonso IV subjected all Abrantes to the order of Malta and in 1327 D. Fernando donated the lordship of Abrantes to D. Leonor Teles. Supporters of Mestre de Avis, people of Abrantes and D. Fernando Álvares de Almeida, House of Abrantes Master, were the first to support the 1383 movement.
In 1385 Abrantes was the gathering point for Nuno Álvares Pereira's troops and D. João I before the departure to Aljubarrota battle.
In 1476 D. Lopo de Almeida is made First Conde of Abrantes. D. Manuel remains in Abrantes for some time and granted a new 'foral' in 1518. His son Infante D. Fernando and D. Luís were born in Abrantes.
In the XVI century Abrantes was one of the biggest and most populated land of the kingdom. It had 3436 inhabitants and inside the walls there were 4 convents of religious orders and 13 churchs and chapels.
In 1640 Abrantes was one of the first lands of the kingdom to welcome D. João IV.
From XVII and XVIII centurys forward Abrantes had huge importance from the military point of view, so it was classified twice as First Order War Square.
In 1807 Abrantes was temporarly occupied by General Junot troops and himself. Napoleon Bonaparte has gave him the title Deuce of Abrantes.
While D. José ruled, an important silk industry was created in Abrantes called Academia Tubuciana.
In 1820 Abrantes supported the Liberal Revolution and celebrated the Constitution of 1822.
In 1862 the railroad between Santarém and Abrantes was inaugurated and in March 1868 the construction of the railroad bridge between Abrantes and Rossio ao Sul do Tejo initiated. This events were in the base of the progressive regional development.
Abrantes was an active republican center in the beginning of the XX century and the preparation meatings for the 5th October 1910 took place in Abrantes. This has contributed to its rise to City of Abrantes in 1916.
|