Geologia:
Da Mina do Azeiche até Vale Furado, numa extensão de 2 km, são visíveis afloramentos do Cretácio Inferior e Superior (65 a 145 milhões de anos) e do Terciário. Integram arenitos fluviais, calcários e conglomerados, tendo sido encontrados alguns fósseis de répteis e mamíferos nos arenitos. Ainda nestas arribas é possível identificar diversas anomalias geológicas petrográficas e químicas que podem indiciar o impacto de um meteorito (a 300 km para Oeste, em pleno oceano).
A Mina:
Desde há muito que se conhecem indícios superficiais importantes que demonstram que houve geração de petróleo na bacia Lusitânica.
A pesquisa de hidrocarbonetos em Portugal remonta a 1844 com a descoberta da mina de asfalto. Para além da pavimentação de estradas, o asfalto retirado dessa mina terá sido usado para pavimentar todas as estações de caminho de ferro de Lisboa até Elvas e do Entroncamento até ao Porto, construídas no final do século XIX e início do século XX.
O período da primeira concessão iniciou-se em 1844 e laborou irregularmente até 1848 e que a breve trecho provou não ser rentável.
O período da Segunda concessão iniciou-se em 1856 e laborou até 1861. A Partir desta data apenas o asfalto é extraído ocasionalmente para diversas obras (muitas delas públicas, como é o caso da penitenciaria de Lisboa), até 1931 altura que é vendida a uma companhia de Exploração Inglesa.
Actualmente a mina desabou e o local encontra-se bastante abandonado.
Até á poucos anos (antes da mina desabar), era possível entrar-se lá dentro, após se entrar seguia-se um caminho que levava até um “Poço”, o acesso ao fundo do poço era feito por uma escada em caracol. A Tentativa de Junta de freguesia de Pataias para selar a entrada da mina foi sempre em vão, visto que as sucessivas portas de metal entre outros eram sempre vandalizados.
Acesso:
Devido ao declive, ao crescimento da vegetação e um acesso não definido, implicam muita cautela no acesso á mina e ao próprio areal.
Não existem, portanto, acessos definidos para o areal nem tão pouco vigilância. Aliás, o único acesso seguro para o areal pertence exactamente a um equipamento privado. No entanto, a praia é muito frequentada pelos habitantes que sazonalmente residem nas múltiplas infra-estruturas urbanas e, talvez, o sossego e a paisagem justifiquem por si só esta afluência.
Cache:
É recomendável estacionar nas seguintes coordenadas: N 39º41.543 W 009º03.170 e seguir o caminho existente junto á casa. Caso deseje fazer a cache pelo areal poderá estacionar nas Paredes da vitória e seguir o areal para Sul.
De modo a preservar o que resta da mina e do seu complexo fabril, resolvi colocar a cache final um pouco mais afastada do complexo (poucos metros), de forma a preservar as ruínas. Para encontrar a cache final terá de encontrar a entrada da mina (N 39º41.602 W 009º03.220), e ai registar o ano em que foi construída a entrada. Depois terá de fazer o seguinte calculo: N 39º41.595 W 009º03.(ano - 1659) O resultado revelará as coordenadas para a cache final. Como foi explicado o acesso ao local é um pouco complicado, por isso não é recomendável ser feita de noite se possível faça a cache acompanhado.
Poderá ainda vislumbrar a paisagem e as ruínas. Na arriba poderá ainda encontrar as ruínas de um forno entre outras.
Por favor, preserve o Património, Não destrua!
Para mais informações pode consultar os seguintes link's:
http://www.youtube.com/watch?v=Xa-N5h2zWXk
http://www.youtube.com/watch?v=O2dkhLUSSMU
Ou ainda Consultar/comprar o Livro: "Mina do Azeche - Património à beira-mar esquecido" de Tiago Inácio