Esta cache, dedicada à Igreja Matriz do Tortosendo, faz parte da
série Igrejas e Capelas do Tortosendo.
A série é formada por várias caches. Para fazer a última -
Convento de Santo António - terão que encontrar os números escritos
nas tampas/logbooks das restantes caches.
A descrição do Pe. José do Vale Carvalheira, no seu livro
Tortosendo – Na História, na tradição e na lenda:
A Igreja Nova
É este o nome que, ainda hoje, algumas pessoas de idade dão à
igreja Matriz do Tortosendo.
Já foi inaugurada duas vezes: A primeira em 1891, como se pode
ler no arco da Capela-Mor e a segunda em 1950
Na segunda restauração, sendo então Pároco da freguesia o Revdº
Pe. José Alves Ardérius, a Igreja foi beneficiada com lindos e
magníficos azulejos nas paredes, que, num maravilhoso combinado de
cor azul e branca, representam os principais passos da vida de
Nossa Senhora.
Esta obra, executada pela fábrica de Faianças e Azulejos
Sant’Ana, tornou a Igreja mais rica e atraente.
O templo é bastante espaçoso com mais de 30 metros de
comprimento por 11 de largura e grande altura, tendo um coro, que
comporta mais de 100 pessoas, assente sobre um tecto bem trabalhado
e sustentado por quatro colunas, duas das quais têm uma parte à
vista e outra introduzida na parede.
Talvez por terem sido iniciadas as obras após o terramoto de
1755, as paredes são de uma espessura tal que têm dentro de si a
capela do baptistério, os confessionários, as escadas para o
púlpito, o próprio altar das almas e ainda dois corredores ao lado
da Capela-Mor que comunicam com a sacristia, atrás do altar.
A sacristia é de tamanho razoável e tem por cima um salão, onde
se guardam paramentos e outros objectos cultuais e que ainda é
usado para catequese e conferências.
Os altares e o púlpito são de estilo D. João V, ricamente
adornados de bela talha dourada, assentando o púlpito numa pedra
granítica bem trabalhada e dentro do estilo.
Tem seis janelas amplas, por onde entra mais que suficiente
claridade, além da rosácea enquadrada num granito maravilhosamente
cinzelado e que encima a porta principal, bem digna do primoroso
templo, com largas ombreiras de granito onde assenta o lintel, que
termina, de um e outro lado, com volutas ou aletas muito salientes
e maravilhosas.
Sobre a arquinave levanta-se um frontão quebrado, que encaixa
também entre volutas um nicho destinado à imagem da padroeira e que
termina numa cruz de belo efeito. Exteriormente, nas extremidades
do templo, podem admirar-se os pináculos que lhe emprestam muita
graça.
No altar-mor há ainda a salientar o sacrário e o trono. Este,
quando é ornamentado para as grandes cerimónias, como o Lausperene,
oferece um aspecto de grande imponência e beleza. O sacrário, cofre
forte, tem uma talha sobreposta mas bem adaptada e no estilo que,
juntamente com uma imagem de Jesus, ladeada dos discípulos S. Pedro
e S. João, o tornam encantador.
Já depois do Concílio Vaticano II, foram adquiridos um altar
portátil, estante e tocheiros a condizerem com o estilo dos
altares.
Na “Nova Igreja” de N.ª Senhora da Oliveira, de que
estamos a falar, há também quatro altares fixos, além do principal
“quotidiano e perpétuo”, dedicados a Cristo Crucificado
(Almas), ao S.º Coração de Jesus, ao Imaculado Coração de Maria e a
N.ª Senhora das Dores. Penso que só o das Almas teve sempre o mesmo
título. Os outros, provavelmente a princípio de São Miguel, Santo
Estevão e Santa Catarina, tomaram o nome de outras invocações,
quando foram adquridas as respectivas imagens.
A imagem do S.º Coração de Jesus é do século XIX e deve ter sido
adquirida há mais de cem anos, quando se fundou na freguesia o
Apostolado da Oração. A do Coração de Maria, com a serpente aos pés
e coroa na cabeça é simples mas bela e deve ter sido executada
quando há 70 anos se fundou a Congregação das Filhas de Maria. A
imagem de N.ª Senhora das Dores é indiscutivelmente a mais
artística, mais rica e melhor.
Além destas, há ainda duas imagens mais pequenas – de N.ª
Senhora de Fátima e São José – que se encontram na capela-mor
em mísulas de pedra e se destinam a ser transportadas em procissões
e a do Orago, N.ª Senhora da Oliveira, que ocupa o lugar
próprio.
Em 23-3-1978 foi adquirido e colocado ao lado do altar portátil
um lindo crucifixo, com mais de 1 metro, cuja cruz assenta sobre um
tronco de oliveira e o torna patente a todos os olhares. Deve-se
esta aquisição principalmente ao Sr. Ângelo Craveiro de Sousa,
embora o Povo tenha contribuído com as suas ofertas.
Finalmente em Julho de 1982 foi a igreja enriquecida com uma
bancada em madeira de mogno.
Era de crer que esta igreja possuísse objectos culturais de
grande valor, que terão desaparecido durante as Invasões Francesas.
A acta do Livro das Almas, a que já fizemos referência, só indica
como os trastes” que pertenciam à mesma Irmandade.
Há, no entanto, alguns valores que queremos mencionar: Um cálice
de prata dourada e trabalhada, talvez do século passado, quatro
castiçais de chumbo e respectivo crucifixo de banqueta, muito
vistosos pelo trabalho neles executado, que devem ter escapado à
pilhagem revolucionária e a cadeira paroquial.
O querido amigo Filipe Craveiro ofereceu, em cumprimento de um
voto, por Deus lhe ter concedido a graça de um filho muito
desejado, uma custódia de prata de 4 kg de peso, em que dois anjos
seguram a lúnula no meio de um grande círculo onde se podem ler
estas palavras: “Ecce Panis Angelorum”.
Em 27 de Outubro de 1981 foi montada na igreja uma magnífica
aparelhagem sonora e ao mesmo tempo, na torre sineira, o relógio
que antecede as horas com a música do Avé de Fátima.
Foi surpresa que o Pároco quis fazer à freguesia que depois
contribuiu generosamente para o pagar.
A cache
Esta é uma multi-cache.
Para a encontrar há que ir até à Igreja e procurar o número de
janelas iguais à da imagem, que estão nas laterais da Igreja.
O número de janelas é A.
A coordenada final da cache é:
N 40º 14,235 O 007º 31,6A1
O contentor é uma caixa de tamanho pequeno, contendo
inicialmente um lápis, uma afia e um boneco, e que pode albergar
pequenos itens, inclusive alguns TB e mini Geocoins.
Não esquecer de anotar a informação constante na
tampa/logbook, que servirá para encontrar a cache final da
série.
Igrejas e Capelas do Tortosendo
Pode verificar a solução deste puzzle no
Geochecker.com.