CESÁRIO VERDE - UMA QUINTA EM LINDA-A-PASTORA
José Joaquim Cesário Verde nasceu no dia 25 de Fevereiro de 1855 em Lisboa, na Rua da Padaria, freguesia da Madalena, e foi baptizado na Sé, ali mesmo ao lado, no dia 2 de Junho do mesmo ano. O pai, José Anastácio Verde, era comerciante e lavrador: além de se ocupar da sua loja de ferragens, na Rua dos Fanqueiros, dedicava-se também à lavoura numa quinta em Linda-a-Pastora, a cerca de dois quilómetros da capital, propriedade da família Verde desde 1797.
![](http://img.geocaching.com/cache/8e1379b8-7a13-4271-865b-f42cf9a8f902.jpg)
Foi na quinta da família que Cesário passou grande parte da sua infância, juntamente com os seus três irmãos, Júlia, Joaquim e Jorge, e na quinta se refugiara por diversas vezes ao longo da sua vida. Foi, portanto, entre esta quinta em Linda-a-Pastora e as várias residências que a família Verde tinha na capital - na Rua dos Fanqueiros, Rua do Salitre, Rua das Trinas, Rua Nova da Palma - que Cesário passou a sua breve vida.
Tinha dezassete anos quando, em 1872, começou oficialmente a trabalhar na loja do pai, como correspondente comercial. Com apenas vinte e quatro anos, substitui o pai na direcção da firma, alargando os negócios. Em 1883, empreende uma viagem a Paris, para tentar assinar um contrato de exportação de vinho português. Apesar de poeta, desde a década de 70 que Cesário não mais deixara de estar envolvido no universo dos negócios, sobretudo na exportação de legumes e fruta para Inglaterra, França, Alemanha, América do Norte e Brasil. Em Outubro de 1873, Cesário Verde matriculou-se no Curso Superior de Letras, mas não se apresentou aos exames finais nem voltou a inscrever-se.
No mesmo ano, começa a publicar os primeiros poemas no "Diário de Notícias", onde é apresentado como um moço quase imberbe, ingénuo, rosto e alma serena, fronte espaçosa, olhar prescrutador, cheio de aspirações elevadas. A recepção aos poemas publicados foi péssima. Os leitores, habituados ao sentimentalismo romântico, detestaram aqueles versos sobre a realidade quotidiana da cidade e do campo; mesmo os escritores da geração realista (Ramallho Ortigão, Teófilo Braga e Fialho de Almeida, que acabariam por admirar a obra de Cesário), começaram por lhe fazer críticas demolidoras. O poeta, incomodado com esta incompreensão, escreve no poema "Contrariedades", datado de 1876.
Cesário lutava contra a falta de saúde mas, a partir de 1884, a tuberculose progrediu e o poeta viu-se obrigado a procurar os ares do campo, refugiando-se na sua quinta em Linda-a-Pastora, depois em Caneças e, por fim, no Lumiar. É aí que, a 19 de Julho de 1886, pelas cinco horas da manhã, após proferir "Não quero nada, deixe-me dormir", morre. Tinha trinta e um anos.
A cache:
Esta multicache é composta por três locais que deves visitar onde, as coordenadas dadas são dos sítios onde podes estacionar o carro. Depois é só procurar ali perto o que é necessário.
No 1º local:
N 38º 43.017 W 009º 15.248
Procura uma placa de homenagem ao poeta Cesário Verde, onde terás que tirar alguns dados:
![](http://img.geocaching.com/cache/52a2151c-f39b-4d03-af62-d6d63a2ca4c2.jpg)
F = dia da homenagem
C = algarismo das unidades do ano da homenagem
No 2º e 3º local:
N 38º 42.857 W 009º 15.427
Procura uma fonte com um painel de azulejos, onde terás que tirar alguns dados:
![](http://img.geocaching.com/cache/1949e990-84d2-43ed-8bf3-6e73bafa5158.jpg)
A = número de bicas de água
B = número de moinhos
Procura uma igreja, e de frente para ela, terás que tirar alguns dados:
![](http://img.geocaching.com/cache/fb8d024e-8322-4441-99d0-16108c476276.jpg)
D = número de janelas
E = número de portas (só da fachada)
Cache Final:
Para encontrares as coordenadas finais terás que substituir os valores das respectivas letras em:
N 38º 43. (A+1) (B+2) (C+2)
W 009º 15. D (E + 2) (F - 3)
A cache pode ser feita em família, a qualquer hora do dia.
NÃO PUBLIQUEM FOTOS DA LOCALIZAÇÃO E DA CACHE FINAL
Para veres se estás no local certo vai aqui:Geochecker.com.