# 32 Wtshnn - Estrada Romana - parte II
Where the
streets have no name
Where the streets have no name
(Wtshnn), além de ser o tema de uma música dos U2, é também o nome
escolhido para o percurso que se pretende mostrar. Foi elaborado
por três geocachers, Napoleão, DIVA***** e ÉterLusitano. Este é um
percurso circular, não marcado que no fundo é uma espécie de volta
a Santa Cruz da Trapa. Além desta freguesia, passa também em terras
das freguesias limítrofes como Carvalhais, Candal, Manhouce, São
Cristovão de Lafões e Serrazes. Durante este longo e belo passeio,
irão encontrar desde locais míticos, paisagens deslumbrantes a
monumentos e localidades históricas. Este percurso foi projectado
para ser feito de bicicleta todo terreno, mas também poderá ser
feito a pé, ou num misto automóvel e a pé, pois há locais onde o
automóvel não poderá ir. A pé torna-se extenso, mas claro que pode
ser feito por etapas, pois o percurso é para se fazer com calma
para desfrutar cada momento. As caches estão numeradas, sendo assim
mais fácil escolher o caminho a seguir, no entanto, nem só onde
está a cache é que se encontra o sumo, por isso aventurem-se por
essas ruas e caminhos sem nome…
Estradas
romanas


As estradas romanas formavam vias de comunicação vitais para
o Império Romano. Parte delas conserva-se ainda hoje, tipicamente
protegidas como Património Mundial ou nacional. As estradas são
tipicamente alisadas, com grandes pedras, e bermas delineadas. Eram
uma rede de comunicações originária da Península Itálica que ligava
Roma a seu império em expansão. A Via Ápia foi o principal trecho,
levando ao território samnita. Na coluna de Trajano, em Roma, podem
ser encontrados relevos ilustrativos de soldados romanos a abrir
uma estrada pelas florestas da Dácia. A grande extensão da
cobertura oferecida pelas estradas romanas deu origem ao ditado
popular que diz que "todas as estradas vão dar a Roma"
("todos os caminhos levam a Roma"). Existem muitas estradas
modernas que ainda seguem o traçado original Romano.
História
As primeiras vias romanas: um
equipamento estratégico

Até 400 a.C., os romanos
utilizavam caminhos de terra para deslocar-se da sua capital às
cidades vizinhas. O ataque gaulês de Breno, em 390 a.C., que se
revelou desastroso para os romanos, mostrou a ineficácia do sistema
defensivo de Roma, devido principalmente à lentidão de movimentação
das tropas sobre o que eram apenas caminhos pouco aptos para se
mover. A necessidade de melhor defesa, junto com a vontade de
expansão e de hegemonia sobre a Itália, levou a República Romana,
ainda frágil e ameaçada, a pôr em questão estruturas escassamente
adaptadas a esses desejos. eram precisas rotas sólidas. Estes eixos
permitiriam uma circulação mais rápida e segura, mas sobretudo
facilitariam a mobilidade das tropas.
Nesta região, a estrada
romana ficou conhecida por dois nomes, a Grã via (grande via), daí
tambem o nome da Serra da Gravia e tambem ficou conecida pela
estrada dos Almocreves. Esta estrada ligava Viseu ao Porto, fazendo
a ligação interior / litoral.
Almocreves
Os almocreves eram pessoas que conduziam animais de carga
e/ou mercadorias de uma terra para outra, durante a Idade Média e
até tempos bem recentes - meados do século XX. Numa época de
comunicações limitadas, os almocreves eram essenciais como agentes
de comunicação inter-comunitária (além de serem indispensáveis ao
abastecimento de bens às vilas e cidades). De entre as rotas de
abastecimento mais importantes, destaque para as que levavam os
almocreves a transportar peixe do litoral para o interior e, no
sentido inverso, cereais. Não confundir almocreves com mercadores,
pois que na maior parte das vezes os bens que transportavam não
eram propriedade sua, embora fosse comum um almocreve ser também
mercador.