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Situado na encosta do
Restelo, sobranceiro ao rio Tejo,
e próximo do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, o
Museu Nacional de Etnologia encontra-se instalado
desde 1975 num edifício concebido para o efeito. A partir de 2000,
o Museu está rodeado de um jardim aberto permanentemente não apenas
aos seus visitantes como a toda a cidade de Lisboa. O museu dispõe
de quatro salas para exposição temporárias, num total de 1600 m2, e
uma área de 2900 m2 destinadas a reservas. Essas reservas são
organizadas em três planos: geográfico, étnico-cultural e
sistemático. É importante ressaltar que o acervo das reservas, que
funcionam como galerias de estudos, encontram-se no interior de
expositores de vidro, permitindo uma ampla visão dos objectos, que
podem ser seleccionados para estudo, documentação ou preparação de
exposições. Na realidade, essas reservas revelam uma forma original
de aproveitamento do espaço e direccionamento da sua função para o
âmbito educacional e de investigação.
Breve Historial do Museu
Em
1959, um conjunto de peças recolhidas no âmbito das Missões de
Estudo das Minorias Étnicas do Ultramar Português, lideradas por
Jorge Dias, foi objecto de uma exposição que teve por titulo Vida e
Arte do Povo Maconde. Foi o ponto de partida na constituição do
Museu que, no entanto, só em 1965 é formalmente criado com o nome
de Museu de Etnologia do Ultramar, tendo como Director aquele
etnólogo. Posteriormente à sua morte, Ernesto Veiga de Oliveira
assume a direcção do Museu, o qual passa a denominar-se Museu de
Etnologia. Em 1975 o Museu foi transferido para as suas instalações
actuais e abriu as suas portas ao público no ano seguinte, com a
exposição Modernismo e Arte Negro-Africana. A falta de meios
humanos e materiais obrigou ao seu encerramento um ano depois,
embora durante esse período tivesse decorrido um intensa actividade
científica e pedagógica (com organização de visitas guiadas às
reservas e às exposições temáticas e a realização de colóquios e
seminários), tendo novamente inaugurado em 1985. Em 1990 passou a
fazer parte do Instituto Português de Museus, tendo sido-lhe
atribuído a designação de Museu Nacional de Etnologia
(MNE).
As
Colecções
O acervo deste museu é constituído por colecções de peças
provenientes de povos de diversas origens como Angola, Moçambique,
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mali, Costa do Marfim, Gana, Nigéria,
Camarões, Indonésia, Timos Leste, Macau, da Amazónia (Indíos Wauja)
e Portugal. Destacando-se objectos da vida agrícola portuguesa, que
resultaram de campanhas sucessivas de recolha, e uma razoável
colecção de instrumentos musicais tradicionais.
O Museu Nacional de Etnologia conta correntemente
com 30.000 peças.
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Standing on the
Restelo
hillside, overlooking the River
Tagus, and close to the Mosteiro dos Jerónimos and Torre de Belém,
The Museu Nacional de Etnologia has been housed in
a purpose-built building since 1975. Since 2000, it is surronded by
a garden permanatly open not only open to visitors, but to the
whole city of Lisbon. the museum has four temporary exibition
rooms, with a total area of 1600m2, as well as an area of 2900 m2
for its reserve collections. These reserves are
organized in three plans: geographic, ethnic-cultural and
systematic. It is important to stand out that the quantity of the
reserves, that function as galleries of studies, meets in the
interior of glass expositors, being allowed an ample vision of the
objectos, that can be select for study, documentation or
preparation of expositions. In the reality, these reserves disclose
to an original form of exploitation of the space and take advantage
of its function for the educational scope and research.
Brief History of the Museum
In 1959, a set of parts collected in the scope of the Missions of
Study of the Ethnic Minorities of Portuguese Overseas, led by Jorge
Dias, was the object of an exposition that had for heading Life and
Art of the Maconde People. It was the starting point in the
constitution of the Museum that, however, only in 1965 is formally
created with the name of Museum of Etnologia do Ultramar, having as
Director that etnologist. Later to its death, Ernesto Veiga de
Oliveira assumes the direction of the Museum, with denomination of
Museum of Etnology.
In 1975 the Museum was transferred to its actual installations and
opened its doors to the public in the following year, with the
exposition Modernismo and Arte Negro-Africana. The lack of human
and materials resources compelled to its closing one year later,
even so during this period had passed an intense scientific and
pedagogical activity (with organization of guided visits to the
reserves and the thematic expositions), having again inaugurated
again in 1985. In 1990 it started to be part of the Portuguese
Institute of Museums, having been attributed the designation of
National Museum of Etnology (MNE).
The
Collections
The
heap of this museum is made of collections of pieces from peoples
of diverse origins as Angola, Mozambique, Cape Verde,
Guinea-Bissau, Mali, Ivory Coast, Ghana, Nigeria, Cameroon,
Indonesia, East Timor, Macao, of the Amazon (Wauja indians) and
Portugal. Standing out objects of the Portuguese agricultural life
that had been brought together result of successive gathering
campaigns, and a reasonable collection of traditional musical
instruments.
The National Museum of Etnologia counts currently
with 30.000 pieces.
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