Igreja de Nossa Senhora do Ó Traditional Cache
Igreja de Nossa Senhora do Ó
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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Inicialmente contém: Logbook, afia, lápis, violino de madeira,
rena, avião, três soldadinhos e uma libelinha de metal.
Igreja de Nossa Senhora do Ó
A Igreja de Nossa Senhora do Ó ou Igreja do Porto fica localizada
na localidade da Carvoeira, junto à ribeira de Cheleiros, perto da
Ericeira.
A sua construção data do século XVI, tendo sido elevada a matriz
em 1570. No ano de 1585 deu-se um combate junto ao edifício, com
duas companhias de infantaria espanhola, tendo morrido ali vários
homens, entre os quais se encontravam Pêro Luís e João Roiz, que se
encontram sepultados no adro do templo. Ao longo dos anos o
edifício foi sofrendo algumas alterações, nomeadamente em 1709 com
a abertura da porta lateral e com a colocação do relógio de sol já
na segunda metade no século XVIII.
Em 1830 a igreja foi alvo de uma campanha de restauro. No século
XX o templo sofreu alguns danos, em especial em 1983, quando foi
inundado devido à subida do nível das águas da ribeira em cerca de
4 metros, existindo por isso uma lápide sobre o portal lateral, que
marca o nível da água durante as cheias. Este acontecimento causou
imensos estragos no interior da igreja, o que fez com que ficasse
em parte descaracterizada.
Passados cinco anos a igreja foi assaltada tendo perdido quase a
totalidade das suas imagens, incluindo a de Nossa Senhora do
Ó.
O edifício encontra-se implantado num adro murado e pavimentado,
onde em 1668 se erigiu um cruzeiro com a inscrição "AVE CRUX SPES
VNICA". Trata-se de um edifício de arquitectura religiosa,
maneirista e barroca, de planta longitudinal, composta por galilé,
nave única, capela-mor mais estreita, sacristia e salas anexas. Tem
coberturas internas de madeira em masseira na nave e em falsa
abóbada de berço na capela-mor, iluminada por janelas rectilíneas
rasgadas na fachada principal e lateral direita.
Apresenta fachada principal em empena, antecedida por galilé,
rasgada por portal de verga recta, moldurado, encimado por friso e
cornija. No lado esquerdo, um corpo anexo com escada exterior dá
acesso a uma sineira de volta perfeita com remate recortado. O
coro-alto encontra-se assente em colunas toscanas e o arco triunfal
de volta perfeita, que dá aceso à capela-mor, está ladeado por
retábulos em talha policroma com dourados e marmoreados fingidos
dispostos em ângulo. A capela-mor é composta por supedâneo de
degraus centrais, onde surge retábulo-mor com características
semelhantes aos anteriores, de estilo tardo-barroco. Esta é uma
igreja que se integra no conjunto de edifícios religiosos da
chamada região saloia.
Nossa Senhora do Ó
Segundo Frei Agostinho de Santa Maria, o culto a Nossa Senhora do
Ó terá tido o seu início no nosso país em Torres Novas, onde
existia uma imagem da Senhora, venerada na capela-mor da Igreja de
Santa Maria do Castelo.
A iconografia retrata a santa em avançado estado de gravidez, com
a mão esquerda sobre o ventre e a direita na mesma posição ou
levantada, pode também segurar um livro aberto com esta mão ou uma
fonte, simbolizando a fonte da vida.
No início do século XIX, com o aprofundar do dogma da Imaculada
Conceição, que ia contra a iconografia da Senhora do Ó, protectora
das mulheres grávidas, muitas imagens da Senhora foram substituídas
pelas de Nossa Senhora do Bom Parto, trajada de freira, com o
ventre disfarçado pelos panejamentos das vestes, esta imagem era
mais condizente com os valores moralistas da época.
Nos finais do século XX o tema voltou a estudo e foram encontradas
algumas imagens antigas da santa enterradas sob altares das
igrejas.
Todas as fotos são nossas, com excepção da última, que foi
copiada da Wikipédia e que mostra a imagem que se encontra na
Catedral de Évora.
Additional Hints
(Decrypt)
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