A Casa dos Ingleses
Situada na freguesia de Loriga, num local também conhecido por
"Penedo de Alvoco", da "Casa dos Ingleses" restam hoje apenas
ruínas.
Ficou assim conhecida, não por ter sido construída por ingleses,
mas por ter sido utilizada por uma comunidade inglesa que, nas
primeiras década do século passado, se dedicava à exploração do
volfrâmio, cobre, estanho e, eventualmente, outros metais, nas
minas do Sorgaçal e Cabrum.
Esta casa foi mandada construir numa das última décadas do
século XIX, por uma senhora loriguense, (Josefa Cândida de Pina
nascida em 5.11.1825 e falecida em 5.5.1900) nos terrenos de que
era proprietária, com o intuito de naquele lugar, de bons ares e
boas águas, minorar a doença pulmonar do marido.
A casa mandada edificar naquele sítio distante da vila,
construída em granito bem aparelhado e, também pelos sinais
tumulares que não eram vulgares na época, deduz-se que o casal
dispunha de meios de fortuna. Mais tarde alugou-a aos ingleses que
a usavam como escritório e até como habitação passando, assim, a
ser conhecida pelo povo como a "Casa dos Ingleses".
Estes ingleses chegaram a Loriga acompanhados das famílias e de
um intérprete este, natural da Madeira, que veio a casar com uma
loriguense chamada Glória. A vinda destas pessoas constituiu uma
mais valia, muito além do que se pode imaginar, contribuindo, em
muito, para uma acentuada melhoria da economia local.
Um destes ingleses, chamado "James", veio a morrer em Loriga em
9 de Novembro de 1911, tendo ficado sepultado no cemitério local.
Ainda há poucos anos se podia ver a sua campa com uma pedra que
tapava o túmulo, cercado por uma grade de ferro e situado no lado
esquerdo do cemitério. Quando ali foram sepultados os aviadores
ingleses vítimas do acidente de aviação em 1944, já portanto, ali
se encontrava sepultado este cidadão inglês.
Quando, em 1952, o Primeiro Ministro do então Império Britânico,
Anthony Eden, visitou Loriga e no cemitério local homenageou os
seis malogrados aviadores que, em 1944, encontraram a morte ao
embater o avião que pilotavam na Penha do Gato, surpreendeu-se ao
ver, no mesmo cemitério, a sepultura de outro compatriota seu. Há
poucos anos, retiraram a pedra daquela sepultura, para ali
enterrarem outra pessoa, sendo a mesma encostada ao muro do
cemitério, lado direito, onde ainda se encontrava em Agosto 2005.
Durante algumas décadas, a "Casa dos Ingleses" podia ser visível de
qualquer local de Loriga, o que não acontece hoje em dia, porque
dela apenas restam ruínas. No entanto, aquele local continua ainda
ser assim conhecido pela "Casa do Ingleses".
Há cerca de vinte anos, as minas existentes naquele lugar do
Sorgaçal e Cabrum, foram tema da ideia, a nível particular, com o
propósito de renovar a exploração das minas e assim proporcionar
uma mais valia para Loriga. Mediante alguma observação
experimental, finalmente, foi sentenciado:- Os metais existiam, mas
a sua potencial exploração não seria rentável.
Nota: Texto retirado do site
www.loriga.de.
O acesso à cache faz-se através de uma estrada que se inicia
junto ao ponto indicado para estacionamento (casa do guarda
florestal). O percurso até à cache tem uma duração de mais ou menos
30 minutos, com um declive de 200 metros.
Altitute:
Parqueamento: 935 metros
Cache: 1140 metros