Cestaria de Penalva de Alva Traditional Cache
Cestaria de Penalva de Alva
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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Cestaria de Penalva
de Alva
A cestaria de
verga de castanho, do tipo entrelaçada e género cruzado, é uma arte
tradicional no concelho de Oliveira do Hospital, nomeadamente na
freguesia de Penalva de Alva onde, nas décadas de cinquenta e
sessenta, muitos eram os artesãos que se dedicavam a esta
actividade.
A Estrada da
Beira (EN 17), ou Estrada Real como foi conhecia noutros tempos,
era a principal via de escoamento dos cestos para venda nos
mercados, feiras e romarias da região. O acesso a esta via era
feito a pé, pela madrugada, pelos artesãos que transportavam às
costas grandes atados de
cestos. |
Não se conhece a
sua origem mas deduz-se que esta possa ter seguido o processo de
evolução do homem através das suas artes, uma vez que a estrutura
se caracteriza pelo cruzamento dos seus elementos como se de uma
tecelagem se tratasse.
Há 500 anos atrás
já este tipo de cestaria figurava num dos quadros do pintor Grão
Vasco.
É a partir dos
paus dos rebentos dos castanheiros que se prepara o material
necessário à sua execução, através de um processo demorado e
trabalhoso.
Inicia-se na
floresta, geralmente nas encostas sombrias e húmidas, no período de
repouso das árvores entre os meses de Outubro e Fevereiro, com o
corte dos paus. |
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Seguidamente são
introduzidos em fornos, buracos escavados na terra, onde se lança o
fogo para crestar os paus para que se possa retirar com maior
facilidade a casca.
Na foto do lado
direito vê-se um desses fornos que ainda é utilizado nos nossos
dias.
Depois, os paus
são abertos ao meio, longitudinalmente, e é retirada a casca,
seguindo-se
um processo de
secagem ao sol. |
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Quando se
pretende trabalhar a madeira, esta é colocada em água, nas
nascentes ou nos ribeiros, durante 3 a 5 dias a fim de obter
determinadas características que possibilitem a sua transformação
com maior facilidade.
Já na oficina a
madeira é desfiada e lavrada no banco, começando pelo processo de
execução da encruzilhada da traçaria, elemento fundamental da
estrutura do cesto.
A fim de evitar
as folgas, por retracção do material depois de seco, procede-se à
cunhagem do fundo do cesto.
Passa-se depois
para a tecelagem do cesto, utilizando para isso as correias também
previamente desfiadas e
lavradas. |
O bordo é
constituído por duas partes, a interior e a exterior, executado a
partir de um pau de madeira crua, aberto ao meio, com um
comprimento de três vezes e meia a distância da diagonal do
cesto.
Quanto ao aro, é
executado a partir duma peça de madeira devidamente desfiada e
raspada, com um comprimento de duas distâncias e três quartos da
largura do cesto.
Com o
aparecimento dos produtos produzidos a partir do plástico, esta
actividade foi reduzindo drasticamente o número de pessoas a
exercer a profissão de cesteiro. Enquanto que uns, já avançados na
idade deixaram a profissão, outros foram obrigados a enveredar por
outras actividades, geralmente no sector do
comércio. |
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Actualmente a
profissão encontra-se quase extinta e os célebres cestos que
outrora eram usados na agricultura são praticamente apenas
utilizados na decoração.
Texto e imagens adaptados do
trabalho "A Cestaria", de António João
Figueiredo. |
A Cache:
Pretende-se dar a conhecer esta
vertente do artesanato do concelho de Oliveira do Hospital, neste
caso mais especificamente, da freguesia de Penalva de
Alva.
A cache encontra-se nas imediações de
um forno ainda hoje utilizado, de entre os vários ainda existentes
na freguesia de Penalva de Alva.
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Additional Hints
(Decrypt)
[PT] Qronvkb qnf crqenf
[EN] Haqre gur ebpxf