Pequena cache que visa dar a conhecer este surpreendente local em Mondim de Basto.
Identificado no âmbito da elaboração da Carta Arqueológica do concelho, o Crastoeiro foi alvo de escavações entre 1985-1987 (1ª fase) e 1997-1999 (2ª fase). Os trabalhos revelaram diversas estruturas. por vezes sobrepostas, distribuídas por quatro sectores distintos que totalizam a área de 400 m quadrados.
A ocupação mais antiga situa-se na Idade do Ferro inicial, apontando-se os meados do século IV ac como data provável. Nesta altura, os habitantes do Crastoeiro construíram cabanas, com materiais perecíveis, de planta circular, e cavaram fossas no saibro para conservarem as bolotas recolectadas e os cereais que cultivavam nos socalcos voltados à ribeira de Campos. A produção cerâmica, exclusivamente manual e de uma forma geral lisa, inclui potes e púcaros ou potinhos.
O registo arqueológico mostra que durante este período foram desenvolvidas práticas da metalurgia do ferro, actividade que terá contribuído para o acelerado processo de deflorestação do habitat.
A descoberta de gravuras rupestres no Crastoeiro mostra que o sítio terá assumido o papel de santuário desenvolvendo-se aí actividades de foro ritual e simbólico.
Por volta do século II ac, o povoado transforma-se com a construção de uma imponente muralha, em pedra, demonstrativa de um incremento económico e capacidade organizativa. Embora persista a construção de cabanas, agora revestidas com argamassa de terra e acabamento pintado, começam-se a edificar casas em pedra, de planta circular ou rectangular com os cantos arredondados, por vezes com vestíbulos, conservando-se, porém, os pavimentos de argila e as coberturas em materiais vegetais

Mantendo-se a actividade recolectora e as práticas agrícolas, destaca-se também a pastorícia, talvez de gado lanígero, tal como é indicado pelo espólio relacionado com a fiação. A cerâmica conhece inovações técnicas, pela utilização da roda, e aumenta o número de formas e a percentagem de recipientes decorados. Continua-se a documentar a produção metalúrgica do ferro e talvez se tenha trabalhado o bronze, fazendo-se uso dos recursos minerais locais.
O abandono do Crastoeiro terá ocorrido nos finais do século I, quando se processava a romanização do território. Nesta altura, as habitações, em pedra, evoluem para plantas tendencialmente rectangulares mas, mantém o conservadorismo das suas coberturas. O espaço envolvente revela a floresta mais rarefeita devido ao desenvolvimento das actividades recolectoras e produtivas. Como nota mais importante salienta-se a maior integração do Crastoeiro na esfera de intercâmbios supra-regionais tal como é sugerido pelo aparecimento de cerâmicas, moedas e contas de vidro de filiação romana.

DESCRIÇÃO DA CACHE:
Um tuperware regular sem saco.
P.F. RECOLOQUEM A CACHE NO MESMO LOCAL E DA MESMA FORMA COMO A ENCONTRARAM.
Façam o C.I.T.O enquanto se dirigem para o local, se possível.
Tirem fotos do percurso e da envolvente até à cache.
Obrigado pela vossa visita. Divirtam-se e apreciem mais este bocado de história...