Esta cache, dedicada à Capela de S. José Operário do Tortosendo, faz parte da série Igrejas e Capelas do Tortosendo.
A série é formada por várias caches. Para fazer a última - Convento - Tortosendo - terão que encontrar os números escritos nas tampas/logbooks das restantes caches.
A descrição do Pe. José do Vale Carvalheira, no seu livro Tortosendo – Na História, na tradição e na lenda:
Capela de São José Operário
O Bairro do Cabeço tinha no começo da segunda metade do século XX meia dúzia de casas. As primeiras que ali foram construídas pertenceram ao Património dos Pobres que para ali foram empurrados pelo facto dos terrenos para as casas serem muito baratos, tendo a Junta de Freguesia feito vendas que mais podemos considerar simbólicas do que outra coisa.
E já nesta altura a Conferência Masculina de São Vicente de Paulo, fundadora do Património, numa previsão inteligente do futuro, adquirira o terreno para a construção de uma capela. Mas por razões que desconhecemos, não se realizou de imediato este sonho. No entanto a construção de moradias continuava e como a pobreza material se casa facilmente com a miséria moral, esta começou a reinar no lugar. Em 1965 pareceu-nos urgente a necessidade de fazer uma capela no Bairro do Cabeço. Só que não havia dinheiro nem o campo humano estava ainda suficientemente cultivado para produzir tão belo fruto.
Em Maio de 1 969 realizou-se, em Tortosendo, uma Missão que ficou célebre e por isso aqui falaremos dela noutro lugar. De acordo com os Padres Capuchinhos que a pregaram resolveu-se fazer um voto: construir uma Capela no B.º do Cabeço para comemorar a Missão que entusiasmara toda a freguesia.
E logo se propôs que fosse dedicada a São José Operário, por ser o Tortosendo uma terra essencialmente operária e esta classe ter dado, durante a Missão, exemplos inesquecíveis.
Apresentada uma planta ao Exm.° Prelado, entendera o Sr., D. Policarpo que a Capela não devia ser feita sem que lhe ficasse anexo ou por debaixo um salão paroquial. Por aqui, pois, se teve de começar. A pedra para o salão foi trazida das ruínas da Capela de N. Senhora da Assunção e Boa Morte que ali ficou a ostentar a beleza do granito trabalhado, principalmente das portas deste templo.
Pagas as despesas do salão, fez-se um peditório para dar início à construção da Capela. Rendeu 1.150$00.
Nesta altura apareceu o jornal Notícias de Tortosendo para, entre outras finalidades, apresentar as receitas e despesas da Capela.
O povo compreendeu e as obras recomeçaram. Vencidos muitos contratempos, que só Deus conhece e São José ajudou a superar, em 1 de Maio de l973 pôde o Sr. Bispo da Guarda, D. Policarpo da Costa Vaz, benzer a capela, no meio da maior alegria de todos os tortosendenses, particularmente dos habitantes do Bairro.
Nesta altura a dívida que foi necessário contrair ainda era grande, mas o Senhor Bispo teceu merecidos elogios ao Tortosendo, que conseguia levantar tão belo templo sem ajudas externas e o entusiasmo contagiante fez com que as dádivas continuassem até o milagre se consumar.
Depois vieram as ofertas das lindas imagens: a de São José Operário foi oferecida pelo Ex.m.° Senhor Aníbal Mineiro Gaspar e as outras por uma família operária que nunca quis que o seu nome fosse revelado. A de N. Senhora da Assunção recorda-nos a Capela de onde viera a pedra para o salão, o qual tem servido para múltiplas actividades, mas mais de metade, depois de feita uma divisão provisória, tem sido uma escola pré-primária.
Sobre a sacristia há também uma sala que tem sido utilizada para a catequese e outras reuniões.
Tem esta capela 14 janelas laterais, sete de cada lado e com um metro quadrado cada. Dentro de cada uma foi colocada a Cruz de Cristo, para assim se lembrarem as estações da Via-Sacra, ao mesmo tempo que, quebrando a monotonia, dão a todo o templo grande beleza.
Na frontaria, sob um interessante alpendre, há um grande azulejo de São José Operário com o Menino, representando a casa de Nazaré. Foi oferta do Pároco.
Além do adro, pertence também à Capela um jardim anexo, no qual foi instalado um parque de recreio para as crianças da pré-escola.
A partir da construção do templo começou a celebrar-se ali uma festa de São José Operário, no 1º de Maio, com carácter religioso. Mas a partir de 1980, aproveitando a estadia dos emigrantes e com a finalidade de os congregar à volta da sua Capela, começaram a realizar-se grandes festejos, no 1º Domingo de Agosto, que agitam e animam todo o Bairro. Nesta Capela celebra-se a Santa Missa todos os domingos e algumas vezes em dias de semana sendo preferida por noivos para a celebração do seu matrimónio.
Não queríamos terminar estas palavras sem uma referência especial a três pessoas a quem a Capela muito ficou a dever, na sua construção: D. Maria Antónia de Almeida Garrett e seu cunhado Dr. José Maria de Almeida Garrett que se distinguiram nas dádivas e o Senhor Albino da Cruz Amaro, um dos melhores empreiteiros que já o Tortosendo conheceu e que tomou a seu cargo a orientação do pessoal que ali trabalhou, executando, sempre de acordo com o Pároco, a ideia que presidiu à sua realização.
Fonte: Carvalheira, J. V. (1985); Tortosendo - Na História, na Tradição e na Lenda, Ed. Salesianas
A cache
O contentor é uma caixa de tamanho pequeno, contendo
inicialmente um lápis, uma afia e um boneco, e que pode albergar pequenos itens, inclusive alguns TB e mini Geocoins.
Não esquecer de anotar a informação constante na tampa/logbook, que servirá para encontrar a cache final da série.
Igrejas e Capelas do Tortosendo