ANTA DA ESTRIA
Aparentemente trata-se de uma câmara de forma trapezoidal, rematada
por um corredor pouco diferenciado e orientado a sul. Subsistem
ainda sete esteios em posição vertical e várias lajes e blocos de
calcário que compõe o corredor.
No entanto, esta diferenciação pouco marcada entre câmara e
corredor levanta várias dúvidas. Primeiro porque ao que parece
quando Carlos Ribeiro a escavou em 1876, a anta evidenciava já ter
sido saqueada por “caçadores de tesouros”, estando em falta ou fora
de posição esteios, tampa e várias lajes de pedra, obra desses ou
de outros profanadores. Para complicar ainda mais, a anta foi
sujeita a uma nova escavação na área da mamoa e a uma intervenção
de limpeza e restauro em 1996, dirigida pela arqueóloga Ana Dias do
IPPAR, no âmbito de um estudo de impacto ambiental para a
instalação da estação de serviço. Os esteios e lajes de pedra que
estavam derrubados ou “espalhados”, foram movimentados e
reorganizados com base em critérios que vários colegas arqueólogos
consideram duvidosos, resultando numa anta renovada, que pode ser
bastante diferente daquela que ali tinha sido erguida
originalmente.
Mas apesar de tudo, esta anta tem o privilégio de contar com um
parque, uma estação de serviço e um restaurante
privativo.