Casa de Mateus
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CASA DE MATEUS -
são várias as denominações usadas no País ou nos livros quando se
referem a este monumento único em Portugal. Diz-se Solar de Mateus,
Palácio de Mateus e, hoje, mais adequadamente, Casa de Mateus, como
conceito mais amplo e mais humano.
O Solar de Mateus é um dos mais belos e
sumptuosos edifícios do País. Foi edificado durante a primeira
metade do século XVIII por António José Botelho Mourão (1688-1746),
3° Morgado de Mateus. A capela foi terminada pelo seu filho, D.
Luís António de Sousa Botelho Mourão (1722-1798). A primeira
perspectiva, quando se entra, a partir do rebordo do espelho de
água, é de surpresa, de encanto e de imponência. O arquitecto
responsável pelo projecto da fachada principal foi o italiano
Nicolau Nasoni (o mesmo da Torre dos Clérigos, no Porto).
O estilo arquitectónico dominante é o barroco.
Aliás, é classificado como um dos mais belos exemplares da
arquitectura civil barroca em Portugal, o que pode ser comprovado
pela sua axialidade e simetria, com os frontões interrompidos e as
escadarias duplas. Quando se acede pelo portão principal,
depara-se-nos todo o conjunto fascinante que nos faz sonhar com
outros tempos e com momentos edílicos. Antes de mais, um espelho de
água «narcísico», ladeado por árvores frondosas de sombras frescas
e onde os ventos sibilam por entre os ramos canções de muitos
timbres...
A planta é composta em U, com volumes
articulados e coberturas diferenciadas em telhado de quatro águas.
Possui dois pisos e é intersectado ao meio por um corpo, destinado
ao hall nobre de entrada, donde origina um pátio interior de planta
quadrada e um outro pátio de entrada também em U. Nesta
primeira entrada, duas estátuas decorativas lembram-nos a Justiça e
a Sabedoria. A fechar o pátio de entrada encontra-se um murete,
suporte de uma balaustrada onde apoiam seis pináculos de granito. A
fachada principal, orientada a oeste, emprega sobre as aberturas do
primeiro piso frontões triangulares simples, como os que percorrem
as extensas fachadas laterais. Esta fachada principal é rematada
por uma balaustrada coroada com estátuas de grande efeito
decorativo. No interior do pátio de entrada, os vãos do mesmo piso
possuem frontões ondulados e interrompidos. Sobre os telhados,
assentes em cornijas de granito, apeiam-se altos pináculos. Também
no pátio interior desenvolvem-se duas escadarias duplas em fachadas
opostas. Pelo arco localizado debaixo do patamar de acesso ao andar
nobre da escadaria do pátio de entrada encontra-se ligação entre
estes dois pátios. De seguida, dá-se o acesso ao jardim.
Anteriormente com funções residenciais, hoje é
uma quinta com exploração agrícola, realizando-se lá também vários
eventos culturais.
A pedra de armas que se encontra na porta
principal do palácio tem no primeiro quadrante os Aguiares,
representantes das casas de Vila Pouca de Aguiar, de Bornes e de
Lago Bom, no segundo luz a cruz florida dos Pereiras, senhores de
Longroiva (Meda) ligados ao 1º alcaide-mor de Vila Real, Afonso
Botelho. Existe ainda outro brasão, ligado aos Coelho e ao
Figueiredo.
A Casa de Mateus é, no entanto, muito mais que
arquitectura. Existem aqui uma importante Biblioteca com obras
raras, um Museu com obras e peças únicas, assim como uns belíssimos
jardins. Em 2007, o palácio foi incluído nas 21 maravilhas de
Portugal.
O texto acima transcrito foi retirado do
livro "Histórias das Freguesias do Concelho de Vila Real", com a
devida autorização do autor.
A
cache
Contentor de tamanho regular, com Stashnote,
Logbook, lápis e afia, envolto em saco plástico preto.
Local sempre com muito tráfego, sejam
discretos.
Horário de
visita:
De Junho a Setembro: das 9h00 às 19h30.
Em Março, Abril, Maio e Outubro: das 9h00 às
13h00 e das 14h00 às 18h00.
De Novembro a Fevereiro: das 10h00 às 13h00 e
das 14h00 às 17h00.