Citânia da Raposeira [Mangualde]
 
(Antigamente e agora)
Estalagem Romana da Raposeira (Séc. I a IV)
A Nordeste da Cidade de Mangualde encontra-se a mais importante estação arqueológica romana do Concelho. Trata-se de um povoado a que se deu o nome de Citânia da Raposeira. Ao que parece pode ocupar toda a base Oeste e Sul do monte de Nossa Senhora do Castelo, ocupando as "Quintas da Raposeira", "Fonte do Púcaro", e "Campas".
Foi em 1889 que se levaram a cabo as primeiras escavações. Na época foram dirigidas pelo Dr. Alberto Osório de Castro e tiveram o apoio da Sociedade "Martins Sarmento", de Guimarães. A descoberto ficou todo um conjunto variado de estruturas de habitação. O espólio móvel então trazido de novo à luz do dia era variado, destacando-se um conjunto de moedas da dinastia dos Antoninos.
Mais tarde, em 1985 os trabalhos arqueológicos foram reactivados sob a direcção da Dr.ª Clara Portas Matias, com o apoio do IPPC (Instituto Português do Património Cultural), da CMM (Câmara Municipal de Mangualde) e da ACAB (Associação Cultural Azurara da Beira). Na campanha de 1986 foram postas a descoberto as estruturas dos banhos privados.
 
(Antigamente e agora)
Toda a área escavada apresenta, ao que se presume, um núcleo agrário, com os seus banhos privados e áreas cobertas que se destinavam às múltiplas funções domésticas e agrícolas. Este núcleo será parte integrante da urbe da já citada Citânia. É de arquitectura civil residencial, romana, de características rurais - agrícolas, com alguns vestígios de arquitectura toscana (blocos de entablamento).
Trata-se de uma casa essencialmente agrícola, que não possui a riqueza das vilas romanas já que não há vestígios de mosaicos e outros elementos decorativos. Os pavimentos de tijoleira e pedra revelam menos meios económicos. O hipocausto está assente em pilares monolíticos de granito, o que constitui uma originalidade.
Segundo Clara P. Matias a Citânia da Raposeira está cronologicamente balizada, em termos de ocupação romana, entre o último decénio do séc. I a.C. e o séc. IV d.C.
Os materiais das campanhas arqueológicas recentes (85/86) encontram-se sob a guarda da ACAB e destacam-se as cerâmicas finas de ir à mesa (terra sigillata), as cerâmicas comuns, as cerâmicas de ir ao lume, fragmentos de lucernas, pesos de tear em cerâmica, e peças em metal: pregos, fivela, alicate, etc.
Textos adaptados do site da CMM e do blog NEOARQUEO
Nota: Fruto da recente intervenção para requalificação e preservação do sitio, foram feitas novas descobertas que permitiram uma nova visão e interpretação deste local. Julga-se agora que aqui terá existido uma estalagem romana entre o séc. I e IV. Em breve será possível a visita interpretativa do espaço, assim que as obras estejam definitivamente acabadas.

(O estudo do sitio permitiu elaborar uma imagem do que poderia ser o aspeto da estalagem)
A Cache: Levar os geocachers a conhecer este vestígio arqueológico, esquecido por muitos, desconhecido por outros, mas de uma importância vital para a compreensão do passado de forma a proporcionar um melhor futuro às gerações vindouras, é o seu objectivo. A cache propriamente dita NÃO SE ENCONTRA NO INTERIOR DO ESPAÇO ARQUEOLÓGICO, para que não se provoquem danos nas estruturas, NÃO SE ENCONTRA NOS MUROS para que não os destrua e NÃO SE ENCONTRA NA VEDAÇÃO (NÃO TENTEM RETIRAR OS TOPOS, NÃO ESTÁ LÁ). A cache está bem à vista de todos, sem que no entanto a vejam. Por favor seja discreto deixando a cache da mesma maneira como a encontrou.

Venha até cá, e ... divirta-se!
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