Atenção -
Attention
Podem existir muggles no topo do moínho
que está mais degradado, tenha atenção a isso antes de iniciar as
buscas da cache. Interfira o mínimo possível com o local e
deixe tudo como encontrou, ou
melhor .
There may
exist muggles on the top of the most degraded windmill, be cautious
on that before you start the search. Interfere as less as possible
with the site and leave everything as you found it, or
better.
O Alto de S. Bento é um cabeço granítico,
adjacente à cidade de Évora, que funciona como um excelente
miradouro sobre a cidade Património Mundial.
The Alto de
S. Bento is a granite hill, adjacent to the city of Évora, which
offers a great view above the World Heritage
city.
Arqueologia local
Conhecido como povoado pré-histórico desde, pelo menos, o
séc. XIX, o Alto de S. Bento foi recentemente objecto de novas
prospecções que permitiram afinar melhor a cronologia dessa
ocupação e levantar novas questões, extremamente interessantes, no
contexto da neolitização do Alentejo Central.
De facto, além das evidências de ocupação no Calcolítico
(genericamente, o III milénio antes de Cristo), o sítio foi ocupado
numa época que, em princípio, corresponde à própria transição
Mesolítico-Neolítico, isto é, a fase em que as últimas sociedades
de caçadores-recolectores deram lugar às primeiras sociedades
agrícolas e pastoris e que, no nosso território, ocorreu algures
entre os finais do VI milénio antes de Cristo e os inícios do
V.
De uma forma geral, pode afirmar-se que, nesta
fase, o Alto de S. Bento foi um dos povoados dos construtores de
menires e recintos megalíticos (ou cromeleques).
Por outro lado, a superfície do batólito, junto aos moinhos onde,
actualmente, funciona um Centro Interpretativo para a Geologia e a
Flora regionais, apresenta alguns elementos cuja cronologia
pré-histórica, embora discutível, parece bastante sugestiva.
Trata-se, sobretudo de um conjunto de sulcos alongados, de secção
em V, que se assemelham aos que acompanham, com frequência, os
polidores de machados, como se pode observar, nos arredores de
Évora, junto à base do marco geodésico, no cabeço do Godel, perto
do cruzamento da Valeira. Trata-se igualmente de um local com
vestígios de povoamento pré-histórico.
Este tipo de marcas, cuja funcionalidade é controversa, é
recorrente, noutras áreas europeias, em associação com dolmens e
menires e foi também observado em rochas das proximidades do sítio
com gravuras rupestres dos Mocissos, no Alqueva.
No Alto de S. bento, os sulcos ocorrem associados a manchas de
picotados, temática igualmente representada no complexo rupestre do
Alqueva.
Para além daquele conjunto de traços, junto à entrada do
moinho mais meridional do Alto de S. Bento, observa-se igualmente,
no lado oposto do mesmo moinho, uma linha sinuosa, picotada, que
pode, eventualmente, corresponder a gravuras rupestres,
parcialmente ocultas pela estrutura molinária.
Junto ao outro moinho restaurado, em frente à porta, são também
visíveis três covinhas, pouco profundas, mas que correspondem à
métrica habitual neste tipo de gravuras; as covinhas são, como se
sabe, um dos temas mais recorrentes, em termos planetários, da arte
rupestre pré-histórica.
Por último, refiram-se as duas "pias" escavadas em frente ao
primeiro moinho. Trata-se de estruturas negativas cilíndricas, de
formas extremamente regulares, cuja funcionalidade nos escapa e
cuja atribuição a épocas antigas e a objectivos rituais se pode,
provisoriamente, admitir. Sugerem, efectivamente, as pias que
caracterizam muitos dos santuários rupestres pré-romanos,
associados, em geral, ao mundo cultural indo-europeu ou, sobretudo,
as que, na Galiza, parecem estruturar complexos painéis decorados
com círculos, espirais e labirintos, como acontece na famosa Laxe
das Rodas, em Muros.
Seja como for, o Alto de S. Bento é, sem dúvida, um dos grandes
povoados neolíticos da região, cujo estudo, em vários níveis,
enriqueceria certamente o património arqueológico eborense.
A Cache - The
Cache
Para manter o mesmo espírito que a cache anterior
da Team NestumMel, pede-se que tirem uma foto vossa no local, a
qual não precisa de ser necessáriamente no GZ. É óbvio que como não
existe máquina fotográfica no interior da cache, não é uma coisa
obrigatória para poderem efectuar o log, mas, de qualquer modo,
agradecia que assim o fizessem.
To keep the same spirit of the previous cache owned
by Team NestumMel, I ask you to take a picture of yours on the
local, which doesn't need to be on the GZ. Obviously, it's not a
necessary thing for you to log, but, anyway, I would appreciate
it.
