Almendra tomou o seu nome actual à palavra "amêndoa", que em
castelhano tem a sua tradução em "almendra". Tudo devido à enorme
concentração de amendoeiras na região. Tem como santa padroeira
Nossa Senhora dos Anjos, patrona da Ordem dos Frades Menores
(Franciscanos), embora a santa mais venerada na vila seja a Nossa
Senhora do Campo, a quem se realiza uma festa anual.
Os vestígios de ocupação em Almendra remontam ao primeiro
milénio antes de Cristo, altura em que se pensa que existiria um
núcleo fortificado na área onde se situa hoje a Igreja Matriz. No
mesmo local também se admite que existiu uma pequena Igreja cristã,
substituindo um templo pagão românico também aí existente.
Vestígios de uma fortificação medieval também se encontram a norte
dessa Igreja, no denominado "Chão do Morgado". Por volta de 960,
Almendra pertencia a Condessa Dona Flâmula tal como se comprova
pelo seu testamento. A Vila só se tornou definitivamente portuguesa
após o Tratado de Alcañices em 1297, no tempo de D. Dinis, no
entanto o primeiro Foral que recebeu foi em 1209 de D. Sancho I.
Devido a esta contradição, há quem diga que o Foral foi dado por
Afonso VIII, rei de Leão e detentor destas terras nessa altura.
Mesmo após o Tratado de Alcañices, Almendra ficou ainda ligado em
termos espirituais a Leão, pois o bispo de Ciudad Rodrigo manteve
até 1404 o domínio espiritual na região do Cima-Côa.
Almendra seria doada a D. Gil Martins por volta de 1270, pai do
futuro alferes-mor de D. Dinis, D. Martim Gil. Nesta altura,
Almendra seria elevada a vila, algo que não foi pacífico em Castelo
Rodrigo. Após sucessivos avanços e recuos e disputas entre Castelo
Rodrigo e D. Gil Martins, Almendra ficaria mesmo elevada a vila
sendo confirmado por D. Pedro em 1358 e por D. Fernando em
1367.Este privilégio viria a ter o seu fim através deste mesmo
ultimo governante que, em 1370, reintegra Almendra no concelho de
Castelo Rodrigo. No entanto, Almendra viria a ter a sua mais
importante época nos tempos que se seguiriam. Em 1383, Almendra
recupera o seu título perdido e assim se mantém durante largos
anos. O seu Concelho viria a ser novamente confirmado por D. Afonso
V em 1449, sendo designado como Concelho de Almendra e Castelo
Melhor. Em 1510, D. Manuel concede novo foral à Vila. É durante
este século que são construídos os mais importantes monumentos em
Almendra. Devido à sua crescente importância, D. João III passa
durante o seu reinado treze cartas a nomear tabeliães.
Almendra continuaria Concelho até 1855, aquando da
reestruturação levada a cabo pelos governantes. A partir dessa
data, seria integrada no Concelho de Vila Nova de Foz Côa até aos
dias de hoje, sendo extinto o seu concelho, na altura constituído
pelas freguesias de Algodres, Castelo Melhor, Vilar de Amargo e a
própria Almendra.
Casa de Almendra ou dos Viscondes do Banho:

Edifício de estilo predominantemente barroco visível na sua
varanda e frontão central, apesar de alguns vestígios de "rocaille"
nas suas janelas, a Casa de Almendra é dos monumentos mais
imponentes da vila. Mandada construir por volta de 1743, possui
dois andares. O piso superior é predominantemente para habitação,
servindo o inferior de armazém e consultório para o Dr. Alexandre
Luna Caldeira. De grande dimensão, diz-se pela Vila que a casa não
está terminada por ordem do Rei, que teve a informação que estaria
a ser construída em Almendra uma casa que rivalizaria com a sua em
tamanho e beleza. Esta paragem brusca na sua construção é visível
através da sua pedra-de-armas setecentista e Capela anexada, ambas
nunca acabadas. Actualmente encontra-se algo degradada e pertence à
D. Márcia de Morais Sarmento e aos filhos de Dr. Alexandre Jorge
Luna Caldeira.
Solar do Conde de Almendra:

Edifício do Séc. XIX, foi pertença do 1º Conde de Almendra, José
Caetano Saraiva Caldeira de Miranda, agraciado com o referido
título pelo Rei D. Carlos em 1906. Este edifício e marcado
centralmente pela varanda curvilínea, encimada pelo brasão,
enquadrado pelo frontão. Tem os vãos rectos com molduras simples.
Varanda alpendrada no alçado lateral direito.
Pelourinho de Almendra:

Situado na Praça, antigo principal centro da Vila, ergue-se do
chão em 7 metros de altura. O fuste projecta-se no último degrau
dos cinco existentes neste pelourinho de granito, sinal que outrora
a Vila já foi sede de concelho. Tanto os degraus como o fuste
apresentam secção oitavada. No cimo do fuste, em forma de gaiola
está o lanternim.
Escola de Almendra:

Edifício de um só piso datado de 1932-33, a entrada principal e
marcada por coroamento elevado que íntegra painel de azulejos. Tal
como referenciado no painel central este edifício foi custeado por
José e Óscar Augusto Bordalo.
A Cache
Esta cache tem como objectivo proporcionar uma visita a esta
vila com belos edifícios cheios de história, pelo que se aconselha
a deixar a viatura no waypoint referenciado e fazer todo o percurso
a pé.
1º Ponto
P: Quantos balaústres têm a varanda deste solar? (A)
N 41º 00.0(A+3)
W 007º 03.(Ax26)-9
2º Ponto
P: Neste solar existem 3 portas qual a soma dos números das
mesmas? (B)
N 41º 00.0(A+B+6)
W 007º 03.((AxB)+55)/2
3º Ponto
P: Qual o ano inscrito na lapide existente nesta praça? (C)
N 40º 59.(C+320)/2
W 007º 03.((AxB)+55)/2
4º Ponto
P: Qual o numero inscrito neste poste? (D)
N 40º 59.(C-(AxD)+(AxB)+(D-22))
W 007º 03.(4xD)-5
Para confirmar os pontos
A+B+C+D = 1676
Rota de
Almendra
Esta cache faz parte de um conjunto de 5 que o levarão a conhecer a
Vila de Almendra. Desde a antiga estação dos caminhos-de-ferro, ao
património histórico e religioso, passando pelo herança agrícola e
ambiental, desta pacata vila das Terras de Riba-Côa.
A Rota é formada por 2 caches tradicionais, 2 multi-caches e uma
cache-mistério. Para fazer esta última -
S. Lourenço [Almendra] - terão que encontrar os números
escritos nas tampas (ou logbooks) das restantes
caches:
Estação de Almendra [Vila Nova de Foz Côa] (GC26B1M)
Almendra - Religiosa (GC26EBE)
Almendra - Histórica
(GC1VH0H)
GR do Vale do Côa - E2 [Almendra] (GC1TPGP)
Aconselhamos que as façam na ordem em que aqui se encontram, pois
pouparão em tempo e gasolina. O ambiente agradece!
