
O ano era 1807. A 27 de Outubro Napoleão assinava o Tratado de Fontainebleau com a Espanha, no qual dividia o território português em em três províncias controladas pela Espanha e pela França. Dando seguimento a este tratado, o Imperador francês, que já reunia à meses tropas em Baiona na fronteira com Espanha, ordena a invasão de Portugal. Inicia-se assim a Guerra Peninsular, que iria durar sete anos. Sete anos que iriam mudar Portugal e o mundo.
As invasões
Pouco tempo depois, a 20 de Novembro, Junot à frente de um exercito de 30mil homens atravessa a fronteira e, dez dias depois a 30 do
mesmo mês, entra em Lisboa sem encontrar qualquer resistência militar. Apenas um dia antes a família real zarpou para o Brasil, conseguindo assim contrariar as intenções de Napoleão de retirar a casa de Bragança do trono português. O rei Português será o primeiro monarca Europeu a pisar solo no Novo Mundo.
Esta primeira invasão termina com a expulsão do exercito, já bastante desgastado por revoltas e deserções, pelo exercito de 20mill homens (14mil dos quais britânicos e 6mil portugueses) que entretanto tinha desembarcado perto da Figueira a 1 de Agosto.
No ano seguinte o exercito francês, sob comando de Soult invade passa a fronteira em Chaves e toma a cidade do Porto. Dois meses depois, a 29 de Maio, as tropas britânicas reconquistam a cidade obrigando os franceses a retirar para a Galiza.
A terceira invasão dá-se a Agosto de 1810 com a tomada de Almeida por Masséna. O seu exercito será derrotado na batalha do Buçaco, mas consegue recuperar para retomar a marcha sobre Lisboa. São as linhas de torres que acabam por defender a capital. As linhas de torres, conjunto de fortificações reforçadas por escarpas, trincheiras, fossos e diques, são os maiores e mais baratos feitos de engenharia militar. O seu efeito dissuasor foi tanto que conta-se que Masséna, após as ter observado pessoalmente, desistiu da invasão e retirou da península Ibérica.
O final da guerra peninsular dá-se com a contra-ofensiva do exercito português, britânico e espanhol, terminando com a vitoria em Toulouse (10 Abril 1814), já em território Francês.
A cache
A cache encontra-se no único forte da quarta linha que se encontra visível. A quarta linha encontrava-se a sul do Tejo e proporcionava a defesa da barra deste rio e, simultaneamente, de uma eventual invasão por sul. Muito perto podem procurar outra cache num forte mais moderno, o que mostra que esta zona foi, até à muito pouco tempo, um importante ponto estratégico.

fosso data da uma recuperação falhada

parte de uma parede do fosso