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Terrain:
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Size:  (micro)
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Cidade da Lixa
A Cidade da Lixa fica situada a norte de Portugal, entre Douro e
Minho, no concelho de Felgueiras, distrito do Porto, e
província do Douro Litoral, circundada pelas serras do
Marão, Gerês e Peneda.
Dista da sede do distrito, cerca de 50km e da sede do concelho,
6km. Fica rodeada pelos concelhos de Amarante (9km), Lousada (18km)
e Celorico de Basto (27km).
Para justificar a sua boa situação geográfica,
está o facto de ser atravessada pela estrada nacional
n.º 101, que liga as capitais das províncias do Minho e
Trás-os-Montes e a sul da cidade - no Alto da Lixa - a
estrada nacional n.º 15 que vai do Porto até Vila
Real.
Toda a região de Entre Douro e Minho, é demarcada por
uma paisagem característica da Terra Verde que nos dá
um aspecto de semblante invulgar.
Numa perspectiva reduzida, por toda a parte se avistam jardins
aprazíveis, em que a verdura predomina, campos cercados de
vides, de enforcado e de veredas engrinaldadas, pequenos outeiros
arborizados, ermidas brancas, casas antigas e modernas e,
infelizmente, uma ou outra fábrica a ferir a beleza desta
terra.
Possui um encantador monte, o Ladário, do qual se desfruta
um panorama maravilhoso, avistando-se, além das serras acima
referidas, os montes da Senhora da Graça, da Penha, do
Sameiro, Santa Quitéria e a maior parte dos concelhos de,
Felgueiras, Amarante, Lousada e Celorico.
O clima é típico da região do Baixo Minho com
invernos longos de cariz húmido e com verões breves e
moderados.
Origem da Lixa
Para chegarmos à origem desta cidade é
necessário retroceder uns séculos, e assim sabe-se
que no século IX, D. Arnufo da Costa Baião, duque de
Espuleto, trineto de Carlos Magno, e que foi também rei de
Itália, ainda jovem foi derrubado do poder e teve que
refugiar-se, com mais dois irmãos, em Espanha.
Ofereceu os seus valiosos e distintos serviços a El-rei D.
Bermudo III, rei de Leão e Castela.
D. Arnufo salientou-se aquando das batalhas contra os Mouros e o
rei deu-lhe em paga as terras de Baião, Cabeceiras de Basto
e tudo o mais situado entre Tâmega e Douro, que lhe parecesse
bem.
Numa das suas batalhas, Douro acima, mais concretamente em terras
de Baião, teve o feliz encontro com a esbelta e donaira D.
Ufa, menina que, segundo reza a tradição, era muito
bela, formosa e prendada. Seria pois esta jovem que viria a casar
com D. Arnufo.
O pai de D. Ufa era Goivinho, Conde de Lugo, fidalgo muito rico, o
que veio a contribuir para que este casamento resultasse uma
fortuna colossal.
Vieram habitar as terras aprazíveis da margem direita do
Tâmega, uma pequenina povoação onde vivia povo
cristão, e que vieram a ser seus súbditos. A esta
povoação chamaram Borba.
D. Arnufo profundamente cristão, como a jovem esposa, mandou
construir para esse povo de Deus uma Igreja de estilo
Românico, e a qual veio a ser seu patrono.
Foi então o fundador do castelo de Arnoia e do
palácio de Borba, denominado Paço de Boruem.
À forma do costume de então D. Arnufo dotou o
pároco de Borba de rendimentos abundantes para este
não desmerecer do valor do seu patrono.
Do seu casamento nasceu D. Guido Arnaldes de Baião, que
viria a ser pai de Egas Gozendes, este pai de Hermigio Viegas o
qual viria a ser pai de D. Egas Moniz, o grande aio de D. Afonso
Henriques, primeiro rei de Portugal.
Em 950, na partilha dos bens de Mumadona, neta de D. Arnufo, o
palácio de Borba viria a pertencer a seu filho Diogo Mendes
do qual passou a seus filhos sendo um deles Gontemiros Dias que foi
pai de Pelagius Gontemires, pai de Soeiro Pais e este pai ou
avô de Mem Soares, de Gueda Soares e do Paio Soares. Entre
estes três herdeiros levantou-se querela sobre os direitos do
padroado de Borba. Numa sentença régia, datada de
1136, El-rei é a favor de Mem Soares, aquele que se dizia o
mais directo descendente de D. Arnufo.
Em 1185 D. Afonso Henriques, para melhor garantia da
independência nacional e firmeza da Coroa ofereceu ao Papa, o
tributo anual de quatro onças de ouro, e restabeleceu que as
chamadas Igrejas próprias (que eram certas Igrejas ou
Capelas que alguns senhores mandavam construir nas suas
propriedades) teriam bens necessários para a
sustentação do culto e nomeou um capelão que
as servia. Os fundadores, procuravam obter o chamado "direito de
padroado". Foi o que aconteceu em Borba, a quem foi dado à
Igreja a Quinta de Vilarinho que se alargava até ao Seixoso
incluindo Tresborba e Balazar.
Por volta de 1191 apareceu em Borba um respeitável fidalgo
chamado D. Gomes Mendes Gedeão, senhor de muitas terras em
Basto e que se julgava também com pretensão ao
padroado de Borba. Como o abade, Mem Gomes, se esquivou a dar-lhe
colheita e albergagem por ele trazer muita gente em sua companhia,
o fidalgo "alvoriçado" queimou a residência paroquial
e a Igreja.
Em castigo desta proeza, o Papa, para lhe levantar a
excomunhão, condenou-o a fundar outra Igreja a S. Miguel,
que era o padroeiro de Borba. O fidalgo cumpriu-a mas a Igreja que
edificou foi a S. Miguel de Lobrigos de Penaguião.
A data de reconstrução da Igreja de Borba tem sido
polémica e as opiniões são divergentes, mas
tudo indica que só foi reconstruída no século
XVIII.
A freguesia de Vila Cova da Lixa é também
antiquíssima, pode dizer-se que vêem desde o
início da nossa monarquia. Porém há poucos
documentos que nos transmitam pormenorizadamente a origem desta
freguesia. Sabe-se que o seu primitivo templo foi mosteiro de
religiosas hospitaleiras no ano de 1148 - reinado de D. Afonso
Henriques - mas durou pouco tempo.
(…)
Devido ao muito movimento de viajantes, vindos do Minho para
Trás-os-Montes e vice-versa, foi-se formando um arruado de
casas - a rua velha - que começou a ser povoada na parte que
hoje se denomina Rua Dr. António Pinto de Carvalho Coimbra,
assim como a Rua Nova que vai do Largo da Cruz - hoje Largo 1º
de Abril - até ao Poeiro. Mas a povoação
não ficou por aqui e foram-se construindo casas desde a Rua
Velha até à Cerdeira das Ervas à qual vieram a
chamar Rua da Lixa. Esta rua foi alargada e passou a ser Estrada
Nacional por volta de 1830, ou talvez antes.
A feira da Lixa, que chegou a efectuar-se no largo pertencente
à casa do Terreiro, com autorização dos seus
proprietários, foi depois transferida para o Largo da Cruz e
mais tarde, devido aos muitos expositores e muitos compradores,
mudada para as Carvalheiras, isto é, para os dois largos
principais da actual Lixa.
Faziam-se grandes transacções e as casas comerciais
começaram a aparecer, sendo um dos primeiros comerciantes
aqui a estabelecer-se Manuel José Rodrigues Coimbra, em
1813, que viria a ser bisavô de Leonardo Coimbra.
Não se sabe ao certo em que ano ou século esta cidade
teve a sua origem, mas por um relatório datado de 1642, que
o Pároco de Borba de Godim enviou ao Arcebispo de Braga,
informando-o que entre outras coisas a Igreja de Borba era uma
Igreja com "Sobre Arco" (não se sabe até hoje qual o
seu significado), tinha uma Capela a Poente no Monte de S. Roque,
esse monte crescia até à Igreja de Santo
António e na Rua Nova existia a Capela de Nossa Senhora da
Assunção e a Capela de S. Francisco no lugar do
Paço.
Por este documento, pode-se chegar à conclusão que a
origem da Lixa é anterior ao século XVII.
A cache
Esta leva-nos a visitar o coração da cidade da Lixa,
aproveitem a visita para conhecer alguns pontos interessantes do
centro da cidade.
Sejasm discretos pois provavelmente nao vai faltar gente a olhar, e
deixem a cache exactamente como esta, pois caso contrario pode-se
molhar.
Additional Hints
(Decrypt)
Ndhv aãb zr pbafrthrf ire....