Cache dos
Mineiros
Aqui fica um pouco de informação sobre
S.Pedro da Cova:
S. Pedro da Cova é uma das mais populosas freguesias do concelho
de Gondomar e uma daquelas que mais se tem desenvolvido nos últimos
anos. No entanto, há uma série de características do passado que
permanecem e que a mantêm como uma freguesia singular: os seus
campos, montes e rio, onde ainda se conservam as aldeias de
agricultores, as quais estiveram na origem da sua fundação; os
moinhos; e os vestígios de mais de cento e setenta anos de
exploração mineira.
Uma das primeiras referências históricas a S. Pedro da Cova data
de 1138. Num documento desse ano, o Couto de S. Pedro da Cova foi
doado por D. Afonso Henriques a D. Pedro Rebaldis, sucessor de D.
Hugo, Bispo do Porto. Em 1279, D. Afonso III viria a confirmar esta
doação. Os privilégios administrativos da actual freguesia viriam a
manter-se até ao século XIX.
O fim do Liberalismo, em 1820, ditou o fim dos coutos. S. Pedro
da Cova passou então a ser concelho independente, mas esta situação
foi efémera. Em 1836, com a reorganização administrativa do país, o
município foi extinto e a freguesia foi integrada no concelho de
Gondomar.
Nos inícios do século XIX, a descoberta de minas de carvão na
parte mais baixa da freguesia, alterou por completo a fisionomia da
povoação, que até aí fora exclusivamente rural. Até à sua
desactivação, a Companhia das Minas de S. Pedro da Cova foi a
grande empregadora da freguesia. A construção do chamado «Bairro
Mineiro», em finais do século XX, substituiu o conjunto das velhas
casas dos operários que até então se aglomeravam junto da antiga
mina.
Nos últimos anos, o desenvolvimento cultural, de
infra-estruturas e de equipamentos de S. Pedro da Cova foi uma
realidade, realidade essa que resultou da exigência da população,
que sempre pugnou por padrões de qualidade de vida dignos.
No que diz respeito ao património edificado, O Cavalete de S.
Vicente das Minas de S. Pedro da Cova merece destaque. Trata-se de
uma estrutura vertical que se destaca pela altitude e que servia de
apoio à actividade mineira. Com treze pisos, a sua função era
apoiar na parte superior grandes roldanas, as «andorinhas», nas
quais deslizavam cabos de aço, que depois desciam até ao poços. É
um elemento pertencente à arqueologia industrial de S. Pedro da
Cova, totalmente construído em betão e tornando-se, pela forma
esmagadora como domina a paisagem, um símbolo da actividade
mineira.
A actual Igreja Matriz, inaugurada em 1963, é um monumento com
linhas arquitectónicas contemporâneas. Um templo que se deveu ao
dinamismo do padre António Joaquim Alves das Neves e da
generalidade dos paroquianos de S. Pedro da Cova.
Em termos de potencialidades turísticas, há uma série de
elementos paisagísticos e patrimoniais que podem ser desenvolvidos:
as margens do Rio Ferreira, a prática do montanhismo e campismo, as
praias fluviais, pista todo terreno, o Museu Mineiro, a serra da
Pia e o Castiçal.
MINAS DE CARVÃO:
A existência ancestral, nesta freguesia, das conhecidas minas de
carvão, com um cotejo impressionante de vivências sócias,
tornaram-na famosa em todo o país e também nalgumas regiões do
estrangeiro.
Durante muitas gerações, foram as Minas de São Pedro Da Cova um
dos grandes alicerces da economia do país e da Região Norte. A sua
dinâmica tornava-se visível a quem percorresse a região do Grande
Porto, confrontando-se com o vaivém incessante de cestas metálicas,
movimentando-se ao ritmo febril da actividade do complexo mineiro,
percorrendo cabos paralelos que se sobrepunham aos povoados, vias
de locomoção e a todo o género de acidentes orográficos do
concelho. Nos anos 30, a exploração mineira intensificou-se de tal
forma que São Pedro da Cova se transformou num importante pólo de
migração. A freguesia ganhou assim o nome de “Terra Mineira”.
Contudo, com o decorrer do tempo, as transformações tecnológicas
determinaram a descoberta de novas situações energéticas e a
produtividade do complexo mineiro de São Pedro da Cova veio a
ressentir-se da implementação das novas opções. De tal forma que
esta localidade aparece, nos dias de hoje, como um gigantesco e
soberbo espaço museológico, onde é ainda fácil reconstituir os
tempos dessa incidência laboral através de testemunhos
arqueológicos e antropológicos de grande envergadura.
A história de São Pedro da Cova passa pelo insano trabalho nas
galerias, difícil e dramático. Muitos quilómetros disputados á
Terra, numa mistura de arfejos, sacrifícios, valentias e
perseveranças. O Homem Sampadroense foi sempre corajoso. Se assim
não fosse, a terra de São Pedro da Cova não teria tido o impulso
que teve.
Entre 1834 e 1836, após o triunfo dos liberais nas encamiçadas
pelajas ao longo da estrada de D.Miguel, foi sede Concelho, numa
altura em que as minas desempenhavam já, no seu seio, uma
indesmentível importância. Descoberta, um pouco ao acaso (dizem que
o fez ao acender uma pequena fogueira entre um montão de pedras
que, para sua surpresa, se incendiram também) por Manuel Alves
Brito, em Ervedosa, no ano de 1802, ai foi aberta a primeira mina
que, em 1825, estava na posse, com outras entretanto dinamizadas,
que uma companhia organizada. O Conde de Farrabo tornou conta do
complexo em 1849, sendo explorado até 1900 por Bento Oliveira.
Sucessivas transferências de propriedade conduziram-na á Companhia
da Minas de Carvão, que delas se ocuparam até ao seu
encerramento.
Uma horda crescente de operários originou o aparecimento do
Bairro Mineiro (ainda hoje implantado na periferia da Torre do poço
de S. Vicente, exemplar único e impressionante da arqueologia
industrial do principio do século) e dos aglomerados do Passal e de
Tardariz, de iguais carecteristicas.
As características climáticas e geográficas desta área estão um
pouco destruídas. Mas um local que merece uma excelente CACHE.
Sempre podem ir efectuar uma visita o museu mineiro da CASA DA
MALTA
Casa da Malta - Museu Mineiro
Rua Vila Verde
4510 - 457 São Pedro da Cova
Horário:
Terça a Sábado - 09:15h/11:15h - 13:15h/18:15
Domingos e Feriados - 13:15h/18:15h
... LOL ...
Daí o nome da zona ;)
A cache:
Encontra-se nas traseiras da entrada principal. Deverão entrar
pelas laterais "Rua dos mineiros" ou pelas traseiras.
Obrigado e boas caches. Até uma próxima cache
Jorge Castro