De Avô era natural Brás Garcia de Mascarenhas (1596 - 1656). Humanista, poeta, aventureiro, capitão de infantaria, célebre governador da Praça de Alfaiates na época da Restauração e autor do "Viriato Trágico" publicado postumamente em 1699 e considerado como o melhor poema épico de 2ª ordem de século XVII. Crê-se que os seus restos mortais repousam num túmulo no centro da Igreja Matriz. Em N 40º 17,617; W 007º 54,292, encontra-se um monumento edificado no III centenário da sua morte.
Pelos meados do século XVIII, Avô era uma terra importante na região. Na Informação Paroquial pedida pelo Marquês de Pombal após o terramoto de 1755 e redigida pelo Padre Caetano de Sonsa, consta o seguinte sobre Avô:
"Tem esta vila juiz ordinário, quatro vereadores, um procurador, dois escrivães do público, tudo posto pelo corregedor da Guarda, também tem juiz de órfãos posto por sua Majestade. Nela tem florescido varões ilustres em armas e letras, primeiro o ilustríssimo Dom Matias Jacome de Figueiredo, bispo que foi nas partes do Oriente, o Reverendíssimo Dom Frey Daniel da Fonseca, de militar Ordem de Cristo, grau de doutor da Universidade de Coimbra nas arnias teve por filho aquele famoso capitão de infantaria Brás Garcia de Mascarenhas memorável nas letras compondo várias obras de métricas cadências e entre todas tem o primeiro lugar o livro intitulado Viriato Trágico... Teve o desembargador Bernardo Duarte de Figueiredo que depois de ter servido vários lugares por ministro. Teve o Reverendo António Coelho Miranda, formado em Sagrados Cânones, varão sempre nomeado pela grande literatura".
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