Skip to content

Mosteiro de Fiães [Melgaço] Traditional Cache

Hidden : 9/15/2008
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


A igreja românica de Fiães tem sido uma das mais debatidas, na questão da organização espacial e estrutural entre cluniacenses e cistercienses. A maioria dos autores tem considerado o templo como uma obra unicamente cisterciense, mas indícios há que apontam para que, pelo menos, parte do monumento que chegou até nós seja anterior, da época em que o cenóbio era regido por monges beneditinos.

Sabemos que estes detinham a propriedade nos meados do século XII, altura em que D. Afonso Henriques coutou o mosteiro (ALVES, 1982, p.112). Na segunda metade da centúria, passou para a posse da Ordem de Cister, em data ainda desconhecida, mas que se deverá situar entre 1173 e 1194, filiando-se, então, em São João de Tarouca (PINTO, 1997, p.10). Esta radical mudança - que implica assinaláveis diferenças ao nível dos modelos arquitectónicos e artísticos empregues pelas duas Ordens -, não encontra testemunhos inequívocos na igreja, debatendo-se, ainda, o que corresponderá a cada momento.

O plano do corpo, organizado em três naves de quatro tramos, separadas por arcarias longitudinais de arcos de volta perfeita, denuncia um modelo planimétrico estritamente beneditino e aplicado ao longo de todo o século XII nos maiores mosteiros da Ordem de Cluny em Portugal (REAL, 1982, p.120). Posteriormente a esta referência, Luís de Magalhães Pinto tentou alargar as evidências beneditinas a outras partes da igreja, como à cabeceira e ao arco triunfal (PINTO, 1997, pp.12-13 e 19-22), sugestão amplamente discutível e baseada em argumentos que não se podem equiparar aos invocados para o corpo do templo.

Mais pacíficas parecem ser as obras patrocinadas pelos cistercienses, a partir do 3º quartel do século XII. A cabeceira tripartida e escalonada, com planta quadrangular, é um dos aspectos mais característicos desta renovação, por oposição à preferência beneditina por modelos de capela-mor e absidíolos de planta circular. A ábside, de dois tramos e abóbada de berço quebrado, é iluminada por duas frestas, e toda esta parte tem vindo a ser considerada como "uma realização programada segundo o melhor espírito cisterciense" (ALMEIDA, 2001, pp.136-137).

A semelhante conclusão chegamos ao analisar outras partes do conjunto. Uma delas é a sua decoração, caracterizada por uma quase total ausência de motivos ornamentais, opção que se adapta, na perfeição, aos principais valores da Ordem: "simplicidade, austeridade e pragmatismo" (ROSAS, 1987, vol.1, p.69). Se, menos de meio século antes, a exuberância decorativa de influência galega havia invadido as igrejas do Alto Minho, criando o mais densamente decorado foco de templos românicos portugueses, o projecto cisterciense de Fiães inaugurava um novo caminho, depurado e sóbrio, que teve eco regional na arquitectura do século XIII.
O portal principal, entre dois contrafortes poderosos e limitado, superiormente, por uma cornija, segue a mesma tendência anti-decorativista. De perfil apontado e com quatro arquivoltas, não possui capitéis ou bases, sendo apenas interrompido horizontalmente por uma imposta contínua.

Nos séculos seguintes, o Mosteiro foi alvo de grandes modificações. As partes altas da fachada principal foram refeitas no século XVII, reforma de que datam os janelões e os nichos com as imagens de Nossa Senhora, São Bento e São Bernardo. As dependências conventuais foram também bastante adulteradas e grande parte delas não chegou, sequer, aos nossos dias. Do claustro, promovido pelos cistercienses no século XIII, e que já se achava em ruínas em 1533, apenas subsiste um fragmento de capitel duplo, de decoração vegetalista com crochet (PINTO, 1997, p.24).
Extinto em 1834, o mosteiro passou para a posse de privados pouco depois, procedendo-se, a partir de então, à destruição das alas monacais. As campanhas de restauro, efectuadas nas décadas de 50 e de 60 do século XX, por seu turno, não alteraram significativamente a estrutura, que manteve, à vista, a maioria dos seus elementos medievais.

Fonte: IPPAR.pt

Additional Hints (Decrypt)

Fcbvyre Cubgb Zheb qb ynqb qn áeiber nb aíiry qbf céf. Jnyy fvqr bs gur gerr, ol gur srrg.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)