CARVALHAL
O parque natural do Sudoeste
Alentejano e Costa Vicentina abrange uma extensa área costeira com
praias, falésias, ilhotas e rochedos isolados; destaque para matos,
charneca, culturas de regadio/sequeiro e matas de produção ao longo
da zona terrestre; numerosos endemismos botânicos; zona de passagem
para a avifauna; cegonhas a nidificar em rochedos marinhos;
interessante população de lontra com hábitos marinhos; grande
riqueza ictiológica.
O planalto litoral entre Sines e Vila do Bispo, constitui uma
antiga plataforma de abrasão, aplanada pela acção erosiva do
mar, quando, há cerca de dois milhões de anos, a linha da costa se
encontrava mais para o interior.
A linha de costa rochosa, entre Sines e a Ponta do Telheiro (Vila
do Bispo), corresponde a afloramentos de xistos e grauvaques. Estas
arribas marítimas encontram-se cobertas por uma fina capa de
areias argilosas, ou então por campos dunares que geralmente
fossilizaam antigas dunas consolidadas.
A vegetação nestes complexos dunares diversifica-se de acordo com
o pH do solo, que é mais alcalino em dunas com afloramentos
de arenitos (dunas fósseis) ricos em carbonato de cálcio, ou mais
ácido se ocorreu descalcificação do campo dunar.
Vegetação das Arribas
Nas áreas mais expostas da encosta sul da Praia da Zambujeira
(Carvalhal) o rebordo das
arribas é colonizado por espécies dos géneros
Limonium
e
Armeria,
muitas delas endémicas do sudoeste. Outras espécies aerohalinas
(adaptadas à salsugem) como o funcho marítimo
(Crithmum
maritimum) e a barrilha
(Salsola
brevifolia), também podem ser observadas. Devido ao pisoteio
e construção de caminhos, os quais provocam a erosão da fina camada
de areias argilosas que cobre o substracto rochoso da arriba,
espécies endémicas e raras como o
Plantago
almograviensis tem vindo a ser extinto de locais como a
Zambujeira. Esta é uma espécie protegida ao abrigo da Directiva
Habitats, da Comunidade Europeia.
Esta cache tem como objectivo dar-lhe a conhecer o Parque Natural
do SW Alentejano e Costa
Vicentina.