Mosteiro da Chanfana
O Convento ou Mosteiro de Santa Maria de Semide, localizado em Semide, Miranda do Corvo foi fundado em 1154 por Martim Anaia. Inicialmente era ocupado por monges beneditinos. Mais tarde tornou-se num convento de freiras. No inicio do século XX as jovens das redondezas do Convento integravam a comunidade conventual para aprenderem a ler, escrever e a fazer alguns dos afazeres domésticos antes de se casarem. Algumas das freiras amadrinhavam as jovens, o que contribuía para a coesão da comunidade. A parte mais antiga ainda existente data do século XVI. Em 1664 um incêndio devorou a maior parte do edifício que foi reconstruído e inaugurado, com a actual igreja, em1697. Em 1964 o mosteiro sofre novo incêndio tendo destruído a ala poente. Em 1990, um novo incêndio destruiu o claustro velho, a casa do capítulo e a sacristia. Do conjunto ainda existente salienta-se a Igreja, com um retábulo e cadeiral em madeira e talha dourada dos finais do séc. XVII, azulejos do séc. XVIII, esculturas do séc. XVII e do séc. XVIII e altar-mor também do séc. XVII. O órgão de tubos, do séc. XVIII, foi recentemente recuperado.
Actualmente o mosteiro alberga uma escola de formação profissional e um lar de jovens.
Segundo a lenda, a chanfana teria surgido no Mosteiro de Semide. Até finais do séc. XIX, todos os agricultores e rendeiros eram obrigados ao pagamento dos foros. Assim, o Mosteiro recebia dos moradores do seu couto os foros a que estavam obrigados. Galinhas, vinho, azeite, dias de trabalho, cabras e ovelhas, eram formas de pagamento. Durante o mês de Agosto e até ao dia de S. Mateus, as freiras de Semide recebiam as suas «rendas». Segundo outros, terá sido durante a terceira invasão francesa que as freiras inventaram esta fórmula gastronómica para evitar que os soldados franceses roubassem as cabras e as ovelhas da região. Finalmente, há quem diga que a receita da chanfana nada tem a ver com o Mosteiro de Semide, mas apenas com as invasões francesas. Diz-se, então, que, quando as tropas francesas andaram pela região da Lousã e de Miranda do Corvo, a população envenenou as águas para matar os franceses. Mas era preciso cozinhar a carne habitualmente consumida (de cabra e de carneiro) e, como a água estava envenenada, utilizou-se o vinho da região. A chanfana é um prato típico de toda a região centro, mas principalmente do concelho de Miranda do Corvo.
Ingredientes:
- 1,5 kg Carne de Cabra
- 0.75 dl de vinho tinto
- 6 cabeças de alho
- louro q.b.
- Cravinho
- sal a gosto
Confecção:
De véspera limpa-se e corta-se a carne de cabra, coloca-se o vinho, o alho com cascas e socado, o louro, o cravinho e o sal e reserva-se de um dia para o outro.
Coloca-se numa panela de barro ou inox (se não houver de barro) e deixa-se apurar até servir. Acompanha-se com grelos ou outro legume verde cozido e batatas cozidas.
Cache:
É uma cache que apenas contem logbook. Leva algo para escrever. Quando a descobrires tenta ser o mais discreto possivel , lembrando que existe uma escola, coro e catequese nas imediações e podes ter alguns olhos sobre ti. Boa caça
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