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Há aqui um
carreiro!
Quando o alcançaram, verificaram que ele não se enganara: via-se
claramente o começo de um carreiro que subia, com muitos
ziguezagues, e desaparecia no cume do monte. Nalguns pontos estava
quase apagado, ou obstruído por árvores caídas, mas via-se que em
tempos tinha sido muito utilizado. Era um carreiro feito por braços
fortes e pés pesados..."
"Há trolls! Lá em cima, na orla da floresta, não muito longe
daqui. São grandes. O Sol já alto brilhava através dos ramos meio
despidos das árvores e, de súbito, na orla do arvoredo lá estavam
os trolls: eram três, enormes.
Passo de Gigante avançou despreocupado.
- Endireita-te pedra velha! - exclamou e partiu o pau no troll
inclinado.
Não aconteceu nada. Os hobbits soltaram uma exclamação abafada de
espanto,
e depois até Frodo se riu.
- Estamos a esquecer a nossa história de familia - comentou -.
Estes devem ser os três trolls surpreendidos por Gandalf a discutir
a melhor maneira de cozinhar um hobbit."
de "O Senhor dos
Anéis, vol I, J.R.R. Tolkien |
A Serra de
Sintra é mesmo mágica. Mais do que muitos pensam.
Nós descobrimos este carreiro e encontramos os trolls.
Se o seguirem, através de um bosque, que só pode ser um vestígio
da Floresta Tenebrosa em Rhovanion, as Terras Ermas.
Se não se desviarem do caminho, atraídos por elfos e outros seres
da floresta.
Se não tiverem receio do dragão adormecido.
Se não se deixarem enganar pelas árvores que vos apertam o
passo.
Também voçês os podem ver.
Graníticos, adormecidos, espalhados pela paisagem. Trolls que se
confundem com pedras, ou pedras que se confundem com trolls.
Ninguém sabe. Diz-se que durante a noite acordam.
Isto se forem verdadeiramente trolls. Caso se tratem de Olog-hai,
uma raça maldita, forte, ágil, feroz e manhosa, mais dura que a
pedra, meio troll meio orc, podem estar despertos mesmo durante o
dia. Este tesouro não se encontra facilmente, é
preciso coragem de Hobbit.
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Além do mais
será preciso ter cuidado com o dragão adormecido. Se virem bem,
notam que repousa perto do tesouro, com a cabeça deitada no solo,
um olho bem aberto a espreitar a saída do carreiro. Não o
despertem. Julgamos ser
Smaug o
Dragão, responsável pela guerra entre Orcs e Anões e
que se julgava morto após ter sido trespassado por uma flecha
negra lançada por Bard, um capitão arqueiro descendente de
Girion, senhor de Valle.
Retirem o tesouro, façam os logs, registem a vossa presença e
apreciem a vista. Mas não se demorem, pois o dragão, esse, não é
uma pedra. Parece adormecido, mas os dragões são seres
inteligentes, espertos, fortes e pode muito bem estar apenas
adormecido. Ninguém conhece bem o efeito da flecha negra.
Smaug representa muitas coisas ... orgulho, ganância. Para muitos,
aguarda apenas que Sauron regresse e que o anel regresse da
forja vulcânica onde pereceu. Façam a cache pelo que é, deixem o
orgulho e a ganância à entrada do carreiro e
Smaug
não terá razões para acordar. |
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A
Cache
Para fazerem a cache têm de encontrar o carreiro. Todas as outras
alternativas são duras e a jornada
espinhosa.
Para o encontrarem têm de estar atentos, muito atentos. Devem saber
ler os sinais de outros viajantes, devem perceber o que as árvores
nos dizem. O carreiro esconde-se no arvoredo, é escuro e tenebroso.
Húmido. Em alguns sitios parece desvanecer-se, mas se forem justos
e corajosos o trilho mostra-se e encontrarão a cache, facilmente,
no ponto zero.
Wiseman
Corneteiro
(o meu nome hobbit)
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