# 16 Wtshnn - A
Anta da
Mamoa
Where the streets have no name
Where the streets have no name
(Wtshnn), além de ser o tema de uma música dos U2, é também o nome
escolhido para o percurso que se pretende mostrar. Foi elaborado
por três geocachers, Napoleão, DIVA***** e ÉterLusitano. Este é um
percurso circular, não marcado que no fundo é uma espécie de volta
a santa Cruz da Trapa. Além desta freguesia, passa também em terras
das freguesias limítrofes como Carvalhais, Candal, Manhouce, São
Cristovão de Lafões e Serrazes. Durante este longo e belo passeio,
irão encontrar desde locais míticos, paisagens deslumbrantes a
monumentos e localidades históricas. Este percurso foi projectado
para ser feito de bicicleta todo terreno, mas também poderá ser
feito a pé, ou num misto automóvel e a pé, pois há locais onde o
automóvel não poderá ir. A pé torna-se extenso, mas claro que pode
ser feito por etapas, pois o percurso é para se fazer com calma
para desfrutar cada momento. As caches estão numeradas, sendo assim
mais fácil escolher o caminho a seguir, no entanto, nem só onde
está a cache é que se encontra o sumo, por isso aventurem-se por
essas ruas e caminhos sem nome…
A Anta da Mamoa

Esta Anta, está perdida no
tempo e espaço, pois é um monumento por muitos desconhecido aqui na
zona. Por sorte não foi totalmente destruída , pois junto a ela
passa uma linha de alta tensão e nos trabalhos de limpeza, uma
máquina quase lhe passava por cima. Esta Anta, encontra-se sem
grande conservação, pois a sua parte superior está caída no seu
interior, onde a vegetação vai conquistando o lugar. Tentarei falar
com o responsável da Junta de freguesia de Manhouce para que se
proceda á limpeza da zona. Este monumento foi-me dado a conhecer
pelo senhor Manuel de Almeida, mais conhecido por Manuel Rato, que
segundo ele, teve conhecimento da sua existência num dia de caça em
que passava pelo local. Deixo uma breve descrição de
mamoa.As
mamoas ou tumuli apresentam geralmente uma forma oval ou
circular. Eram edificadas com pedra e areia e tinham a finalidade
de protejer o dólmen, cobrindo-o completamente. Eram estruturas de
tamanho variável, podendo atingir quarenta metros, que tapavam
completamente a câmara e o corredor, quando este existia. As
couraças de revestimento das mamoas feitas de terra, que
possivelmente ainda seriam visíveis na altura da construção,
acabariam provavelmente por ficar mais ou menos revestidas por
vegetação algum tempo depois.O nome mamoa origina dos
romanos aquando da sua chegada
à Peninsula Ibérica, que deram
o nome de mammulas a estes monumentos, pela sua semelhança
com o seio de uma mulher. Embora hoje sejam muito raras as mamoas
que apresentam um volume hemisfério, devido aos agentes erosivos e
às violações de que foram alvo, a sua forma seria em geral a de uma
calote esférica.Cada mamoa (ou tumulus) teria a função de esconder
e proteger a sepultura, conferindo-lhe, ao mesmo tempo, maior
monumentalidade. É possível que tivesse também, em certos casos,
fornecido um plano inclinado para o transporte da tampa da câmara
da anta até à sua posição definitiva.Se fossem apenas feitas com
terra, as mamoas teriam sido facilmente desfeitas pela erosão
expondo, por sua vez, os túmulos aos agentes destruidores. Por essa
razão, a terra é escorada com pedras formando uma couraça
protectora à superfície e uma espécie de suporte de contenção que
rodeia a mamoa na periferia. A técnica de construção das mamoas
demonstra geralmente uma hábil solução arquitectónica feita para
durar, sem usar argamassa. Encontram-se pedras especialmente
afeiçoadas para melhor se inserirem no espaço que preenchem e
interstícios preenchidos por pequenas pedras angulosas, partidas
intencionalmente, para reforçar a estrutura. Estas sepulturas
megalíticas monumentais correspondem com certeza a relíquias de
antepassados importantes, não correspondendo ao modo mais usual de
as comunidades neolíticas enterrarem os seus mortos comuns. Estes
monumentos funerários devem ter tido um significado simbólico
importante e devem ter sido sobretudo «túmulos para os vivos», como
disse um autor britânico (tomb for the living). Ou seja,
destinavam-se provavelmente mais aos vivos do que aos mortos. E é
possível que cada núcleo ou grupo de mamoas correspondesse aos
antepassados míticos de uma determinada família ou linhagem,
fornecendo-lhe uma referência para a sua identidade.O dólmen,
escondido debaixo de uma colina artificial (a mamoa), era como um
«útero» abrigado do olhar, onde se colocavam relíquias «no interior
da terra». Podemos imaginar que essa deposição de relíquias
funerárias seria, a nível de significação simbólica, como que um
regresso de um humano ao útero do ventre materno da Terra Mãe.O
hábito de usar «cairns», ou seja montes artificiais de pedras, em
cima dos túmulos Neolíticos poderá ter estado também relacionado
com a dissuasão dos violadores de túmulos. Na Escócia, os cairn
encontram-se sobretudo sobre relevos de terreno e no alto das
montanhas. E, como existe o costume de transportar uma pedra até ao
alto da colina para a colocar sobre eles, estes vão ficando cada
vez mais altos. Um ditado antigo escocês diz « Cuiridh mi clach air
do chàrn », ou seja « Colocarei uma pedra sobre o teu cairn». É
interessante que ainda hoje há uma tradição judia que recomenda que
se ponham pequenas pedras em cima de um tumulo que se visite.
A cache encontra-se junto á Anta junto de uns pinheiros entre umas
pedras. Para chegar ao local, deverão deixar a viatura no local
indicado e seguir a linha de alta tensão. Quando estiverem no
aceiro, junto ao primeiro poste, virem á vossa esquerda, subam e
estão em cima da Mamoa, junto á Anta. Boas caches.