A Praça Conde de Agrolongo, em memória do filantropo Conde de Agrolongo, é uma grande praça aberta pelo arcebispo D. Diogo de Sousa no século XVI, na cidade de Braga. A praça foi construída sobre o vinhedo da Santa Eufémia, daí ser conhecida popularmente como Campo da Vinha. Nesse mesmo século, no período da Contra-Reforma, são ainda construídos três grandes edifícios monumentais na praça, o Convento do Pópulo, Convento do Salvador e o Seminário de São Pedro, este último foi demolido no inicio do século XX.
Esta praça tem um grande significado histórico cultural, não só para a cidade de Braga como também para o país. Esta praça foi palco de acontecimentos importantes no decorrer da Revolução da Maria da Fonte, dado ali se situar o quartel militar. Em 28 de Maio de 1926, iniciou-se nesta praça a Revolução de 28 de Maio de 1926 comandada pelo general Gomes da Costa (que tem uma estátua na praça). Durante o Estado Novo é palco de grandes paradas militares, demonstrações de força e opressão sobre o povo bracarense. O ano de 1930 é marcado pela visita de António Oliveira Salazar, que nesta praça, perante milhares de pessoas, impinge os seus ideais. Foi também palco de grandes tensões durante a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974.
A praça teve ao longo dos anos várias utilidades, talvez a mais marcante era a realização da feira semanal, cheia de artesãos, lavradeiras, padeiros, peixeiros, alfaiates, sapateiros, entre outros, que atraiam ao local multidões de pessoas oriundas de toda a região. Foi também um espaço de desporto onde se realizavam provas de atletismo, ciclismo e onde se praticou pela primeira vez em Braga futebol (junto ao Convento do Pópulo).
Fonte: Wikipédia
José Francisco Correia, primeiro e único visconde de Sande e conde de Agrolongo, (São Lourenço de Sande, 14 de Fevereiro de 1853 — Lisboa, 15 de Abril de 1929) foi um industrial, filantropo, mecenas e fotógrafo luso-brasileiro. Nasceu em concelho de Guimarães e com dez anos de idade parte para o Brasil, estabelecendo-se em Niterói. Com dezoito anos cria a sua própria indústria, no ramo de tabacos, a Fábrica de Fumos Veado. O seu sucesso foi imediato. A fábrica acabaria por ser absorvida no início do século XX pela Companhia Souza Cruz. Era a riqueza, a fama e o reconhecimento público pelo impulso que dava na economia nacional brasileira. O que lhe valeu a visita à sua fábrica do então presidente Campos Sales. O industrial financiou a construção de várias escolas e asilos para a velhice no Estado do Rio de Janeiro. Dedicou-se à fotografia, tornando-se um dos pioneiros da fotografia amadora no país e um dos raros autores oitocentistas a realizar fotografias de nus no Brasil.
Torna-se o responsável pela difusão em massa das imagens fotográficas no Brasil, ao oferecer como brinde dos produtos de sua empresa, a Fábrica de Fumos Veado, uma coleção de fotografias estereoscópicas com o respectivo aparelho visor. Quando se retira para Portugal, em 1903, o seu palacete é comprada pelo presidente do estado do Rio de Janeiro Nilo Peçanha e transformado na sede do governo, mantendo essa função durante 71 anos, o Palácio do Ingá.
Hoje o palacete alberga o Museu de história e arte do Rio de Janeiro. Brasão do Conde de Agrolongo Em Portugal o Conde de Agrolongo apoia e funda de raiz muitos estabelecimentos entre escolas, igrejas, asilos e outra ajuda beneficente. Em Braga funda o Asilo Conde de Agrolongo. Recebeu várias condecorações como a Cruz de Mérito Industrial, que lhe foi atribuída pelo rei D. Carlos, e o grau de Cavaleiro de São Gregório Magno, atribuido pelo Papa Leão XIII. Em 20 de Dezembro de 1900 foi agraciado com o título de visconde de Sande e em 23 de Janeiro de 1904 com o de conde de Agrolongo. Morreu em Lisboa, na Praça de Camões, no dia 15 de Abril de 1929. Está sepultado no Convento do Salvador em Braga.
Fonte: Wikipédia