És português ou és
“camone”?
Situada na margem
esquerda do Rio Cávado, com distância de 10km da sede de concelho
– Vieira do Minho – encontra-se a freguesia de
Salamonde.
Apontamentos
históricos dizem que esta aldeia, no tempo dos romanos era cidade,
tinha o nome de Salveia e fazia parte da via militar que unia Braga
a Chaves.
Em 1809, Salveia
foi palco de uma batalha desigual entre as tropas portuguesas e as
tropas napoleónicas sob o comando do General Soulte, que vinha da
Galiza e se dirigia para o Porto. O rasto de destruição desta
batalha desigual foi de tal forma grande que, por si só, é o motivo
para que hoje não se encontrem vestígios dos monumentos desta mesma
cidade.
Destes
acontecimentos resta a voz do povo que conta que na Ponte do
Saltadouro (que ligava esta freguesia à de Ruivães), do lado de
Salamonde e à direita da ponte, foi efectuada uma escavação de
metro e meio por pessoa que procuravam algumas das riquezas
enterradas pelos franceses. E também pode ser encontrado no livro
de registos paroquial uma descrição do pároco desta freguesia
– Padre António José de Mesquita Pimentel – a seguinte
nota:
“Aos 15 dias do mez
de Março do anno de 1809 entraram nesta freguesia de S. Gens de
Salamonde os francezes, e no dia 15 de Maio do mesmo anno voltaram
perseguidos dos inglezes, depois de se demorarem dois mezes no
Porto e nas mais partes d’esta província; metteram os
cavallos na egreja e nas salas das casas; roubaram tudo quanto
tinha tanto nas casas, como na egreja; arrombaram o Sacrario,
lançaram por terra as Sagradas Particulas e pizaram, e consumiram
muitas; eu as juntei e metti em um vaso no Sacrario e no fim de 22
dias as fui ver e achei convertidas em sangue rubicundo na sua côr
própria, só muito denegrido, azulado e a modo de pizado, que
mostrei muitas e diversas vezes a mais de três mil pessôas; mas
quando voltaram a segunda vez, lançaram por terra o sangue
milagroso e na mesma partida rasgaram os livros dos baptisados,
casados e defuntos: e por isso os assentos que não apparecem foi
pelos rasgarem, e para que conste a todo o tempo fiz esta
lembrança.
Salamonde Junho 1 de 1809.”
(in Vieira, José
Carlos Alves; Vieira doMinho: Notícia Histórica e Descritiva;
edição “o Jornal de Vieira; Braga; 2000; edição fac-simile da
edição de 1925)
A ponte:
A ponte a que
esta historia se refere encontra-se submersa. No entanto, irá ser
encontrada uma ponte “substituta” que data
da construção da barragem.
Este local é
ainda frequentado por pescadores, bem como pelos amantes dos
desportos radicais que seguem o “trilho” da cache que
tem o nome de “Saltadouro”.
O percurso:
Para as tropas
portuguesas:
O trilho inicia
nas coordenadas: N= 410 40.996’ W=
8005.224’
- Este trilho poderá ser feito em duas etapas:
-
de carro (obrigatoriamente 4x4) até
atingirem um altitude de aproximadamente 270m, num caminho
“unidireccional”;
-
a pé nos metros finais;
Para as tropas napoleónicas:
O trilho inicia
nas coordenadas: N= 410 40.986’ W=
8003.450’
- Este trilho
poderá ser feito, exclusivamente, de carro…
A Cache:
Waypoint 1 – Igreja de
Salamonde
Aqui, ponto
inicial, poderão:
- apreciar a vista;
- trabalhar um pouco a orientação a tomar;
- procurar
um contentor com uma chave que terá de ser
devolvida;
- e “pedir auxílio” para esta jornada!
Cache final –
Saltadouro
Para chegar ao
ponto final terão de resolver o seguinte enigma:
N= 4A04A.0C6’
W= 800B.C66’
Confirmando:
B+D-A=C
C-B=6